2007/02/26

PAZ na terra aos homens de boa vontade...e aos outros também.

---

Trabalhar para a felicidade


E se de repente alguém não lhe trouxesse flores mas dissesse que a felicidade é um caminho e não um destino ? E se de repente alguém lhe dissesse que para se manter nesse caminho tem de trabalhar, apresentar resultados e dar contas a alguém ? Começa a parecer trabalhoso, exigente. Não ?

E se esse alguém a quem tem de prestar contas fosse alguém que ao mesmo tempo é exigente mas pouco disciplinador, ambicioso mas pouco objectivo naquilo que quer, companheiro nas boas horas mas que facilmente o marginaliza se você não apresentar resultados ? Parece um líder estranho.

E se esse líder não fosse alguém fora de si. Se fosse dentro de si. Se esse líder de si fosse você mesmo ? Continuaria a prestar-lhe contas, a apresentar resultados, respeitava-o como respeitaria um bom líder ? Ou talvez não ?

Sobre o caminho da felicidade é isso que se passa. Dentro de si conhece o caminho. Sabe qual a direcção, o sentido, a paisagem. Mas por vezes atira o mapa ao chão ou esquece-se que o tem.

Esse mapa são as suas directivas interiores, a matriz da sua harmonia dinâmica e adaptativa. Aquilo que o faz saber que continua feliz. Dê-se ao trabalho de pegar nele, reescrevê-lo, usá-lo e continuar no bom caminho. No caminho da felicidade.
"Se queres compreender a palavra 'felicidade', indispensável se torna entendê-la como recompensa e não como fim."
Antoine de Saint-Exupéry


2007/02/22

"Aimer à perdre la raison" - Les Enfoirés

2007/02/19

As máscaras

Estas são as máscaras que usamos porque temos de usar, porque queremos usar,porque precisamos usar ou as máscaras que não usamos porque achamos que não temos de as usar, porque não as queremos ou porque não precisamos delas.

São elas, as máscaras. As partes de nós, as adaptações, as flexibilidades, os ajustamentos, as gestões que fazemos das situações. E não nos envergonhemos de as usar ou de não usar, sejamos orgulhosos de poder escolher. Optar entre usá-las e não as usar. Ou por nem sequer as considerar.

Por baixo, sobre ou acima daquela máscara, que usamos ou não, estamos nós.
A matriz, a referência, o decisor. O poder de nós. De escolher.
"Só aquilo que somos realmente tem o poder de curar-nos."
Carl Gustav Jung
---

2007/02/16

"Dig" - Incubus



Videoclip realizado por Carlos Oliveira
Carlos Oliveira tem 24 anos e reside em Esmoriz. É licenciado em Design Multimédia pela Universidade da Beira Interior, na Covilhã, e trabalha no ramo dos conteúdos interactivos, no projecto Escola Virtual, da Porto Editora.

Até ser eleito como o vídeo oficial da nova música dos Incubus, o trabalho do português foi escolhido de entre outros 100, de 18 países diferentes.
---
(obrigado ao JC)
---
PS - Se quiserem dar os parabens ao Carlos, cliquem aqui - eu já dei.

2007/02/15

o Blog


Este é um blog de provocações positivas. Um blog que relembra e questiona o óbvio, o senso comum e as vozes interiores. Um blog que partilha convosco os caminhos, as respostas e as soluções que vou encontrando em mim e nos outros perto de mim.
Comentem, discordem, concordem e eu vos responderei, discordando, concordando ou nem por isso.
Provavelmente, encontrando novos caminhos, respostas e soluções neste diálogo.


---
A Sondagem Divina -> pense bem, só vai poder votar uma vez - clique aqui
---
O relógio da vida

By Billy Chasen (site original)

---
Abraço !





---
Índice do Blog (outros posts) -> clique aqui

2007/02/14

A salvação do abraço


12 Fev/2007 - Valdaro, Itália - Os cientistas que descobriram dois jovens enterrados há mais de 5,000 anos, com os braços ainda à volta um do outro, não irão remover os ossos dos esqueletos um a um, para posterior montagem.

Em vez disso, os cientistas irão retirar do solo toda a secção do terreno onde os jovens foram colocados, mantendo e preservando o abraço inicial.

Fonte: Reuters (notícia original)

---

2007/02/13

A utilidade da culpa


Na culpa existe - quando sentida - uma utilidade extrema, exclusiva e solitária. A utilidade da lição aprendida e do conhecimento sentido. Não para generalizar, mas para crescer.

