Avançar para o conteúdo principal

Mudar é uma escolha

Tudo o que hoje desejamos já aprendemos a desejar. Tudo o que hoje nos repugna já o aprendemos a repugnar. De forma consciente ou inconsciente aprendemos. Mudar é uma escolha que se faz e a mudança uma aprendizagem que se aceita.

O ser humano é dotado de uma adaptabilidade poderosa que ao longo destes últimos anos tem sido negligenciada em função de uma matriz rígida imposta por uma sociedade de consumo com referenciais de felicidade muito limitados.

Associado a estes referenciais limitados continua a ser defendido um conjunto de princípios e valores morais caducos ou desajustados à complexa realidade do ser humano dos dias de hoje.

Por isso a sensação de inadaptação ou desadequação que algumas pessoas sentem hoje em dia, ao contrário do que lhes é normalmente dito, não é patológica. É sim a manifestação de uma vontade de mudar e construir um caminho que faça mais sentido. E isso é saudável.

Comentários

Sandra Campos disse…
olá Mario,
Sou a sandra Campos (ex-24/7 Portugal).
Parabéns pelo teu blog e trabalho nesta área. É muito interessante.
gostava de seguir o teu blog mas nao vejo nenhuma aplicaçao tipo "seguidores" ou 2rss".
É provável que tenha sido eu que nao vi bem mas podes dizer-me como o fazer?
Obrigada e um beijinho,
Sandra Campos
sandraalvescampos@gmail.com

http://transplantes-pulmonares.blogspot.com
Olá Sandra, obrigado pela tua visita e por este teu comentário. Acabei de te enviar um convite através do blogspot para seguires este blog (espero que funcione). De qualquer forma, através do facebook ou do twitter podes ir observando/lendo as actualizações se quiseres.
Espero que esteja tudo bem contigo.
Abraço
Fátima Branco disse…
Então porque é que a rotina dos factos, dos sentimentos e das emoções nos tranquiliza? Como é que se distinguem os princípios e valores morais caducos dos que absorvemos ao longo da nossa vida e já não podemos viver sem eles? Eles, os tais princípios,não são a nossa identidade?

Fáima Branco
A rotina dos factos, dos sentimentos e das emoções aparentemente tranquilizam-nos pela sua familiaridade e conhecimento. Mas algumas destas rotinas de sentimentos podem estagnar o nosso desenvolvimento enquanto seres. É nessa altura que talvez seja bom considerar uma mudança, para um novo conforto desconhecido mas com igual potencial tranquilizante é importante.
Se essa mudança nos fizer sentido
e nos edificar, fazê-la respeitando os seres que se relacionam connosco e as nossas circunstâncias e ambientes é fazê-la de acordo com os nossos princípios.
Em relação aos princípios e valores morais caducos que absorvemos...estamos sempre a tempo de os actualizar.
A nossa identidade é uma flor, planta, árvore...cresce, adapta-se, reforça-se.
Anónimo disse…
Boa tarde, comprei o seu livro e ja solicitei para o seu mail o envio das restantes gravações dos exercicios.
Quando consegue proceder ao envio?

Cumpr
Moura disse…
O comentario anonimo em cima é meu.

Catarina Mouro

Cumpr
Olá Catarina
Obrigado pelo seu contacto, estou neste momento a regravar alguns textos do livro e brevemente enviar-lhe-ei os links para poder fazer o download desses audiotextos.
Abç

Mensagens populares deste blogue

Um caminho para a Luz, apenas um caminho...

Falamos e ouvimos falar tanto da Luz. De uma Luz. Uma Luz que nos ilumina, que nos acompanha, que está dentro de nós. Para alguns essa Luz é Deus, para outros o Universo, a força do Universo, a Energia Universal, o Ki, o Amor, a Paz. A Luz é tanto em nós e quanto mais nos sentimos no seu caminho mais a enriquecemos conceptualmente, tornando-a mais rica e poderosa. Para outros que se sentem distantes deste conceito, admitir a possibilidade de uma Luz, que ilumina e acompanha o seu ser é uma proposta de alienação do seu próprio conhecimento ou auto-construção. É algo que não faz sentido porque os distrai de si mesmos. A estes direi que a Luz de aqui falo-escrevo é também exactamente isso: o seu próprio conhecimento e força de construção. Assim, seja você uma pessoa mais racional ou uma pessoa mais espiritual, a proposta de caminho que aqui lhe deixo é uma proposta pragmática e universal. Que será tanto ou mais espiritual, tanto ou mais racional, conforme o seu próprio sistema de crenças

Mudança – O eterno caminho humano

Mudança – O eterno caminho humano (artigo publicado na Revista Saúde Actual - Nov/Dez 2024) "A mudança é a essência da vida." Reinhold Niebuhr A vida é mudança, evolução, crescimento, expansão. Aceitar e abraçar a vida é abrirmo-nos a esse crescimento, a essa constante mudança. A mudança de aspectos da nossa personalidade é sempre um tema controverso que gera, por vezes, discussões acesas - completamente desnecessárias, a meu ver. Isto porque há quem defenda acerrimamente a ideia de que as pessoas não mudam, elas apenas são como são e vão-se revelando ao longo do tempo. E, por outro lado, há quem defenda que as pessoas mudam e que em alguns casos até devem de mudar. No entanto, a discussão não se coloca entre se as pessoas mudam ou não mudam, mas sim na constatação biológica que todo o ser vivo tem um potencial adaptativo e evolutivo - como tal, tem um potencial ou possibilidade de mudança. "Mas se assim é, porque é que algumas pessoas parecem ficar cristalizadas e por

"Deu-lhe o amoque !"

Já ouviram com certeza esta expressão atribuída a alguém que não estaria nas suas melhores condições psicológicas. O que provavelmente não saberão é que este "amoque" é, de facto, um "amok". "Amok" é a palavra malaia que significa "louco de raiva". Muitas vezes usada de forma coloquial e em contexto menos violento, esta expressão define um comportamento sociopata em que um indivíduo, sem qualquer antecedente de violência, se mune de uma arma e tenta ferir ou matar alguém que apareça à sua frente. Estas crises de "amok" eram normalmente "curadas" com a morte do indivíduo em causa.