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Abraça o teu despertar!

Não te deixes adormecer, irmão, com diagnósticos dormentes e formigantes em que te querem involuir. Tu cresces com tanta força que por vezes te julgas sózinho no meio de um ruído de silêncio estagnado.

Mas lembra-te que não estás sózinho nesse despertar, há cada vez mais como tu e eu que saem do rebanho irrequieto.

Há cada vez mais como tu e eu que se riem dos pastores assustados e cada vez mais fracos.

Sim, os despertares para o ser e para a matriz são cada vez mais.

Não deixes que te vendam formatos de felicidade encaixante, compartimentadora e industrial.

Eu sei, tu sabes, que o pronto-a-vestir é mais rentávell que os alfaiates alguma vez serão, mas eu sou alfaiate de mim mesmo e tu és alfaiate de ti mesmo.

És criador do teu próprio equilíbrio e felicidade e não te irão desconfortar com as alegadas generalizações de uma humanidade entristecida.

Os homens choram, as crianças gritam e saltam, as mulheres tomam o poder e arranjam os carros, a noite é bela porque se vêm as estrelas. Os meninos não têm de ser bem comportados mas sim felizes, o homem gosta do homem ou a mulher da mulher, apaixonam-se por seres humanos como seres humanos que são.

As guerras não são ausências temporárias da paz mas sim manifestações bárbaras da estupidez humana que teima em travar a inteligência grandiosa e pacífica do homem.

E não, não se enganem homens da velha ordem. Não é a Terra que vocês destroem, mas sim a vós mesmos num optimismo triste e violentamente ignorante.

Abram os olhos, os homens morrem, a Terra fica, os netos dos netos dos vossos netos atrofiam no chafurdar do podre que vocês deixariam. E morrem antes de tempo na pocilga árida que vocês teimavam em querer criar.

Não, irmão, não contribuas para essa pobre e porca herança.

Abraça o teu despertar.

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