Porque sabemos que aquilo que sentimos, naquele momento do passado, com toda a nossa responsabilidade ou ausência dela, não é aquilo que gostamos de sentir. O que gostamos e procuramos sentir é bem diferente.

Por isso temos, e por vezes retemos, essa informação. Não para evitar a repetição daquilo que nos aconteceu ou que fizemos acontecer, mas para procurarmos fazer acontecer aquilo que gostamos que aconteça. Porque, aí sim, gostamos do que nesse momento sentimos.

Assim, a culpa existe - quando existe - não para evitarmos os buracos do nosso caminho, mas para experimentarmos os muitos caminhos de luz.

---

2007/02/12

Bom senso, senso comum e senso esquecido


Existe em cada um de nós um senso, o nosso senso - o nosso juízo, a nossa direcção, o nosso sentido - e valorizamo-lo ou respeitamo-lo de acordo com a nossa vontade e opções.
É um senso que nos fala como uma voz, um contacto que emerge do nosso mais profundo ser e que por vezes nos fala em coro afinado, desafinado ou até mesmo cantando músicas e palavras diferentes.
É uma música, um pensamento, um conselho, uma imagem, um cenário, uma reflexão.

Reconhecemo-lo normalmente porque também lhe reconhecemos a legitimidade da defesa do nosso bem, dos nossos interesses. E mesmo quando fazemos algo que diverge daquilo que ele nos indica, fazemo-lo com outra consciência, com outra segurança ou solidez.

É um abraço que sentimos vindo de dentro que nos sorri e nos puxa ou nos diz para irmos com cuidado. Mas para irmos.

Sabemos que ele é bom. Sabemos que ele contribui para o nosso equilíbrio connosco e com os outros. Mas por vezes esquecemo-nos dele.
"O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que já têm."
René Descartes

2007/02/11

Life is short...



...don´t waste it playing Xbox, Playstation, seeing TV...

2007/02/07

A pérola e a dor


Pérolas são produtos da dor; resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um grão de areia.

Na parte interna da concha é encontrada uma substância lustrosa chamada NÁCAR. Quando um grão de areia a penetra, as células do NÁCAR começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra.

Como resultado, uma linda pérola vai se formando. Uma ostra que não foi ferida, de algum modo, não produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada...

(obrigado Cristina)

As conchas


2007/02/05

"Sucesso é encontrar aquilo que se tenciona ser e depois fazer o que é necessário para isso."
Epicteto

O medo do outro sucesso


- A minha terapeuta diz que eu tenho medo do sucesso. Como tenho medo de me expor. Retraio-me. Prendo-me.
- Mas e...o teu sucesso é esse ? Também passa por te expores ?
- Acho que não...
- Então e o sucesso...o que é para ti o sucesso ? O TEU sucesso ?
- É poder escrever o que quero...Sentir que sou lido. Sentir que as pessoas me lêem. Sentir que posso viver disto. De escrever. De criar. Aparecer em público quando me apetecer.
- Só quando te apetecer ?
- Sim...mas repara: eu gosto de comunicar com as pessoas. Gosto de ler o que elas me escrevem. Gosto de lhes responder.
- Só não gostas de te expor muito ?
- Sim...é isso. Se eu pudesse ter sucesso sem me expor, isso sim...
- Então e achas que é condição indispensável do sucesso ? Tens de te expor ?
- Quer dizer...ajuda. Mas acho que não é condição indispensável.
- E como te sentirias mais feliz ? Com esse sucesso ou com o TEU sucesso ?
- ...com o MEU. Parece-me evidente.
- Faz-te sentido o teu sucesso ter um formato ? O teu formato ? Se ele é o TEU sucesso ?
- Faz-me. Mas receio que no processo depois aceite condescender...ou ter de condescender. E lá está...expor-me.
- Mas se isso acontecer, esse já não é o teu formato de sucesso, pois não ?
- ...
- E se não é o teu formato de sucesso, talvez já não seja o TEU sucesso. E o que tu queres é o TEU sucesso. Ou é o sucesso de outros, não o TEU, aquele que queres ?
- É o meu...faz sentido.
- Faz sentido então seres tu a formatar o TEU sucesso ?
- Sim.
- Provavelmente já tens na tua mente um esboço desse formato, não tens ?
- Claro.
- Então "passa-o a limpo", aproveita e revê os pormenores. Os detalhes desse sucesso. E foca-te naquilo que tens de fazer para atingir esse sucesso. O TEU sucesso. Foca-te no que te leva a esse TEU sucesso. Não naquilo que te faz fugir dos outros sucessos.

