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Mensagens

A mostrar mensagens de outubro, 2006

O arquipélago das decisões

Na nossa vida tomamos constantemente decisões - uma boas, outras melhores e outras nem por isso. Mas tomamos. Em consciência, com o que sabemos, com o que pensamos, com o que intuímos. De acordo com aquilo que julgamos ser o melhor para nós, naquele momento. Nos momentos que antecedem essa decisão ponderamos, especulamos, imaginamos e antecipamos. Pairamos um pouco. Momentaneamente derivamos em alto mar, no meio de um arquipélago de decisões. Por vezes derivamos tempo demais, ponderando, especulando, imaginando. Esperando que, se possível, não precisemos de tomar qualquer decisão. Aguardamos que uma corrente marítima nos leve até uma dessas nossas ilhas-decisão. E por vezes essa corrente surge e leva-nos, mas outras vezes demora tempo demais a vir. E o mar transforma-se em pântano e imobiliza-nos numa resignação indecisa. Pouco interessante. Não existem decisões perfeitas. Existem as nossas decisões. E a partir desse momento elas tornam-se as nossas melhores decisões, porque fomos nós

A voz de Laurinda

Laurinda, uma velha senhora de 76 anos contava-me a história, com um sorriso nos lábios. "Naquele dia fui para o hospital de Beja. A minha perna estava mais grossa que a minha cintura. E estava verde...a deitar líquido. O médico que me viu disse-me que tinha de me cortar a perna. Mas nesse mesmo dia comecei a ouvir uma outra voz. Que me dizia : "Laurinda, não vais perder essa perna". Ali fiquei três dias e a cada dia o médico repetia-me que ia ter de me cortar a perna. E eu sempre fui ouvindo aquela voz, dentro de mim: "Laurinda, não vais perder essa perna". Ao terceiro dia fui visitada por uma prima minha que me perguntou - agitada - se sabia o que me iam fazer. Respondi-lhe que não sabia de nada porque só sentia aquela voz dentro de mim a repetir que eu não ia perder aquela perna. Finalmente, nesse terceiro dia, vieram buscar-me para operar. Cheguei à sala de operações onde estavam muitos médicos, incluindo aquele meu médico que costumava ir ver-me. Virei-me

A Medida do Sucesso

"O sucesso é medido não tanto pela posição ou estatuto que alguém conseguiu atingir na sua vida mas sim pelos obstáculos que teve de ultrapassar para os atingir." Booker T.Washington

A estima de nós

Somos de nós próprios nosso amigo, nosso cuidador, nosso administrativo, nosso cozinheiro, nosso advogado, nosso técnico de limpezas, nosso arquivista, nosso entertainer, nosso professor, nosso aluno, nosso zelador, nosso polivalente, nosso porta-voz, nosso isto, nosso aquilo.... Por vezes um desses de nós próprios não age à altura das circunstâncias. Porque esse de nós próprios tem limitações, porque existem condicionantes, porque existem atenuantes, porque há medos, porque... E porque nos esquecemos que esse de nós próprios também somos nós, resignamo-nos com esse de nós próprios. Em vez de o orientarmos, guiarmos e ajudarmos a fazer melhor, optamos pela resignação. E resignação não é satisfação, não é orgulho. Resignação é muitas vezes associada a indiferença ou pouca estima. Pouca estima desse de nós próprios. Pouca estima de nós.
A oderm das lertas nas pavralas não tem ipmortnacia qsuae nnhuema. O que ipmrtoa é que a prmiiera e a utlima lreta etsajem no lcoal cetro. De rseto, pdoe Ler tduo sem gardnes dfiilcuddaes... Itso é prouqe o crebéro lê as Pavralas cmoo um tdoo e nao lreta por lerta. (odbgario ao Crlaos R.)

Felicidade exige valentia

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..." (texto atribuído a Fernando Pessoa - com algumas reservas)

Conversations with God - The Movie

http://www.cwgthemovieonline.com/

Os segredos

A informação é um bem valioso. Muda vidas. As nossas e as dos outros. E alguma informação, algumas vivências, experiências, conquistas, sonhos, parecem por vezes querer saltar-nos do peito e sentimos, precisamos de a partilhar. De alguma forma parece-nos ser um modo de controlarmos essa energia. Dissociando-nos, reperspectivando-a com a ajuda de alguém. Mas existem forças e experiências que se saboreiam, simplesmente. Naturalmente. Não precisamos de as controlar, de as gerir, de as conter. Apenas precisamos de as receber e de as viver, se as quisermos. E de as deixar crescer. Partilhá-las será sempre uma opção, mas guardá-las é um prazer imenso.

