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Nós, os críticos


Surpreendemo-nos a nós próprios por vezes em pleno processo crítico sobre alguém. Fazemos comparações entre aquelas que são as nossas referências, os nossos gostos, as nossas opiniões, as nossas atitudes e aquilo que observamos nos outros.

E em função dessa comparação emitimos um parecer mental, um julgamento. Por vezes, até antes de conhecermos melhor as pessoas que nos surgem à frente ou que vamos encontrando na vida. Somos preconceituosos por natureza. É um acto instintivo.

E também de uma forma instintiva não reconhecemos ou respeitamos a diferença, a diversidade, a divergência dos outros para com as nossas referências. E é um direito nosso, seguirmos o nosso instinto.

Como também será um direito nosso respeitarmos e agradecermos a informação que os nossos instintos nos trazem, colocá-la num ponto acessível da nossa mente e respeitar a realidade e a diferença dos outros. Dando assim espaço para que a nossa mente possa emitir novos julgamentos e construir novas atitudes para com esses outros - que, afinal, são tão ou mais felizes que nós na sua diferença.

Comentários

Maria Carvalho disse…
Claro. E o instinto erra muitas vezes. Por isso temos o poder de alterar o que pensamos, sobretudo quando o instinto é primário em muita gente!! Beijos.
Anónimo disse…
Durante muito tempo não confiei nas minhas primeiras impressões de outras pessoas por benefício da dúvida. Raramente me enganava... Com a idade, aprendi a ouvir essas impressões e a controlá-las. Continuo sem me enganar, a maior parte das vezes. Só que já não me assusto nem me entusiasmo. Abraço!
A Flor disse…
O que devemos ser é TOLERANTES!

A minha primeira impressão é sempre boa... amo logo a pessoa à partida..... até prova em contrário, para mim, todos são boas pessoas!... será que me fiz entender?

Um abraçinho carregadinho de energia positiva para ti, neste dia!
Anónimo disse…
O problema de muita gente é que sabem criticar mas esquecem-se que criticam aquilo que nao gostam de ver nelas proprias...
Somos um espelho uns dos outros...
Mas que ùe bom vermos diferenças sim, sem as CRITICAR, e sim ACEITAR!

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