O dia
A revolta no coração estalou a estagnação dos braços baixados.
O queixo levantou-se e os olhos tocaram o céu.
A luz entrou no vazio e a cor espalhou-se, entornada em sons de alegria.
Este foi o dia em que cansado da não-luz o homem gritou.
Palavras de força e de desejo. De crescer.
Este foi o dia em que a voz se soltou. Poderosa e justa.
O dia em que o homem se levantou e viveu.
E percebeu.
O seu fantástico e livre eu.
Esse foi o dia em que a semente cansada da não-luz, gritou e nasceu.
7 Comments:
Fizeste-me lembrar o pregão de ressurreição que nos meus tempos de grupos de jovens católicos, de uma comunidade de missionárias espanholas, me fazia vibrar desde a raiz ao coração. Era um pregão de ressurreição, cantado com uma música fantástica. Olhem! Ressuscitou. Olhem! o túmulo está vazio. A morte não tem poder!! Proclamai entre vós que está vivo e... ressuscitou Hoje!
Proclamo !
O Homem cansado de remar contra a maré, deu as duas mãos ao destino,compreendeu e sentiu-se livre.
saudações
Saudações
É, este foi um dos dias. Um dos dias em que pareço querer desabrochar. Com calma, cuidado e amor, vou crescer, como qualquer plantinha...
Mário Rui, obrigada pela parte do "cuidado" - pelas palavras que as plantas tanto precisam e gostam de ouvir.
Eu não vou esquecer-me da rega...
Ass.: Uma "semente cansada da não-luz".
(Está bem, eu identifico-me: Carla Reis) :)
Obrigado "semente cansada da não-luz", bem-vinda "semente iluminada"...
E obrigado por me lembrar o que é bom lembrar. Obrigado
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