A Espiritualidade
Tão distante, tão trabalhoso, tão etéreo que nem sequer se abre à possibilidade de constatar a sua actual vivência e existência com essa mesma espiritualidade dentro de si, em si, consigo...
E assim considera-se muitas vezes um ser passivo, não espiritual e pouco digno de um contacto com essa parte ou perspectiva expandida de si.
No entanto, aqueles que se abrem à possibilidade de existência de uma outra perspectiva expandida, uma outra perspectiva desta sua experiência terrena, assumem de forma crescente e irreversível um outro grau de harmonia e equilíbrio num caminho de encontro com essa espiritualidade, iniciam aquilo que em matemática se designa como equação de variáveis múltiplas. Percebendo que o resultado dessa mesma equação depende largamente de variáveis não apenas materiais ou físicas mas também de uma série de outras infindáveis e multi-sensoriais variáveis. Como por exemplo a felicidade, ou outros fantásticos estados de espírito igualmente equacionáveis e contributivos para a mesma harmonia do indivíduo.
E o que torna tudo isto ainda mais interessante é que nesse trabalho de matemática permanente, mental e natural, o homem apercebe-se que esses estados de espírito são não só equacionáveis mas também geríveis. Passando ele, a partir desse momento, também, não só a considerar essas variáveis mas sim a criá-las.
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"O meu apelo por uma revolução espiritual não é um apelo por uma revolução religiosa. Considero que a espiritualidade esteja relacionada com aquelas qualidades do espírito humano - tais como amor e compaixão, paciência, tolerância, capacidade de perdoar, contentamento, noção de responsabilidade, noção de harmonia - que trazem felicidade tanto para a própria pessoa quanto para os outros. É por isso que às vezes digo que talvez se possa dispensar a religião. O que não se pode dispensar são essas qualidades espirituais básicas."
Jetsun Jamphel Ngawang Lobsang Yeshe Tenzin Gyatso, o 14º Dalai Lama
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