"Havia um coqueiro na margem, debruçado sobre o rio. Siddhartha encostou-se ao seu tronco, cingiu o tronco com o braço e olhou na direcção da água esverdeada que corria junto dele, olhou e sentiu-se invadido pelo desejo de desistir e de se perder nas águas do rio. O horrível vazio da água reflectia o terrível vazio da sua alma. Sim, estava perto do fim. Nada mais lhe restava, senão apagar-se, senão destruir a obra fracassada que fora a sua vida, deitá-la fora, desprezado pelos deuses. Essa era a grande libertação, pela qual ele ansiava: a morte, a destruição da forma que ele odiava! Que os peixes devorem este cão chamado Siddhartha, este louco, este corpo corrupto e apodrecido, esta alma frouxa e profanada! Que os peixes e os crocodilos o devorem, que os demónios o despedacem! Olhou para a água com o rosto desfigurado, viu o seu reflexo e cuspiu-lhe. Profundamente cansado, largou a árvore e virou-se um pouco para poder mergulhar e finalmente desaparecer. Inclinou-se de olhos f...