Normalmente, Ivo via as pessoas mortas, ou as imagens da matéria que elas foram. Especialmente naquele momento em que elas acabavam de falecer, e especialmente quando elas tinham mortes violentas.
Nos últimos dias a imagem do segurança do banco que tinha sido espancado até à morte, surgia-lhe como lhe surgiu naquele dia em que assaltaram o banco em Vila Real de Sto. António.
Estas imagens surgiam-lhe normalmente com uma mensagem de algo que esses personagens, em vida, não entregaram a alguém.
Mas nos últimos tempos este segurança aparecia-lhe frequentemente, umas vezes de forma isolada, outras numa dinâmica premonitória de alguém que acabava de existir nesta dimensão terrena.
Naquele dia, enquanto saía do trabalho para casa, dirigindo-se a caminho do seu carro mais uma vez aquele personagem lhe surgiu. A passar no outro passeio lá o viu, ao segurança, com os seus óculos partidos e a cabeça rachada cruzando o olhar com ele.
Nesse instante, Ivo voltou-se para trás e viu um homem - jovial e bem-vestido - que olhava para ele. Numa expressão quase-sorridente e tranquila.
- Então e a ti ? O que te aconteceu ? - perguntou Ivo, adivinhando uma resposta estranha e pensando que aquele homem que ali estava à sua frente já tinha acabado de existir.
- A mim, Ivo ? A mim não me aconteceu nada...mas a ti vai acontecer.
Ivo arregalou os olhos e na sua mente, num turbilhão passaram as palavras "ataque-cardíaco", "AVC"... com grandes grandes pontos de interrogação.
Perdendo força, os seus joelhos tocaram no chão e virando-se para o homem que lhe dirigia aquelas palavras disse-lhe: - Diga aos meus filhos que os amo e que os sempre continuarei a amar, à minha mulher que me perdoe e que a amo muito, aos meus pais e aos meus irmãos que os levo no meu coração...
Mas calou-se, o homem olhava para ele numa expressão de impotência, encolhendo os ombros e com as palmas das mãos viradas para Ivo.
Naquele momento Ivo fechou os olhos e acordou. Ao seu lado, na sua cama, a sua mulher dormia tranquilamente. Levantou-se, foi ver os filhos, beijou-lhes o cabelo e voltou para a cama adormecendo abraçado à sua mulher.
Nos últimos dias a imagem do segurança do banco que tinha sido espancado até à morte, surgia-lhe como lhe surgiu naquele dia em que assaltaram o banco em Vila Real de Sto. António.
Estas imagens surgiam-lhe normalmente com uma mensagem de algo que esses personagens, em vida, não entregaram a alguém.
Mas nos últimos tempos este segurança aparecia-lhe frequentemente, umas vezes de forma isolada, outras numa dinâmica premonitória de alguém que acabava de existir nesta dimensão terrena.
Naquele dia, enquanto saía do trabalho para casa, dirigindo-se a caminho do seu carro mais uma vez aquele personagem lhe surgiu. A passar no outro passeio lá o viu, ao segurança, com os seus óculos partidos e a cabeça rachada cruzando o olhar com ele.
Nesse instante, Ivo voltou-se para trás e viu um homem - jovial e bem-vestido - que olhava para ele. Numa expressão quase-sorridente e tranquila.
- Então e a ti ? O que te aconteceu ? - perguntou Ivo, adivinhando uma resposta estranha e pensando que aquele homem que ali estava à sua frente já tinha acabado de existir.
- A mim, Ivo ? A mim não me aconteceu nada...mas a ti vai acontecer.
Ivo arregalou os olhos e na sua mente, num turbilhão passaram as palavras "ataque-cardíaco", "AVC"... com grandes grandes pontos de interrogação.
Perdendo força, os seus joelhos tocaram no chão e virando-se para o homem que lhe dirigia aquelas palavras disse-lhe: - Diga aos meus filhos que os amo e que os sempre continuarei a amar, à minha mulher que me perdoe e que a amo muito, aos meus pais e aos meus irmãos que os levo no meu coração...
Mas calou-se, o homem olhava para ele numa expressão de impotência, encolhendo os ombros e com as palmas das mãos viradas para Ivo.
Naquele momento Ivo fechou os olhos e acordou. Ao seu lado, na sua cama, a sua mulher dormia tranquilamente. Levantou-se, foi ver os filhos, beijou-lhes o cabelo e voltou para a cama adormecendo abraçado à sua mulher.
Comentários
Nesta vida, o que tem cada um de nós pendente? Sabemo-lo? Ou há que reflectir?
Porquê questionar os outros primeiro?
Afinal, é em cada um de nós, actor / actriz principal que tudo começa...
Sabem que todos temos "Asas? Não se esqueçam de as usar... sempre!
Diana
Uma historia verdadeiramente emocionante e real para muita gente...
Obg pela partilha!
Bjs***