O leme

Estás num veleiro em pleno mar alto. A tripulação de doze homens, incluindo o capitão, sofreu uma intoxicação alimentar. És a única pessoa a bordo consciente. Uma tempestade aproxima-se. Avistas as nuvens escuras. Mais a norte vislumbras o que te parece uma ilha. Na tua mente várias hipóteses se colocam. Não tens grande prática de navegação, mal sabes o que é um leme. Olhas para um bote de salvamento. Recriminas-te por teres pensado em tal. Pensas em te juntares ao resto da tripulação, no porão até que a tempestade passe. Confiando em Deus. No teu Deus. Pensas em pegar no leme e olhas de novo para aquilo que te parece uma ilha. Continuas sozinho. A tempestade aproxima-se. Pegas na roda do leme ?
"Não acreditamos em nós próprios até que alguém nos revele que profundamente dentro de nós existe algo de valor, que vale a pena escutar, merecedor da nossa confiança, sagrado ao nosso toque. Assim que acreditamos em nós próprios arriscamos a curiosidade, o deslumbramento, o desfrutar espontâneo ou qualquer outra experiência que revele o espírito humano." e.e.cummings

Lembrei-me que posso aprender a ser diferente

Lembro-me de ver o meu pai zangar-se, irritar-se, quando no trânsito alguém fazia uma grosseira manobra e o incomodava. Lembro-me de ver a minha mãe comentar comigo a antipatia da vizinha. Lembro de ver a minha irmã frustrada com um professor com falta de vocação. Lembro-me de todas estas reacções naturais dos que me rodeavam. Fui crescendo pensando que era "normal" ter estas reacções - como muitos de nós cresceram. Fui crescendo e tendo as mesmas reacções e fui confirmando no que via nos meus amigos, na minha família, na televisão, no que lia nas histórias e nas minhas brincadeiras de escola. Até que aprendi que zangarmo-nos é natural, mas o que nos torna de facto tão especiais é esboçarmos um sorriso nessas alturas e olhar para essas histórias como parte do nosso aprendizado - sem mágoa, sem culpas e sem ira. O mesmo sorriso que queremos ver no rosto de alguém que nos ajuda a fazer melhor....

A forma máxima de castigo

O castigo é uma palavra forte, carregada de violência e sempre ligada a uma outra tão ou mais forte e violenta: a culpa. São palavras que por serem tão violentas, escuras, associam-se a perspectivas curtas e limitadas. Impedem-nos por vezes de olharmos para uma paisagem mais vasta, porque estamos concentrados numa pedra cinzenta e pouco interessante. Esquecemo-nos do resto... Deixar que aquela pedra passe a fazer parte da paisagem, reperspectivando-a, aceitando-a na sua insignificância é como perdoá-la. E se num primeiro momento sentimo-nos impelidos a destruir aquela pedra, a atirá-la para bem longe, a extingui-la...é natural. Mas ainda mais natural e inteligente será deixá-la ficar, insignificante, e utilizar aquela energia impulsiva inicial de uma forma ainda mais interessante e construtiva. A energia da destruição, da extinção, da expulsão em algo ainda mais forte, mais positivo. Algo como a energia da construção, da criação, da atracção do bem. E se mesmo assim ainda pensarmos em

Ho'oponopono

(texto de Joe Vitale - tradução brasileira) (nota do blogger: é um texto que parece longo mas lê-se em 5 minutos e vale a pena, garanto-vos ) -- Há dois anos, ouvi falar de um terapeuta, no Havaí, que curou um pavilhão inteiro de pacientes criminais insanos sem sequer ver nenhum deles. O psicólogo estudava a ficha do preso e, em seguida, olhava para dentro de si mesmo a fim de ver como ele havia criado a enfermidade dessa pessoa. À medida que ele melhorava, o paciente também melhorava. A primeira vez que ouvi essa historia, pensei tratar-se de alguma lenda urbana. Como podia alguém curar a outro, somente através de curar-se a si mesmo? Como podia, ainda que fosse o mestre de maior poder de autocura, curar a alguém criminalmente insano? Não tinha nenhum sentido, não era lógico, de modo que descartei essa história. Entretanto, escutei-a novamente, um ano depois. Soube que o terapeuta havia usado um processo de cura havaiano chamado "oponopono ". Nunca ouvir

