2009/01/28

"Lá onde o UM impera, o ensinamento flui sem reservas para todo aquele que ousar ouvir o coração do Eterno."
Jung


Israel Kamakawiwo'ole - "Somewhere over the rainbow"

Às vezes desejo a uma estrela cadente
Acordar num sítio onde as nuvens estão longe
Para trás (bem para trás)
Num sítio onde os problemas se derretem como rebuçados de limão
Bem acima dos telhados e chaminés
É aí que me poderás encontrar.

Eu sei que sobre o arco-íris
Os pássaros azuis voam
Por isso
Porque não posso eu voar também?

(trad./adapt. MRS - de um original de Ray Charles "Somewhere over the Rainbow" Music by Harold Arlen, Lyrics by "Yip" Harburg - recomendo igualmente a versão de Keith Jarret - veja-a/ouça-a aqui)

2009/01/26

"Nem sempre aquilo que tu queres é aquilo que tu precisas.
Por isso aceita o que receberes e aprende, para poderes desejar o que de facto precisas."

Marin
(quem é Marin?)

Um caminho para a Luz, apenas um caminho...


Falamos e ouvimos falar tanto da Luz. De uma Luz. Uma Luz que nos ilumina, que nos acompanha, que está dentro de nós. Para alguns essa Luz é Deus, para outros o Universo, a força do Universo, a Energia Universal, o Ki, o Amor, a Paz. A Luz é tanto em nós e quanto mais nos sentimos no seu caminho mais a enriquecemos conceptualmente, tornando-a mais rica e poderosa.

Para outros que se sentem distantes deste conceito, admitir a possibilidade de uma Luz, que ilumina e acompanha o seu ser é uma proposta de alienação do seu próprio conhecimento ou auto-construção. É algo que não faz sentido porque os distrai de si mesmos. A estes direi que a Luz de aqui falo-escrevo é também exactamente isso: o seu próprio conhecimento e força de construção.

Assim, seja você uma pessoa mais racional ou uma pessoa mais espiritual, a proposta de caminho que aqui lhe deixo é uma proposta pragmática e universal. Que será tanto ou mais espiritual, tanto ou mais racional, conforme o seu próprio sistema de crenças e convicções.
E há tantos caminhos para esta Luz. Tantos. Este é apenas um caminho, uma proposta de caminho.

Durante alguns anos da minha vida, no início da minha actividade profissional, aquilo que a vida me trouxe foi um trabalho com máquinas. Com os meus 17/18 anos, depois de ter pensado em seguir engenharia electrotécnica - porque o meu sonho era trabalhar na geração de energia - para ganhar dinheiro comecei a trabalhar com computadores. Isto há mais de 20 anos. Fazia na altura programas informáticos, escrevia linhas de programação e punha essas mesmas máquinas a "pensar" e a "responder" de uma determinada forma a inputs (dados) que os utilizadores introduziam. Com o objectivo de facilitar o processamento desses valiosos dados e produzir outros ainda mais valiosos, ao serviço de uma indústria altamente sedutora e manipulativa: a publicidade.

Por um período de cerca de 4/5 anos esta foi a minha vida. Bastante jovem na altura, a ganhar bom dinheiro e a fazer aquilo que gostava e me fazia algum sentido como modo de vida.
A pouco e pouco essa minha opção começou a ser substituída por um outro fascínio que estava tão próximo de mim e que me foi abraçando. Era ele o próprio fenómeno da comunicação, aquele que fazia mover massas de gente para comprar um produto ou manter-se fiel à marca. E assim me fui envolvendo e gostando cada vez mais de o trabalhar, fazendo-me na altura então sentido como forma de vida.

Durante cerca de 20 anos trabalhei nesta área da publicidade, em grandes agências, com grandes clientes e com grandes campanhas. Era feliz e vivia a minha vida satisfeito com ela. Andei pelo mundo, viajei em trabalho, estudei no estrangeiro, sempre com a publicidade na minha vida...fazia-me sentido e sentia-me bem.
Hoje em dia sinto-me grato por este período da minha vida, apesar de também hoje pensar que nas vivências e experiências normais decorrentes da minha existência poderia por vezes ter aproveitado melhor o meu tempo. Mas também esse pensamento de ligeira recriminação me faz cada vez menos sentido neste agora. E para o passado, de facto, olho com um sorriso e um abraço de gratidão por todos os momentos - bons ou menos bons - que, de alguma forma, aquele eu criou para mim.

