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Mensagens

A mostrar mensagens de maio, 2007

A águia

A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. Chega a viver 70 anos. Mas para chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem de tomar uma séria e difícil decisão. Aos 40 anos ela está com: As unhas compridas e flexíveis, não conseguindo já agarrar as suas presas das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo curva-se. Apontando contra o peito estão as asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas, e voar já é difícil! Então, a águia só tem duas alternativas: Morrer ou enfrentar um doloroso processo de renovação que irá durar 150 dias. Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e recolher-se num ninho próximo de uma parede, para onde ela não necessite voar. Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico numa das paredes até conseguir arrancá-lo. Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. E só após cinco...

A utilidade dos idiotas

Enquanto vivemos e nos relacionamos com os outros vamos encontrando alguns seres especiais na nossa vida: os idiotas. Estes idiotas que aqui descrevo são aqueles seres fantásticos que projectam as suas inseguranças e ignorâncias em nós fazendo com que, surpreendidos muitas vezes, sejamos apanhados nas nossas próprias e pequenas idiotices. São seres que nos surpreendem com interpelações, contactos, comentários ou atitudes tão idiotas que ficamos parados ou indiferentes com uma surpresa que nos neutraliza qualquer atitude mais pedagógica e elevada que possamos tomar como resposta. Mas são seres especiais porque nos fazem entrar em contacto connosco, com algumas partes de nós impreparadas para processar este tipo de circunstâncias específicas. E se muitas vezes ficamos a remoer com o que deveriamos ter feito, dito ou respondido o que é mais interessante de todo este processo é que aprendemos com eles. Recebemos uma aprendizagem fantástica que nos ajuda a crescer enquanto seres humanos dei...

"Quem me leva os meus fantasmas ?"

"Quem me leva os meus fantasmas ?" - Pedro Abrunhosa --- Um em cada três sem-abrigo de Lisboa tem entre 25 e 34 anos. A grande maioria é do sexo masculino (76%), de nacionalidade portuguesa (64%) e não consome drogas (só 20% são toxicodependentes). Os dados constam de um estudo sobre a população de rua da capital - realizado pela câmara municipal em 2004 - e deixam perceber que existem pelo menos 930 sem-abrigo nas ruas de Lisboa. in Diário de Notícias ( ler notícia )

Diz-me o que aqui vês e dir-te-ei quem és

Teste de Rorschach (explicação) Teste Online (inglês) E tu o que vês aqui ?

A inteligência e a estupidez das verdades absolutas

Aquilo que a uma pessoa faz o mais completo sentido, a mim pode soar-me como a maior estupidez (e vice-versa, claro). E dou-vos um exemplo: alguém me dizia há uns dias que a liderança envolve solidão (provavelmente a solidão do topo - entendi eu). Sorri, porque me pareceu tão ou mais estúpido do que me parece agora. Mas percebi que aquelas palavras saíam daquela boca não como resultado de um acto de reflexão e processamento pessoal, mas como uma reprodução integral do que essa pessoa teria lido algures. E é impressionante como nós muitas vezes temos esta tendência natural mais a reproduzir do que a processar. O que este indivíduo se esqueceu, como eu também por vezes me esqueço, foi de se lembrar que há tantos formatos de liderança como líderes neste mundo. E o facto de existir uma tendência para que alguns líderes fiquem "sós" no exercício dessa liderança, não implica que outros com muito mais arte exerçam essa liderança de uma forma mais colaborativa e - provavelmente, em m...

A vida deveria ser ao contrário ! - por Quino

Deveriamos começar por morrer, e esse trauma estava já superado. Irias logo acordar numa casa e a sentires-te melhor a cada dia. Depois expulsar-te-iam dessa casa e a primeira coisa que farias era ir buscar o dinheiro da tua reforma. Logo no teu primeiro dia de trabalho oferecem-te um relógio de ouro. Trabalhas 40 anos até seres bastante jovem para disfrutares da tua vida laboral. Começas então a ir de festa em festa, fazes sexo, não tens problemas e preparas-te para começar a estudar. Começas a tua escola, conheces os teus amigos, brincas com eles, sem obrigações até seres bebé. Os últimos 9 meses passas a flutuar, com aquecimento central, serviço de quartos, etc. etc. E no final deixas este mundo num orgasmo ! Quino - adapt. MR ( versão original ) imagem: auto retrato de Quino --- "Teardrop" - Massive Attack

O quadro

Imagina-te com os olhos abertos, envolto na escuridão de um pensamento. Não é concerteza difícil imaginares-te de olhos abertos numa escuridão. É aliás das coisas mais fáceis de imaginarmos, quando para usarmos a nossa imaginação fechamos os olhos. Imagina-te nessa escuridão, na escuridão de um pensamento que te é pouco simpático. Um pensamento pouco interessante, que te possa até mesmo perturbar. Imagina-te nessa escuridão. Na escuridão desse pensamento. Sente durante alguns segundos essa escuridão. Eu sei...talvez não seja muito agradável...mas só te peço alguns segundos. Agora. Peço-te que te imagines a dar um passo atrás nessa escuridão. E sente, assim que dás esse passo, um pouco de luz. Uma tímida luz, surgir sobre essa escuridão. Dá outro passo atrás e sente essa luz a aumentar. E outro, e mais outro...e à medida que te imaginas a dares esses passos atrás, sentindo um chão sólido e seguro, vais perceber que também a tua cabeça parece querer levantar-se, encostar-se um pouco mais...

Os erros

Alguém me dizia este fim de semana que a melhor forma de aprender era com os erros dos outros. Porque - entendia-se - não teriamos de passar pela provação de constatarmos e experimentarmos os nossos próprios. De facto, numa certa perspectiva, fará algum sentido. No entanto, se toda a nossa vida fosse assim construída - exclusivamente aprendendo com os erros dos outros - seriamos verdadeiras flores de estufa, talvez viçosas é verdade, mas sem grandes resistências face a erros. Assim, complementando esta tese que me foi apresentada este fim-de-semana avanço com uma outra: o maior dos erros é só aprender com os erros dos outros. Errar faz parte da nossa criação de resistências. Não é errar repetidamente, sem alteração de padrão como que se estivessemos a tirar fotocópias de erros, mas sim crescer com cada erro. Errar é uma das coisas mais naturais da vida. Porque temos de decidir e por vezes decidimos mal. Mas mesmo quando decidimos mal, se nos dispusermos a aprender e a melhorar, é porqu...

A responsabilidade emocional

Numa fase mais adulta da nossa vida por vezes sentimos que os outros nos causam perturbação. De uma forma directa olhamos para alguém e imediatamente parece que nos sentimos perturbados. De facto, não é tanto aquilo que a pessoa é mas sim o que a pessoa faz, que nos faz pensar que sentimos algo de negativo em relação a essa pessoa. Aquilo que sentimos é em relação ao que ela faz e não ao que ela é. Ela (essa pessoa) é matéria ou energia como nós, à partida tem até tudo o que de base pode levá-la a que pense como nós e que partilhe de muitos dos nossos sentimentos positivos, gostos, amores, etc... E essa energia que nos é exterior, essa pessoa, nem sempre terá uma capacidade de auto-observação ou auto-crítica que a leve a reflectir sobre as consequências dos seus actos nas outras pessoas. Por outro lado, nós mesmos, nem sempre estamos certos. Podemos estar condicionados por uma falta de informação, de outras perspectivas alternativas, de alguns involuntários preconceitos. Também erramos...