Relacionamentos

As pessoas entram na tua vida por uma "Razão", uma "Estação" ou uma "Vida Inteira". Quando percebes qual delas é, vais saber o que fazer por cada pessoa. Quando alguém está na tua vida por uma "Razão"... É geralmente para suprir uma necessidade que tu demonstraste. Elas vêm para te auxiliar numa dificuldade, fornecer-te orientação e apoio, ajudar-te física, emocional ou espiritualmente. Elas poderão parecer como uma dádiva de Deus, e elas são! Elas estão lá pela razão que tu precisas que elas lá estejam. Então, sem nenhuma atitude errada de tua parte, ou numa hora inconveniente, esta pessoa vai dizer ou fazer alguma coisa para levar essa relação a um fim. Às vezes essas pessoas morrem. Às vezes elas simplesmente se vão. Às vezes elas agem e forçam-te a tomar uma posição. O que devemos entender é que as nossas necessidades foram atendidas, os nossos desejos preenchidos e o trabalho delas, feito. As tuas orações foram atendidas. E agora é tempo de

Onde está o Amor ?

Este fica na zona de Leiria, junto de Monte Real, e não se deve circular por lá a mais de 50. Já lá estive... (consulte o mapa para descobrir - clique aqui )

Os companheiros dos sonhos

O sonho convida à partilha, à companhia e ao crescimento mútuo. E quando partilhamos os nossos sonhos e sorrimos só com a sua partilha é como convidarmos alguém a entrar numa pequena viagem e a dividir connosco as etapas e o destino. É entrarmos numa carruagem fantástica conduzida por um cocheiro louco que faz estalar o chicote nos flancos dos cavalos mais preguiçosos. Um som de que não gostamos. E dentro da carruagem por vezes navegamos sózinhos, mas é um espaço para o qual gostamos de convidar. De envolver e partilhar. Gostamos de sentir o nosso companheiro daquela viagem a sorrir connosco, de sentir aquelas chicotadas do cocheiro louco cada vez menos frequentes. Até que se ouçam só os cascos dos cavalos. Sabemos também que nessa partilha por vezes o nosso companheiro de viagem nos sugere outros caminhos, e que essa informação a poderemos dar ao cocheiro. Mas mesmo assim não sentimos o som do chicote no flanco dos cavalos. Sentimos uma fluidez aumentada e o som dos cascos mais enérgi

Sabes ? Ahn ? Sabes ?

Sabes onde é que estão os amigos fixes, mas mesmo, mesmo fixes, mesmo mesmo........ eh pá, fixes?! Hum? Sabes?! Sabes?! Aqueles amigos que tu olhas para eles e dizes "Eh pá!!!..... estes amigos são mesmo fixes!! " Sabes onde é que eles estão....., esses amigos tão fixes que até chateiam por tão fixes que são, os marotos?! Sabes onde é que eles estão?? Sabes, sabes?? SABES?! Eu sei!!......... (obrigado ao Carlos R.)

Os cães

Um velho índio descreveu certa vez: - Dentro de mim, existem dois cães: um deles é cruel e mau, o outro, muito bom. Os dois estão sempre à luta. Quando perguntaram qual dos cães ganharia a luta, o sábio índio parou, reflectiu e respondeu: - Aquele que eu alimento. (obrigado à Manuela)

A escolha

Escolhe viver o dia com um sorriso. Imagina-o ao teu lado. Perto de ti ou em ti. Se não te apetecer sorrir, deixa que o sorriso trate desse assunto. Entrega-lhe a tua pouca vontade de sorrir ou a tua alegria e deixa que ele se encarregue do resto. E mesmo que estejas triste, olha para a tua tristeza com o sorriso ao teu lado. Cúmplice. Haverão momentos em que pareces ceder ou deixar-te contagiar por esse sorriso. Deixa. Entrega-te. No final do dia, ambos olharão para trás - para esse dia - e muito provavelmente, também nesse momento, sorrirás.

