Numa fase mais adulta da nossa vida por vezes sentimos que os outros nos causam perturbação. De uma forma directa olhamos para alguém e imediatamente parece que nos sentimos perturbados.
De facto, não é tanto aquilo que a pessoa é mas sim o que a pessoa faz, que nos faz pensar que sentimos algo de negativo em relação a essa pessoa.
Aquilo que sentimos é em relação ao que ela faz e não ao que ela é. Ela (essa pessoa) é matéria ou energia como nós, à partida tem até tudo o que de base pode levá-la a que pense como nós e que partilhe de muitos dos nossos sentimentos positivos, gostos, amores, etc...
E essa energia que nos é exterior, essa pessoa, nem sempre terá uma capacidade de auto-observação ou auto-crítica que a leve a reflectir sobre as consequências dos seus actos nas outras pessoas.
Por outro lado, nós mesmos, nem sempre estamos certos. Podemos estar condicionados por uma falta de informação, de outras perspectivas alternativas, de alguns involuntários preconceitos. Também erramos.
Assim, e apesar de sermos mais ou menos intuitivos, provavelmente não conseguimos comunicar telepaticamente com os outros ou os outros connosco (embora haja quem consiga...). Por isso o mais eficaz será, talvez, mesmo assumirmos uma posição de responsabilidade pela construção dos nossos sentimentos e das nossas emoções.
E não sugiro, de nenhuma forma, que sejamos mecanicistas na nossa forma de sentir e nos emocionarmos - nada disso. Sugiro que sejamos apenas mais responsáveis na construção desses tão importantes pensamentos.
Partilhando, falando e expondo o que sentimos para que possamos esclarecer e ser esclarecidos. Principalmente naquelas situações geradoras de pensamentos menos simpáticos ou interessantes, porque por vezes as pessoas erram ou enganam-se. E no equívoco sentimentos e emoções são criados.
Mais uma vez, porque por vezes as pessoas erram ou enganam-se, e as pessoas somos nós também.
De facto, não é tanto aquilo que a pessoa é mas sim o que a pessoa faz, que nos faz pensar que sentimos algo de negativo em relação a essa pessoa.
Aquilo que sentimos é em relação ao que ela faz e não ao que ela é. Ela (essa pessoa) é matéria ou energia como nós, à partida tem até tudo o que de base pode levá-la a que pense como nós e que partilhe de muitos dos nossos sentimentos positivos, gostos, amores, etc...
E essa energia que nos é exterior, essa pessoa, nem sempre terá uma capacidade de auto-observação ou auto-crítica que a leve a reflectir sobre as consequências dos seus actos nas outras pessoas.
Por outro lado, nós mesmos, nem sempre estamos certos. Podemos estar condicionados por uma falta de informação, de outras perspectivas alternativas, de alguns involuntários preconceitos. Também erramos.
Assim, e apesar de sermos mais ou menos intuitivos, provavelmente não conseguimos comunicar telepaticamente com os outros ou os outros connosco (embora haja quem consiga...). Por isso o mais eficaz será, talvez, mesmo assumirmos uma posição de responsabilidade pela construção dos nossos sentimentos e das nossas emoções.
E não sugiro, de nenhuma forma, que sejamos mecanicistas na nossa forma de sentir e nos emocionarmos - nada disso. Sugiro que sejamos apenas mais responsáveis na construção desses tão importantes pensamentos.
Partilhando, falando e expondo o que sentimos para que possamos esclarecer e ser esclarecidos. Principalmente naquelas situações geradoras de pensamentos menos simpáticos ou interessantes, porque por vezes as pessoas erram ou enganam-se. E no equívoco sentimentos e emoções são criados.
Mais uma vez, porque por vezes as pessoas erram ou enganam-se, e as pessoas somos nós também.
(imagem: Matt Yannascoli)
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"Assim, temos por prioridade criar boas emoções - compaixão e amor - e ampliá-las. Paralelamente a prioridade é reduzir as emoções negativas, o ódio e as outras emoções perturbadoras.
...a mente, ainda que sempre presente, segue misteriosa. É necessário saber mais sobre ela. As emoções negativas parecem perfeitamente naturais, portanto precisamos cultivar as emoções positivas! Por serem frágeis, as emoções positivas têm que ser cultivadas. "
...a mente, ainda que sempre presente, segue misteriosa. É necessário saber mais sobre ela. As emoções negativas parecem perfeitamente naturais, portanto precisamos cultivar as emoções positivas! Por serem frágeis, as emoções positivas têm que ser cultivadas. "
in Conferência de Sua Santidade o Dalai Lama-Abertura do Simpósio sobre a Ciência e a Mente-Universidade de Lisboa- 28 de novembro de 2001
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Breathe - Midge Ure |
Comentários
Algumas pessoas acumulam frustrações pessoais com as quais não conseguem lidar e (mesmo que inconscientemente por vezes) tornam-se vingativas em situações que não passaram de mal entendidos. Essas pessoas raramente percebem que não gostam delas próprias precisamente por fazerem maldades, mas não conseguem evitar, seduzem para ferir.
Devemos estar atentos aos nossos erros, pois apenas com o conhecimento deles podemos aprender. Mas não temos de nos atirar consecutivamente aos pés de quem nos pisa. Aqui é quando nem sempre consigo "domesticar" as emoções...
Mas é interessante, e eu próprio costumo fazer essa experiência, quando porventura sou agredido ou insultado se responder de forma tranquila e à altura das circunstâncias, as outras pessoas surpreendem-se radicalmente e na maior parte das vezes caem em si.
"De Quem é o Presente?
Perto de Tóquio vivia um grande samurai idoso que agora se dedicava a ensinar o zen aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário. Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante. O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo, e aumentar sua fama. Todos os estudantes se manifestaram contra a ideia, mas o velho aceitou o desafio. Foram todos para a praça da cidade, e o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direcção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos, ofendendo inclusive seus ancestrais. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.
Desapontados pelo fato de que o mestre aceitar tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram: - Como o senhor pode suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?
- Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente?
- A quem tentou entregá-lo - respondeu um dos discípulos.
- O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos - disse o mestre - Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo. A sua paz interior, depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma, só se você permitir... "
in http://contoseparabolas.no.sapo.pt/
Cultivemos então, emoções positivas, boas emoções! :D
Posso pedir-te que passes no meu "jardim" e deixes lá a tua opinião sobre as touradas? Eu sei que o teu comentário será cheio de Sabedoria. :D
Um dia muito azul e cheio de Luz para ti, com carinho e admiração da amiga Flor
Bjo
Abraço p ti Mário
Xi
E até mesmo as paredes vêm abaixo ;)
Quanto aos actos contínuos, não me esqueço que acima de tudo nos devemos respeitar a nós mesmos e por isso se todos os recursos "pedagógicos" já foram utilizados, temos de passar a outras técnicas mais comportamentais... passando em primeiro lugar por alterarmos os nossos próprios comportamentos com essas pessoas, para que elas percebam que deverão alterar o seu.