2011/01/18

O caminho construído do ser

Não percas mais tempo à procura do teu eu.

Constrói-o com o desejo de que cada aprendizagem te coloca nesse caminho de certeza de encontro contigo mesmo.

Serás mais do que feliz, em extase te manterás num sorriso estranho que contigo começa a despertar a cada dia.

Numa postura contemplativa de ti próprio em que vais percebendo que só uma pessoa no mundo te poderá desviar desse caminho que constróis e percorres com tantas certezas como dúvidas.

Porque também elas pavimentam o teu caminho para que o possas correr com ainda mais certeza.

Não. Não perderás tempo, meu irmão.

Se tiveres dúvidas ou hesitares, ou até mesmo se um dia perceberes que poderias ter escolhido de outra forma, contemplarás o ser que és tu e que nesse momento foste.

Não o repreenderás.

Abraçá-lo-ás pela sabedoria disponível e presente no momento, mas acima de tudo pela coragem da decisão do teu ser da circunstância.

Os erros fazem-nos sábios, são mais do que parte da nossa humanidade e qualidade de aprendiz.

São também eles degraus da escada do teu caminho, memórias de sabedoria, imagens da tua força que te direccionam para o encontro inevitável de ti para contigo.

Vem irmão, vai irmão, continua nesse caminho que constróis e percorres e muda de direcção sempre que te fizer sentido.

Mas mantém-te no teu caminho.

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2011/01/17

Jantar APROCEP

2011/01/12

Escuridão degrau

Não aceitamos os medos que nos dizem.

Rimo-nos deles e crescemos para além deles.

Não aceitamos as ansiedades que nos vendem porque aquilo que buscamos se encontra noutros caminhos.

Olhamos muito para além do medo. Muito para além do susto social em que procuram nos mergulhar.

Sim, irmão. Há quem nos olhe como alienados de uma realidade óbvia e única.

Pobres tristes e encavernados. Desejo-lhes tão bem, que por outro caminho saiam dela. Como eu saí.

Talvez por um caminho diferente do meu, mas desejo-lhes tanto que o façam.

Encontrar-nos-emos, todos, de sorriso escancarado gratos pelo encavernamento que nos fez sentir mais tarde tão luminosos, tão mais próximos de nós próprios.

Nós somos a Luz do caminho que construímos.

E assim que isso nos faz sentido, caminhamos para fora da caverna.

Bem sejamos nós pelo que agora fazemos e pela escuridão que sentimos, porque também ela enche de cor a nossa luz.

Bem sejas ó escuridão, vazio da matéria cheio de ânsia por ti própria, que me trazes agora cor.

Bem sejas, irmão, por iluminares e colorires esta escuridão connosco.

Bem sejamos.

2011/01/06

Novos sons do silêncio



Obrigado, Rita!

2011/01/05

Abraça o teu despertar!

Não te deixes adormecer, irmão, com diagnósticos dormentes e formigantes em que te querem involuir. Tu cresces com tanta força que por vezes te julgas sózinho no meio de um ruído de silêncio estagnado.

Mas lembra-te que não estás sózinho nesse despertar, há cada vez mais como tu e eu que saem do rebanho irrequieto.

Há cada vez mais como tu e eu que se riem dos pastores assustados e cada vez mais fracos.

Sim, os despertares para o ser e para a matriz são cada vez mais.

Não deixes que te vendam formatos de felicidade encaixante, compartimentadora e industrial.

Eu sei, tu sabes, que o pronto-a-vestir é mais rentávell que os alfaiates alguma vez serão, mas eu sou alfaiate de mim mesmo e tu és alfaiate de ti mesmo.

És criador do teu próprio equilíbrio e felicidade e não te irão desconfortar com as alegadas generalizações de uma humanidade entristecida.

Os homens choram, as crianças gritam e saltam, as mulheres tomam o poder e arranjam os carros, a noite é bela porque se vêm as estrelas. Os meninos não têm de ser bem comportados mas sim felizes, o homem gosta do homem ou a mulher da mulher, apaixonam-se por seres humanos como seres humanos que são.

As guerras não são ausências temporárias da paz mas sim manifestações bárbaras da estupidez humana que teima em travar a inteligência grandiosa e pacífica do homem.

E não, não se enganem homens da velha ordem. Não é a Terra que vocês destroem, mas sim a vós mesmos num optimismo triste e violentamente ignorante.

Abram os olhos, os homens morrem, a Terra fica, os netos dos netos dos vossos netos atrofiam no chafurdar do podre que vocês deixariam. E morrem antes de tempo na pocilga árida que vocês teimavam em querer criar.

Não, irmão, não contribuas para essa pobre e porca herança.

Abraça o teu despertar.

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