Há cerca de oito anos, estava eu mais ligado à consultoria e formação na área do marketing e comunicação, tive contacto com uma coisa estranha que me surgiu à frente: hipnose clínica. Guardei esse artigo de jornal e alguns dias mais tarde novo elemento me surgiu, nessa altura o anúncio de uma escola inglesa que fazia formação nessa área cá em Portugal. Também esse anúncio eu guardei, para digerir, processar e tomar uma decisão.

Naquele contexto, o meu interesse justificava-se por ter necessidade de adquirir ferramentas de dinamização de grupos, na área de formação. Não me passava pela cabeça sequer que poderia ser algum dia terapeuta, facilitador, ou qualquer coisa do género. Era para mim, acima de tudo, a aquisição de competências para me tornar um melhor formador. E passados alguns dias decidi contactar a escola, ter a entrevista de selecção e finalmente inscrevi-me no curso.
Fiz então o primeiro nível, que não só me proporcionou o contacto com técnicas de relaxamento e visualização mas também uma mudança na minha própria concepção de mim e de me relacionar comigo. Foi uma experiência transformadora.

Por mim, aquela experiência pararia ali. O dinheiro falava mais alto, precisava de sustentar a minha família e as despesas na altura (como hoje) eram extremamente ponderadas, não se compadecendo com a minha vontade de continuar essa formação. Contactei então a minha supervisora e a coordenadora do curso, informando-as dessa decisão para grande pena minha.
Alguns dias mais tarde fui contactado por esse Ser, que coordena as actividades da escola, propondo-me um acordo de pagamento e uma colaboração com a escola.

Na altura, um pouco em função das directivas da casa-mãe em Londres, os suportes de formação eram mais limitados e fiquei com a incumbência de criar suportes complementares à formação e tornar um pouco mais dinâmicas as aulas. Aceitei, assim fiz e durante cerca de três anos frequentei e assisti a várias edições dos três níveis de formação em hipnose clínica. Comecei também a dar formação com a escola em Portugal e em Espanha. Tendo mais tarde tido a felicidade de concretizar um outro sonho com essa mesma escola. Acompanhei a cooordenadora de formação num novo projecto da escola na Malásia, onde dei igualmente algumas aulas a alunos malaios, e fui até Angkor Wat ao coração do Cambodja onde permaneci durante alguns dias até voltar para a Malásia para mais algumas aulas. Desde então em Portugal, criei o meu próprio projecto de formação na área da hipnoterapia, mantendo-me ainda ligado como as circunstâncias e a vida o permitem às pessoas do London College of Clinical Hypnosis, com gratidão, respeito e admiração crescentes.

Mas a minha envolvência com a hipnose clínica é bem mais do que a formação. Desde cedo, assim que terminei a minha formação, tive a oportunidade de aplicar a minha aprendizagem de uma forma progressiva fazendo trabalho voluntário com uma associação sem fins lucrativos, com que ainda hoje colaboro. E à medida que fui ganhando mais experiência e conhecimento, fui igualmente trabalhando a nível individual em consultório e desde 2003 que já trabalhei com centenas de pessoas que procuraram e procuram esta abordagem. Num caminho de crescimento, de ajuda e aprendizagem mútua.

É neste caminho que tenho vindo a construir, a propor e a aplicar, um modelo cada vez mais poderoso de auto-conhecimento e construção. Um caminho e um modelo que eu próprio fui construindo com o input das minhas formações contínuas nas mais diversas áreas ligadas à mente humana, mas especialmente à área da hipnose. Um caminho e um modelo poderoso e enriquecido pelas próprias pessoas com quem tive a felicidade de me cruzar e trabalhar como pacientes, clientes, amigos e formadores. Mas especialmente os meus pacientes (Mutantes - como eu gosto de os ver. Porque eles Mudam, não esperam...).

E cada vez mais me faz sentido este caminho, não só porque de forma progressiva as pessoas com quem trabalho o têm vindo a adoptar como factor auxiliar de mudança na sua vida, mas porque também eu próprio o experimento e aplico na minha vida. E sinto-me bem, muito bem.

O caminho que proponho é composto por vários passos, que não são necessariamente sequenciais porque a nossa mente trabalha em várias frentes simultâneas:

1-Admitir a possibilidade de que existe um sistema de crenças, convicções e directivas (micro-directivas) que vamos adquirindo e construindo - de forma consciente e inconsciente - ao longo da nossa vida. Com especial incidência e impacto no resto da vida, aquelas que são adquiridas durante a infância e a adolescência (formação da personalidade);

2-Admitir que esse sistema pode ser analisado para a detecção dessas mesmas crenças, convicções e directivas adquiridas - conscientes ou inconscientes;

3-Admitir que esse sistema pode ser mudado, adaptado à realidade e ao equilíbrio de cada um;

4-Adquirir as competências para uma observação tranquila desse sistema;

