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A chave


Hoje levantei-me cedo, muito cedo, para me pôr a caminho de uma terra santa. E quando já estava na rua, atravessando a estrada, vi-a lá. No meio do chão.
Molhada pela chuva que ainda caía.

Uma chave. No meio da estrada.
Apanhei-a e guardei-a.
Não sei de quem é. Nem do que é.
E minha também não é.

Mas estou a tomar conta dela e sinto que abre muita coisa.

Se alguém precisar dela eu empresto.
Não precisa de a vir buscar nem vir ter comigo.

Basta pensar nela e abrir o que houver para abrir.
É uma chave-mestra. Abre muita coisa

Se alguém precisar de abrir a porta da felicidade, da paz, do amor, o caminho da saúde ou o baú da prosperidade... Ela abre.
Basta pensar nela e abrir ou que houver para abrir.

E depois... devolvê-la.
Há mais gente a precisar dela.

Eu, também já a usei, e empresto-a sempre. A quem dela precisar.
Basta pensar nela e abrir o que houver para abrir.
É uma chave-mestra. Abre muita coisa.
;)

www.MarioRuiSantos.net

Comentários

Anónima disse…
Uma chave perdida no meio da chuva só pode ter fechado alguma porta! ;-) ...e que venha o sol para entrar pela janela que se abriu com o fechar da porta ;-)

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