"My way" - the old and the new


The new Way

And now, I’m starting here
And so I face a new beginning
My friends I have a path
In front of me, so inviting

I´ll live a life that´s full –
I´ll travel each and every highway.
And more, much more than this
I´ll do it my way.

What to expect ? I don´t know,
But then again, just a reflection
I’ll do what I have to do
And see it through without exemption

I planned this new course –
each careful step along the byway,
And more, much more than this,
I´ll do it my way.

Yes, there will be times,
I´m sure you know,
When I´ll bite more than I can chew,
But through it all, when I´ll have a doubt,
I´ll eat it up and spit it out.
I´ll face it all and still be proud
I´ll do it my way.

I will love, I´ll laugh and cry,
I´ll have my fill – my share of losing.
But then as tears subside,
I´ll find it all so amusing.

To think I´ll do all that,
And may I say, not in a shy way –
Oh no. Oh no, not me.
I´ll do it my way.

For what is a man ? What has he got ?
If not himself – Then he has naught.
To say the things he truly feels
And not the words of one who kneels.
The record will show I take the blows
And I´ll do it my way.

Yes, it will be my way.

2007/02/02

Quem disse que não consegue ? Que não pode ?

Senhoras e senhores, apresento-vos...Tony Melendez

2007/02/01

Francisca, o Ex e Eu

Sou amigo de Francisca já há alguns anos. Fomos colegas de trabalho e ficámos amigos desde então. Encontramo-nos para almoçar frequentemente e falamos dos intervalos dos nossos encontros e da evolução que as nossas vidas toma nesses curtos períodos de um mês.

É uma mulher bonita, mas nela isso é o menos importante. Irradia uma energia que abre o coração e o sorriso de qualquer um, ao qual ela normalmente corresponde com igual ou maior sorriso.
Nesses nossos almoços entre garfadas, sorrisos, cumplicidades e outros temas, a conversa dela recai, frequentemente, em referências ao seu ex (entenda-se ex-namorado/companheiro). Em pequenas descrições que revelam uma Francisca de memória arrumada, classificada e perfeitamente enquadrada para com uma ruptura que lhe custou ultrapassar.

Mas vejo e oiço a Francisca, recorrentemente, exaltar qualidades e virtudes do seu "ex", de uma forma calma, tranquila e arrumada. Até aqui tudo bem.
Aquilo que já não estará assim tão bem é o facto de eu conhecer relativamente bem o "ex" de Francisca. Já o conhecia antes de a conhecer a ela, e conhecia-o enquanto companheiro de Francisca. Só mais tarde - e sem qualquer ligação através dele - vim a conhecer a Francisca.

Também sei que entre nós homens se houver alguém que nunca errou, então que venha até aqui e me agrida em pleno ecrã, mas...aquele indivíduo era mesmo daqueles espécimens que apesar de ter algumas virtudes (acredito que sim) era um ser humano que me fazia vergonha em ser homem. Estranho, mas verdade.

Imaginava eu a potência daqueles óculos cor de rosa de paixão que Francisca usou durante anos para gerir a relação com aquele indivíduo. Mas ela sentia-se feliz na altura com ele e isso é que era o importante.

Mas os anos foram passando, e agora de facto necessitava de algum esforço para me manter calado perante algumas descrições de Francisca sobre as qualidades ou virtudes do seu ex. Entre outros assuntos mais interessantes.
Ou melhor, eu não me mantinha calado. Porque sentia nas palavras dela por vezes uma nuance nostálgica e, nesse momento, rapidamente colocava em cima da nossa mesa um assunto bem mais interessante ou simpático.

Poderão pensar que eu talvez me sentisse ou sinta atraído por ela, por isso me sinta tão incomodado com essas suas referências. Acreditem. Já analisei profundamente essa matéria e confesso que há uns bons anos senti essa força a puxar-me para ela, mas rapidamente percebi que essa atracção era o mote para uma boa amizade. E, de facto, aconteceu. De forma tranquila.

Não meus caros e minhas caras, este é o dilema típico de alguém que sabe a verdade nua e crua, mas que antes de corresponder a um impulso animal de a revelar pondera bem as consequências que a revelação dessa verdade traz para o outro. Que sorri, feliz à sua frente e com o seu passado arrumado à sua maneira.

Mas quem sou eu para lhe alterar essa arrumação ?
Sei que daqui a uns tempos ela deixa de visitar aquela prateleira ou gaveta da sua memória. Por isso até lá, sempre que ela me falar daquela gaveta de memórias, sorrio com ela e falamos das muitas outras que nos fazem sorrir e crescer.
E é nesses momentos que por dentro também sorrio e me sinto a crescer.


(versão audio)