2011/01/12

Escuridão degrau

Não aceitamos os medos que nos dizem.

Rimo-nos deles e crescemos para além deles.

Não aceitamos as ansiedades que nos vendem porque aquilo que buscamos se encontra noutros caminhos.

Olhamos muito para além do medo. Muito para além do susto social em que procuram nos mergulhar.

Sim, irmão. Há quem nos olhe como alienados de uma realidade óbvia e única.

Pobres tristes e encavernados. Desejo-lhes tão bem, que por outro caminho saiam dela. Como eu saí.

Talvez por um caminho diferente do meu, mas desejo-lhes tanto que o façam.

Encontrar-nos-emos, todos, de sorriso escancarado gratos pelo encavernamento que nos fez sentir mais tarde tão luminosos, tão mais próximos de nós próprios.

Nós somos a Luz do caminho que construímos.

E assim que isso nos faz sentido, caminhamos para fora da caverna.

Bem sejamos nós pelo que agora fazemos e pela escuridão que sentimos, porque também ela enche de cor a nossa luz.

Bem sejas ó escuridão, vazio da matéria cheio de ânsia por ti própria, que me trazes agora cor.

Bem sejas, irmão, por iluminares e colorires esta escuridão connosco.

Bem sejamos.