2014/10/07

As dores no teu corpo são sinais...



Do que tu pensas, do que tu comes, do que tu ouves, do que tu dizes, do que tu fazes, do que tu guardaste na tua mente...

Não abafes esses sinais sem os compreenderes, ou pelo menos dar-lhes ouvidos.

O teu corpo fala contigo.
Através da dor, do desconforto, do desânimo, da desmotivação, da sensação...

O teu corpo fala contigo.
Dá-lhe ouvidos para que ele não precise de gritar.

Porque o grito do corpo vem da transformação da dor em doença.
Antes que a doença surja, o corpo grita, chama mais alto: 
"muda! 
faz alguma coisa! 
pára de comer isso! 
pára de fumar!
pára de beber!
pára de engolir "sapos"!
activa-te!
mexe-te!
defende-te!
aceita!
perdoa!
perdoa-te!
pára...
ama-te!
respeita-te!
cuida-te!"

Ouve o que teu corpo te diz.
Não o abafes com comprimidos. 
Não te distraias dele. Não o procures sacudir ou esconder.

Não caias naquela armadilha que divide o teu ser quando dizes: "não gosto do meu corpo!"
Sai daí.
Ele és tu e tu és ele!
Não são um cão de duas cabeças.

São um ser de Luz, de Amor e Sabedoria.
São UM.
...
Fica bem... tu e ele. TU!
Ou melhor ainda! 


2014/10/01

"Muito riso, pouco siso." (???)

















Alguém à minha frente, enquanto conversavamos, começou a rir às gargalhadas. Mas uma fracção de segundo depois puxou o lábio de cima para baixo, fechou a boca e tapou-a com a mão. Sem se aperceber do que estava a fazer.
Observando este interessante fenómeno, perguntei-lhe: "quem é que te dizia para não te rires quando eras pequenina?".
Ela fixou o olhar em mim, fazendo uma viagem no tempo, e disse-me: "a minha mãe dizia-me muitas vezes 'muito riso, pouco siso'..."
Caramba! As coisas que se dizem às crianças. Pensei eu.
Pior que esta só mesmo aquela: "as desculpas não se pedem, evitam-se!", ou "um homem não chora", ou "90% ?? mais 10 e tinhas 100%", ou "não se pode confiar nas pessoas...", ou "nunca hás de ser ninguém na vida", ou "não há bela sem senão", ou... outras barbaridades e parvoíces do género.
Enfim... aquilo que nos disseram quando eramos pequenos, ou que ouviamos dizer em relação aos outros, ficou registado. Entranhado. Sem querer, vamos repetindo ou agindo em conformidade, pensando nós que é mesmo assim, que aquilo é a VERDADE.
Mas não é!
Aquilo era o medo do outro, a insegurança da mãe, a tensão do pai, a idiotice do professor, a crítica do avô, a estupidez do irmão ou de alguns colegas de escola... que se transformavam em palavras e lhes saíam da boca. Aterrando numa mente de criança que, sem filtros, tudo absorvia como uma espécie de verdade absoluta.
Resgatemos a nossa criança. Libertemo-la destas palavras que nos limitam e nos condicionam...