2009/12/12

Demónios, esses pré-anjos

A vida tem-me vindo a mostrar uma verdade de forma empírica. Uma verdade que constato e que mostra este caminho de entendimento. Essa verdade é a verdade sobre estas "entidades" que algumas pessoas sentem na sua vida, com as mais diversas manifestações.
Alguns chamam demónios a essas "entidades" e procuram que quem é atormentado fuja, se proteja ou tenha medo destas manifestações.
Mas a verdade que se me apresenta é a de que esses demónios são manifestações energéticas e/ou espirituais dos medos de quem é atormentado. Esse medo alimenta essas "entidades" e fá-las manter-se ou ganhar dimensão. E esta verdade mostra-me bem mais do que isso. Mostra-me que essas entidades são pré-anjos, sombras de anjos que ainda não o são. Porque precisam da nossa ajuda.

Essas sombras de anjo que por vezes parecem atacar quem atormentam, têm um papel superior de apontar ao suposto atormentado o medo que ele deve trabalhar. Fazem-no de uma forma estranha e por vezes violenta, mas apontam esse medo - ou esse ponto menos forte - a ser trabalhado.

Por essas sombras devemos estar gratos e não receosos, pois são companheiros de viagem que se transformam e nos transformam num ser mais forte e luminoso. É exactamente nesse momento que as asas lhes crescem e a beleza do amor os ilumina. É nesse momento que pela primeira vez sentimos o seu abraço de luz que lhe ensinámos a dar.

2009/12/03

Frustrações pessoais, pressões conjugais

O ser humano tem uma tendência natural, pela sua formação intelectual de base, a expiar as suas frustrações pessoais nas mais diversas e diferentes dimensões da sua vida. Ou seja, utiliza bodes expiatórios, situações ou dimensões expiatórias, para as próprias frustrações. Evitando ou adiando o confronto consigo próprio e com aquilo que lhe parece fazer sentido.

Constrói uma energia de frustração acumulada que se liberta em frentes externas completamente diversas - no seu companheiro/a, nos seus filhos, nos seus colegas de trabalho, nos seus clientes... - ou em frentes internas, reprimindo e agredindo o seu próprio ser físico.

Escrevo aqui e agora sobre este assunto porque quis o Universo, o Arquitecto, Deus ou o Senhor das Coincidências que nas últimas semanas me surgissem situações de pessoas que não se sentem confortáveis com as relações que têm (com os seus maridos/mulheres, companheiros/companheiras, namorados/namoradas, etc...). E com uma frequência acima do que é normal.

Das situações que tenho observado, tenho percebido que essas pessoas não estão propriamente insatisfeitas só com as suas relações, mas sim com as suas vidas. Simbolizando nessas relações a raíz do mal-estar que sentem.
Ora se em muitos casos têm toda a legitimidade e razão para o pensar, procuro sempre propor como via a trabalhar um equilíbrio assente no seu próprio ser. Avançando com iniciativas que ficaram em suspenso, alegadamente por motivos ligados à própria relação.
Se depois de se avançar com essas iniciativas e projectos pessoais, continuar a pensar o mesmo sobre a sua relação, então terá o caminho aberto - e bem mais iluminado - para a terminar.

2009/12/01