O porquê dos porquês
Mas não é por acaso que este tema aqui surge frequentemente. Aliás, aqui estou eu a apresentar-vos um "porquê"...
Enquanto seres inteligentes que nos consideramos ser, percebemos que quando entendemos o porquê de algo, mais facilmente lidaremos com essa realidade.
Ou seja, se um nosso chefe nos pede para fazermos algo estranho sem nos explicar o porquê, sentir-nos-emos menos motivados para essa acção. Da mesma forma, numa relação, se alguém nos diz que já não gosta de nós e que quer acabar a relação connosco, a primeira coisa que perguntamos é "porquê ?".
Ou quando temos medo de algo, ou ansiamos em determinadas circunstâncias, temos necessidade de entender o porquê...
Foi-nos igualmente sendo apresentado que para mudarmos alguma coisa em nós, ou na nossa vida, precisamos de saber primeiro porque é que ficámos assim, naquele estado ou naquela circunstância.
Mais uma vez este fim de semana conheci uma pessoa que - segundo as palavras dela - estava numa dinâmica, num esforço, de se perceber e de se encontrar com ela própria.
Esse trabalho interior, com apoio técnico, prolongava-se já por alguns meses - não sei mesmo se por anos.
Respeito esta atenção e busca dos porquês, mas normalmente questiono se nesse esforço de escavar e observar uma raíz de infinita profundidade não se estará a esquecer de ir semeando, plantando e cuidando algo de igualmente importante no resto daquele seu jardim: talvez a vida...
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"Alguns olham para os problemas e perguntam: Porquê ? Eu olho para aquilo que nunca foi feito e pergunto: Porque não?"
Thomas Marshall
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