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Estranhos anjos


Nesta nossa experiência terrena, em que também esta nossa energia se materializou num corpo que faz parte de nós, muitas vezes nos encontramos com outras energias.
São corpos energéticos que apesar de fazerem também parte de nós, do mesmo todo de que fazemos parte, se julgam - em provisório equívoco - diferentes.
Esses corpos energéticos, que igualmente nós somos, estão em aprendizagem e crescimento - tal como nós - mas na sua aprendizagem inseguranças, dúvidas e receios lhes surgem.
Para gerirem da melhor forma que sabem as suas inseguranças, estes outros corpos energéticos projectam nos outros - e em nós também - essas mesmas inseguranças. Procuram assim, dessa forma provisoriamente menos sábia, ganhar tempo até que, finalmente cessando essas suas projecções infrutíferas e pouco construtivas, olham de frente as próprias inseguranças e as dissolvem.
Ora, apanhados nesse turbilhão interior de um outro alguém, aqui nos encontramos involuntariamente envolvidos nessas arquitecturas pessoais.
E das duas uma: ou nos revoltamos por sentir que não fazemos parte daquele processo e ainda precisamos lidar com estilhaços e destroços que nos agridem; ou desfrutamos e aproveitamos o que dali nos faz crescer.
Porque verdade seja dita e escrita, com estes seres - e com outros - nós nunca nos zangamos, apenas nos zangamos, também provisoriamente, connosco próprios porque não soubemos lidar bem com esta ou aquela situação.
Assim, abracemos e bendigamos estes estranhos anjos que sem saberem nos tocam com as suas asas e nos fazem crescer.
A nossa vez chegará de os tocar e da mesma forma eles se sentirão provocados para crescer, para finalmente abraçarem os seus medos mutantes de sorrisos ausentes.

Comentários

Anónimo disse…
"...ou nos revoltamos por sentir que não fazemos parte daquele processo e ainda precisamos lidar com destroços que nos agridem; ou desfrutamos e aproveitamos o que dali nos faz crescer..."

Neste crescimento, existe um vai e vem, entre as duas atitudes propostas. É fundamental a tomada de consciência deste processo, leva-nos a uma "homeostasia" emocional que neste mundo, não é contínua e por isso somos motivados a crescer!

Diana
P.S. Mais uma coisa.... a sincronidade existe.
É verdade :) como não somos máquinas cá vamos gerindo estes "vai e vem".

E sim Diana, acredito: a sincronicidade existe.
Anónimo disse…
Por acaso, ou talvez não (como você refere na introdução do seu site), vim um dia parar ao seu site e, depois, ao seu blog.
Isto aconteceu há cerca de quatro meses, desde então e porque provavelmente fiz uma pré-inscrição num dos seus workshops (que ainda não frequentei), tenho vindo a receber semanalmente aquilo que me parece ser o "destaque da semana", que muito agradeço.
Agradeço porque dos simples textos que nos envia se entende, de facto, uma partilha genuína, de algo que lhe acontece ou com que se confronta no seu trabalho. E porque essa é a realidade de quem trabalha com pessoas, com o ser humano, a mim enquanto ser humano apraz-me conhecer essas outras perspectivas que de uma forma simples e partilhável nos são apresentadas e partilhadas sem inconfidências.
Tenho vindo a passar este seu site para outros amigos meus que bem precisam de ser questionados sobre as suas quadradas, rígidas e desconfortáveis perspectivas de vida - gradualmente estas suas provocações positivas têm vindo a ser introduzidas nas nossas conversas. E de uma forma saudável temos vindo a construir com estas suas "provocações positivas" como refere, diálogos bastante interessantes.
Bem sei que na sua modéstia e humildade realista nos relembra que aquilo que escreve não tem nada de novo, mas como também refere "relembra-nos o óbvio".
Pela minha parte deixe-me agradecer-lhe o relembrar desses óbvios esquecidos.
Abraço e até sempre
Anónimo disse…
Deus me dê paciência para aturar alguns desses "corpos" como peço que dê paciência a alguns desses "corpos" para me aturarem a mim e a este meu "corpo" de vez em quando.
Santa e angelical paciência
Anónimo disse…
betania, passa por cá, qd pode. É bom ler artigos diferentes do que se publica nos jornais e revistas. Pelo menos, faz-nos pensar, interiorizar, conviver com os nossos conflitos internos.

Cá por mim, voltarei sempre pq nunca volto de mãos vazias.

Beijinhos
betania
carlos, muito obrigado pela honra que me concedes ao ler, e passares, estes óbvios esquecidos.

jorge e betania, bem hajam como diz a rita :)

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