2007/04/16

A escolha


Acreditar que perante determinadas imagens, pensamentos, ideias, assuntos...que nos surgem na mente, temos sempre a capacidade de escolher a perspectiva, é o primeiro passo para uma mudança radical nas nossas vidas.
Acreditar que não somos passivos perante pensamentos que comprometem o equilíbrio do nosso dia-a-dia é uma atitude de controlo e de responsabilidade. Não numa perspectiva mecanicista, quadrada e pouco natural desse mesmo controlo. Não.
A gestão dessas perspectivas e a escolha do modo como lidamos com esses pensamentos é uma capacidade natural, tranquila que todos possuimos. Por vezes um pouco adormecida, mas natural e contributiva para o nosso equilíbrio e felicidade. Natural.
E acreditar que temos essa escolha é tão natural como constatar que na nossa vida o vamos fazendo, mas normalmente com um leque limitado a uma aparente e única opção. O que nos esquecemos por vezes é de nos abrirmos criativamente e predispormo-nos a uma série de muitas outras opções.
Aí sim, nesse momento, escolheremos de facto. De forma justa e equilibrada para nós próprios e para o sistema em que vivemos.

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"O presente não é um passado em potência, ele é o momento da escolha e da acção ." Simone de Beauvoir
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13 Motorcycle diar...
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12 Comments:

Anonymous Anónimo said...

concordo - estamos em sintonia ;)

segunda-feira, abril 16, 2007 11:02:00 da tarde  
Blogger Xicha said...

Muito bom dia Mário...
:)
Xi

quarta-feira, abril 18, 2007 1:41:00 da tarde  
Blogger Unknown said...

Passei a acreditar no poder de escolha sobre a prespectiva de observação (e, subsequentemente, de julgamento) no momento que reflecti sobre o facto de, num dado dia em que logo pela manhã começaram as tropelias próprias dos dias que começam mal, disse para mim mesma de forma determinada Ah não, hoje hei de ser mais teimosa que tudo o que me cair ao pés para me lixar o juízo, e o que é facto é que desde um pneu furado, um cartão multibanco ilegível, uma entrevista marcada e um telemóvel que por esquecimento ficou sem crédito, tudo aconteceu nesse dia, e eu lidei com tudo de forma calma, conscientemente controlada e por isso descontraída e com grande clareza de raciocínio. Acredito, portanto, que isto é possível.

Mas e que fazer quando corpo grita à alma que descanse, que se deixe de sonhos por uns tempos, que o deixe dormir profundamente, que se deixe de desafios pois os músculos contraem até à dor aguda como forma de protesto. Que fazer quando a alma ferve de emoção ao descobrir tantas coisas para aprender, quando o sonho nos entra pela vida a dentro estampado nas coisas mais insignificantes, ou não. Nestas alturas gerem-se os dias com a pouca energia que se tem, deita-se tarde e levanta-se cedo, sempre, come-se bem em grande parte dos dias, em passo de corrida nos outros dias, e são tantas as imagens, as ideias, as listas de coisas a não esquecer, acontece alguma coisa, apanha-nos no meio de um furacão e muito facilmente nos atiramos ao chão, viramos, calamos de morte, caimos ou fujimos. Como fazer para utilizar a tão natural capacidade de escolher o que quer que seja, quando estamos mal sintonizados, que parece ser quando não acreditamos em quase nada...

quarta-feira, abril 18, 2007 9:42:00 da tarde  
Blogger Mário Rui Santos said...

pessoalmente GV, gosto de ver esses momentos, em que parece que não estamos sintonizados e que quase não acreditamos em nada, como momentos de crescimento. tal como uma dor de crescimento. porque sei que vou sair deles ainda mais forte e cada vez mais forte...

quinta-feira, abril 19, 2007 12:55:00 da manhã  
Blogger Unknown said...

... a velha história de recolher a um canto e lamber umas quantas feridas... para regressar depois, mais forte do que nunca...

sábado, abril 21, 2007 1:34:00 da tarde  
Blogger Mário Rui Santos said...

exactamente :)

sábado, abril 21, 2007 2:52:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

E será mesmo assim ? Eu ca tenho ideia de que não é assim tão facil...

segunda-feira, abril 23, 2007 2:38:00 da tarde  
Blogger Unknown said...

E quem disse que é fácil???

terça-feira, abril 24, 2007 9:27:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

...e quando essa dor é tão forte e tão prolongada, que parece que não tem fim... porque há fases na vida que nos fartamos de lamber feridas e elas não cicatrizam... os dias passam e penso: "Grandes provas, grandes partidas que esta vida nos prega!"
Mas a verdade é que todos os dias regresso! Como...? Tem dias! :)

quarta-feira, maio 02, 2007 10:28:00 da tarde  
Blogger Mário Rui Santos said...

Ninguém disse que é fácil - é verdade - e por isso temos de ter dias para descansar e podermos continuar a fazer o que não é fácil, mas é bom: a viver.

quarta-feira, maio 02, 2007 11:50:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Não é facil esse poder de escolha... quantas vezes desejamos fazer algo, ir contra ao que estamos a sentir mas, é impossivel. O que sentimos supera, qualquer poder de acção!!

segunda-feira, julho 28, 2008 3:34:00 da tarde  
Blogger Mário Rui Santos said...

Isso acontece porque a crença/convicção que temos instalada em relação a esse assunto não nos é funcional/saudável/lógica - a primeira coisa que há fazer é alterá-la (e sim, podemos alterá-la - fomos nós que a construímos)

segunda-feira, julho 28, 2008 4:01:00 da tarde  

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