A lua de ferro mantém-se impassível. Em contra-luz de fim de dia. De fim de tempestade, Em plano contra-picado. De quem se despede das nuvens enegrecidas, Cansadas e fugidias Num empurrar de vento Do planeta apressado. Temporariamente minguante. Ferrugenta, exausta. Sorri ao contrário Aos restos de luz, De costas para a borrasca Peito aberto à bonança quase nocturna. Aguarda. Firme. O regresso dos últimos raios Do astro maior. Quente, tranquilo que volta De mãos dadas com a estrela parida, Criada e concebida pelo amor do ser. Sorri. Em ferro de castanho e sabedoria Estendendo a ponta brilhante celeste À mão da companheira, Pelo amor construída, Tranquila, aquecida. No abraço do Deus-Sol. E a lua de ferro, No temporário minguante, Em querida mentira, Solta as amarras, cavilhas, parafusos E preconceitos do homem medo. Para um almoço impossível À luz das estrelas mirantes Arrumadas em céu distante. Aquecida. Abraça a mão dada Pela estrela parida em calor de rei astral e presente. No plane...
Caminhos, Respostas, Soluções em Si com Mário Rui Santos