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Mensagens

A mostrar mensagens de junho, 2008

O porquê dos porquês

É um tema recorrente este dos porquês nos textos que vou escrevendo e partilhando com os meus amigos que têm paciência para me ler e às vezes ainda mais alguma paciência para me comentar. Mas não é por acaso que este tema aqui surge frequentemente. Aliás, aqui estou eu a apresentar-vos um "porquê"... Enquanto seres inteligentes que nos consideramos ser, percebemos que quando entendemos o porquê de algo, mais facilmente lidaremos com essa realidade. Ou seja, se um nosso chefe nos pede para fazermos algo estranho sem nos explicar o porquê, sentir-nos-emos menos motivados para essa acção. Da mesma forma, numa relação, se alguém nos diz que já não gosta de nós e que quer acabar a relação connosco, a primeira coisa que perguntamos é "porquê ?". Ou quando temos medo de algo, ou ansiamos em determinadas circunstâncias, temos necessidade de entender o porquê... Foi-nos igualmente sendo apresentado que para mudarmos alguma coisa em nós, ou na nossa vida, precisamos de saber
"Se você não se pode livrar do esqueleto que está no seu armário, é melhor que o ensine a dançar." George Bernard Shaw

Fernão Capelo Gaivota

Ao Fernão Capelo Gaivota que existe em cada um de nós. --- Perdido Num céu pintado Onde as nuvens se penduram Para os olhos do poeta Podes encontrá-lo Se o podes encontrar Lá Na margem distante Pelas asas dos sonhos Por uma porta aberta Podes reconhecê-lo Sê Como uma página que anseia pela palavra Que fala do tema intemporal E o Deus uno fará o teu dia Canta Como uma canção na busca de uma voz que está silenciosa E o Deus Sol fará o teu caminho E dançamos Para um murmúrio Escutado pela alma Abraçado pelo coração E podes reconhecê-lo Se o podes reconhecer Enquanto a areia forma a pedra Que procria a faísca Transformada em vida (letra de Neil Diamond- trad.adapt. Mário Rui Santos)

Os profetas da desgraça

Se há coisa fácil de ser nesta vida é ser profeta. Principalmente da desgraça. Quando se profetizam desgraças o povo ouve, as gentes escutam. E por muito desgraçada ou horrível que seja a profecia, os povos e as gentes sentem-se menos perdidos. Pelo menos sabem o que devem recear. E isso aparentemente é bom. É melhor do que esperar uma coisa boa desconhecida. É preferível aguardar um mal antecipado do que esperar por um bem desconhecido. Estranha forma de ser esta ! Pois... E quando a tal coisa má acontece, mesmo que seja décadas depois da data prevista, as gentes finalmente descansam e respiram de alívio. Aprendi, não só nestes últimos dias mas especialmente nestes, como é difícil lutar contra estas profecias. Já anteriormente me tinha acontecido. Mas a aprendizagem é dura e a esperança é a última a morrer. Aliás, tenho um sonho. Tenho um sonho de que a esperança não morre e que um dia todos os profetas da desgraça serão iluminados e convertidos. Assim Deus, a Luz, a Força ou o Univer

Novas dualidades

Oscilarmos entre o mal e o bem, entre a noite e o dia, entre o preto e o branco, entre o sim e o não, entre o seco e o molhado, entre o silêncio e o grito, entre o activo e o passivo, entre o homem e a mulher, entre o feliz e o infeliz, entre vítima e culpado, entre positivo e negativo... Oscilarmos entre o oscilar e o imóvel. Ou só oscilar ? Num equilíbrio dinâmico ? E se de repente as dualidades em que vivemos fossem alteradas ? E se em vez de oscilarmos entre o bem e o mal, oscilassemos entre o bem e o ainda melhor ? Entre a madrugada e o pôr-do-sol ? Entre o cinzento e o branco ? Entre o sim e o "pois, muito bem" ? Entre o húmido e o ressequido ? Entre a canção e o suspiro ? Entre o activo e o proactivo ? Entre o ser humano e o ser humano ? Entre o feliz e o alegre ? Entre o grato e o bendito ? Entre o positivo e o vazio ? Como seria este mundo ? Bom ou melhor ainda ? --- "Há dois tipos de pessoas: aquelas que dividem as pessoas em dois tipos e aquelas que não divide

Dá-me a mão

Arnis e Caltan subiam a encosta. Por alguma razão Arnis seguia na dianteira, construindo caminho. Numa das partes mais íngremes onde ele próprio havia sentido alguma dificuldade em ultrapassar os pequenos rochedos que povoavam aquela encosta, Arnis virou-se para trás e enquanto olhava para Caltan que se preparava para ultrapassar, também ela, aquele rochedo, estendeu-lhe a mão: - Dá-me a mão, Caltan - disse ele. Caltan, determinada, nem olhou para ele. Era forte, confiante e adorava desafios. Não precisava, decerto, daquela ajuda. Mas Arnis reforçou o pedido e disse: - Anda Caltan, dá-me a mão ! Acho que estou a ir depressa demais. Preciso da tua ajuda. Caltan levantou o rosto, sorriu e estendeu-lhe a mão. (in "O livro das virtudes construídas" de Mário Rui Santos)

Como imaginar o impossível (Lição 443)

Primeiro: Mais uma vez escolha aquilo que você gostaria de conseguir. Um objectivo que para si seja apenas um sonho. Um sonho que você pensa nem sequer valer a pena sonhar. E será tão difícil atingir que a única coisa que lhe surge na mente quando pensa nele é a imagem de um quadro branco. Ora, muito bem. Pegue exactamente nesse quadro branco, onde o seu sonho nem sequer aparece, e coloque-o na palma da sua mão direita. Fechando-a de seguida. Agora, com os seus olhos abertos ou fechados, imagine o seguinte: - Um elefante cor de rosa com penas verde alface; - Um homem com chapéu de coco e uma cauda de crocodilo; - Um comboio a navegar em pleno mar alto; - Um arco iris só com as cores encarnado, laranja e amarelo; - Uma árvore plantada numa nuvem; - Uma chuva de sorrisos e abraços; - O seu vizinho mais antipático a abrir-lhe a porta da rua e a levar a sua mala até ao carro; - Você a entrar em casa e a ficar num pleno paraíso tropical, com o tronco de uma palmeira a dificultar-lhe a entra