5-Adquirir as competências para uma auto-comunicação verbal, visual, multissensorial... orientada para o equilíbrio e para o desenvolvimento pessoal;

6-Adaptar essas competências ao seu imaginário, à sua criatividade e à sua experiência de vida;

7-Instalar e ginasticar essas competências, para um modo de funcionamento automático e inconsciente;

5-Adquirir as competências para
- Aceitar o seu passado
- Respeitar o seu passado
- Amar o seu passado
- Estar grato pelo seu passado

6-Aceitar, Respeitar, Amar e Estar Grato pelo seu Passado

7-Adquirir as competências para
- Construir o seu Futuro
- Respeitar o seu Futuro
- Amar o seu Futuro
- Aceitar o seu Futuro
- Estar grato pelo seu Futuro

8-Construir, Respeitar, Amar, Aceitar e estar Grato pelo Futuro que objectiva e vai construindo;

9-Adquirir as competências para mudar o seu Agora
- Na sua forma de Pensar e de Agir (consigo próprio e com os outros), de forma inconsciente e automática.

10-Mudar o seu Agora
- Permitir, abraçar, respeitar, amar o caminho que constrói.
- Gerir de forma tranquila o equilíbrio e o seu desenvolvimento - fazendo-o de forma inconsciente e automática.

Estas 10 etapas são etapas que deverão ser trabalhadas de forma individualizada e adaptada, e a sua velocidade de implementação varia de ser para ser, de pessoa para pessoa.
No entanto, neste método é extremamente rápida a avaliação da sua eficácia e numa só sessão a pessoa que o conhece e exercita faz também ela a sua própria avaliação de forma rápida. Assim, avaliará e perceberá em poucos minutos - numa primeira sessão - se este é um modelo que lhe faz sentido, e o impacto dessa avaliação reflectir-se-á na sua vontade de continuar e de construir o seu caminho para a Luz, a sua Luz.

Nos workshops (ateliês de formação prática) que regularmente faço, procuro em algumas horas iniciar os formandos neste modelo, com o objectivo de se tornarem os construtores do seu próprio caminho. Uma iniciação que para alguns serve como mais uma referência e que para outros merece alguma atenção para um posterior trabalho individual.
Nas sessões individuais, a metodologia proposta é em tudo idêntica. Com um acompanhamento mais próximo e adaptado às circunstâncias de cada um.

(Consulte o site www.MarioRuiSantos.net para mais informações sobre as sessões individuais, cursos e palestras)

2009/01/21

"Só quem faz o menos bom aprende a fazer o perfeito."
Marin
(quem é Marin?)

2009/01/20

Senhores de nós

A partir do momento que dominamos o nosso sistema de crenças, convicções, perspectivas ou verdades provisórias e o orientamos no sentido do equilíbrio/bem estar, nosso e de quem nos rodeia, damos o primeiro passo para a mestria de nós mesmos.
O segundo passo será o reforço dessas verdades mais ou menos provisórias, mais ou menos definitivas, em nós, através de uma auto-comunicação multissensorial.

(Desenvolva estas capacidades em si. Assista ao curso de auto-hipnose e desenvolvimento pessoal a realizar-se em Lisboa, no próximo sábado dia 24 de Janeiro em Lisboa
- mais informações)
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"A vida não é encontrar-se a si mesmo. A vida é criar-se a si mesmo."
George Bernard Shaw

2009/01/13


"Open your eyes" - Snow Patrol
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“Nunca perceberei por que razão à cólera dos homens corresponde por hábito o alheamento de Deus.”
José Manuel Saraiva

Abre os olhos!

2009/01/02



Combinando uma linguagem acessível com a explicação pragmática dos fenómenos relacionados com a hipnose, num contexto de equilíbrio e desenvolvimento pessoal, Mário Rui Santos apresenta-nos nesta obra um possível primeiro contacto com a poderosa secular técnica da hipnose.
É num clima conversacional e quase terapêutico que esta ferramenta é apresentada ao leitor. Com exemplos práticos e familiares às circunstâncias do dia-a-dia e apelando à experimentação, numa linguagem que desmistifica e aproxima as pessoas a esta abordagem do seu equilíbrio emocional.
"Hipnose nos nossos dias" reúne os elementos que podem ser apresentados e praticados numa primeira sessão de hipnose em contexto terapêutico, possibilitando ao leitor essa experiência e a continuação de uma prática adaptada ao seu imaginário, às suas aprendizagens e vivências.
Esta obra pretende ser um convite ao leitor. Um convite acessível e pragmático a ginasticar uma postura mental de observador e criador tranquilo dos seus pensamentos.

(clique para mais informações)