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Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2008

O dia

Este foi o dia em que a semente brotou, a planta cresceu e o homem gritou. A revolta no coração estalou a estagnação dos braços baixados. O queixo levantou-se e os olhos tocaram o céu. A luz entrou no vazio e a cor espalhou-se, entornada em sons de alegria. Este foi o dia em que cansado da não-luz o homem gritou. Palavras de força e de desejo. De crescer. Este foi o dia em que a voz se soltou. Poderosa e justa. O dia em que o homem se levantou e viveu. E percebeu. O seu fantástico e livre eu. Esse foi o dia em que a semente cansada da não-luz, gritou e nasceu. (in "A hipnose dos nossos dias" de Mário Rui Santos)

Controlo, aceitação e liberdade

A liberdade deste ser que somos nós depende em grande parte de uma capacidade que vamos adquirindo à medida que crescemos: a capacidade de aceitar. Aceitar mudar aquilo que podemos mudar e ultrapassar esse desafio, e aceitar que há coisas que não podemos mudar, e também ultrapassar esse desafio. É verdade que entre uma e outra teremos sempre a tensão da decisão, e também essa poderemos aceitar ou mudar. Mas nesta dinâmica de equilíbrio que vamos gerindo haverá sempre um ponto em que teremos de largar e aceitar o que acontece a seguir - a isso chamar-se-á, talvez, confiar. No exercer dessa confiança responsável, vamo-nos focando cada vez mais naquilo que de forma determinada escolhemos mudar. Vamos aceitando o crescer da semente, tranquilos de que não precisamos de a controlar para ela crescer. Aceitamos e libertamo-nos na contemplação das nossas determinadas e escolhidas acções. Confiamos. (in "A hipnose dos nossos dias" de Mário Rui Santos)

A semente do desejo

Desejar algo que contribui para o nosso bem-estar e/ou de quem nos rodeia, acreditar que o tempo de realização desse desejo não somos nós quem decide, confiar na sua concretização de forma calma e tranquila, agir com empenho e determinação no caminho desse objectivo, gerir o imenso resto da nossa vida e aguardar que a semente se manifeste. Os acontecimentos começarão a ocorrer, a planta cresce e floresce. A nós caberá o papel de a ir cuidando e fortificando. Mais que esperançados, mais que confiantes, apenas tranquilamente determinados. (in "A hipnose dos nossos dias" de Mário Rui Santos) --- "Aquele que quer fazer algo, encontra uma forma de o fazer. Aquele que não quer fazer, encontra uma desculpa." provérbio africano
“O perdão é a fragrância que a violeta derrama sobre o calcanhar que a esmaga.” Mark Twain

Novas seguranças

É em ousadas mudanças que se vão construindo ainda mais consolidadas seguranças. O nosso conforto provisório é sempre a base de possibilidades de construção de um ainda mais vasto e profundo conforto. Também por essa razão não deveremos nunca temer os desafios e as oportunidades de mudança e crescimento. Mesmo que esses específicos desafios não sejam nesse momento ultrapassados, a aprendizagem retirada dessa experiência torna-nos mais sábios e fortes. O nosso conforto é, por isso, permanentemente provisório se não exercitarmos o seu alargamento. Caso optemos por desfrutar de forma acomodada desse conforto, expomo-nos ao risco de estagnação e o medo da mudança vai-se instalando. E se o medo de mudar se instala, o medo de viver vem a seguir. (in a "Hipnose dos nossos dias" de Mário Rui Santos) --- "Paradoxalmente, só no crescimento, na reforma e na mudança se encontra a segurança." Anne Morrow Lindbergh