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Mensagens

A mostrar mensagens de outubro, 2009
Há algo de senil em mim Que já não me deixa lembrar Há quanto foi o fim Ou se cheguei a começar Mas sei que foi sempre assim Mais olhos que barriga Mais sono que fadiga Há sempre um tempo para parar Saber se vale a pena Ou fico ou mudo a cena Refrão: É só contar até 3 (1...2...3) Vou nascer outra vez Fechar os olhos (1...2...3) Vou nascer outra vez Respirar bem fundo (1...2...3) Vou nascer outra vez Começar de novo (1...2...3) Vou nascer outra vez Nunca foi boa escolha Ficar à espera para ver Por mais que a gente sofra Um dia havemos de morrer Mas sei que foi sempre assim Mais garganta que vontade Mais treta que verdade Há sempre um tempo para pensar Mudar alguma coisa Ou mudo ou parto a loiça

O homem do sinal vermelho

Conheci um homem que, no trânsito, aquilo de que mais gostava era de ficar parado nos sinais vermelhos. Adorava engarrafamentos, não daqueles tipo "pára-arranca", não. Gostava mesmo era de engarrafamentos a sério, onde se ficava parado durante uns bons quartos de hora. Quando não andava de carro, adorava ficar à espera do transporte e deliciava-se quando o autocarro se atrasava. E se por acaso se deslocava a pé para algum lado, parava várias vezes em cafés para tomar alguma coisa, especialmente naqueles em que o empregado o parecia ignorar e demorava quinze minutos para servir um café. --- "O tempo chega sempre; mas há casos em que não chega a tempo." Camilo Castelo Branco