Regras para fazer as suas regras

1) Respeite-se! Todos nós temos um limite físico e mental. Esgotar-se, trabalhar em demasia é quase um suicídio diário. Conheça o seu limite e saiba parar na hora certa. 2) Organize-se! Parece óbvio demais: faça uma coisa de cada vez!, mas o mundo moderno tem colocado as pessoas num ritmo alucinado e reactivo. As pessoas falam ao telemóvel, com alguém em espera, com 5 janelas abertas no computador, um monte de e-mails a descarregar...e o pior: a conduzir um carro!!!. 3) Seu corpo-seu templo! Tudo bem, você não tem tempo para o ginásio, mas custa alguma coisa andar 10 minutos por dia, trocar a escada rolante pela escada, subir dois ou três andares pela escada? Custa acrescentar qualidade ao seu almoço, fazer um jantar decente em vez do croquete e da bifana de todos os dias? 4) Equilibre-se! Pare de fazer dramas ou ficar remoendo o passado. Por que fez isso, ou porque deixou de fazer aquilo não resolve nada. Guardar mágoas é ocupar espaço de forma pouco interessante. Livre-se dos "f

Podes

Não podes ser batido em nada, até que desistas na tua mente. Não existe falhanço na tua tentativa. Não há derrota, excepto a interior. Não existe barreira intransponível senão a fraqueza do teu propósito. As probabilidades estão contigo se tentares. Considera-te numa viagem longa. Mantém a tua visão do sucesso até que o atinjas. No final só falharás se não tentares. Ganhar não é tudo, querer é. O sucesso é uma estrada pavimentada com a perseverança. (adapt. TDG)

Os falsos zangados ou a caminho da tranquilidade

Parece que ainda é difícil para algumas pessoas estabelecer um canal de comunicação franco, directo e tranquilo. Mesmo quando as circunstâncias não são as mais propícias a essa tranquilidade ou nada em consonância com essa tranquilidade. Muitos dos que nos rodeiam não estão familiarizados com uma forma de comunicação que exprime os nossos sentimentos, mesmo os menos interessantes, de uma forma calma e tranquila. Julgam, pela forma tranquila que damos à nossa mensagem, que não estamos zangados ou aborrecidos ou incomodados. O código e o registo de comunicação a que estão habituados não é este. O habitual quando alguém se zanga é gritar, abrir os olhos, ficar encarnado, ter movimentos bruscos, etc. Para eles quem está zangado manifesta-se assim. Assim, por uma questão de estratégia de equilíbrio e de sanidade mental, por vezes temos de fazer de conta que estamos zangados - naquela velha forma de zanga - enquanto por dentro sentimos a tranquilidade que nos é natural.

Acredita

Acredita nos limites enquanto confias nas possibilidades. Acredita nos problemas trabalhando nas soluções. Acredita nas tristezas e recorda-te das alegrias passadas e futuras. Acredita nas doenças mas abraça o teu bem-estar. Acredita nos desgostos com a certeza de maiores orgulhos. Acredita nas derrotas e luta sempre pelas vitórias. Acredita nas perdas perspectivando os ganhos. Acredita em momentos menos bons enquanto prolongas os melhores. Acredita em ti e cada vez mais em ti.

Toca-te no ombro

Sê um ser humano, com sentimentos e coração. Fala e ouve. Gosta de poesia, dos dias, dos pássaros, do sol e da lua, das canções do vento e da brisa. Sente amor. Respeita o próximo e a dor. Guarda os segredos que te pedem. Não és de primeira nem de segunda mão, apenas de coração. Enganaste, já foste enganado e aprendeste. Não és puro nem impuro, és um ser do mundo. Tem ideais e não receies perdas ou vazios. Tem como principal objectivo seres amigo, de ti e dos outros de quem puderes ser e te deixarem. Entristece-te com a tristeza dos outros mas ilumina-a como puderes e souberes. Compreende a solidão, tanto a que se procura como a que se teme. Ama as crianças, mesmo aquelas que ainda não nasceram. Gosta do que gostas e gosta que os outros gostem de coisas diferentes e não te comovas com as coisas boas, porque as esperas e procuras. Conversa sem discursar e ouve para perguntar. Gosta da água da chuva, das ruas, das árvores, dos fins de tarde e das madrugadas. Acha que vale a pena viver po