"Medo do cão? Racionalmente, sei que não devo ter... Emocionalmente, tenho-o!" (contos e ensaios terapêuticos)
Todos nós, de uma forma ou de outra, já nos confrontamos com este "dilema". Numa situação em que do ponto de vista racional tudo indica que poderemos ou deveremos tomar uma decisão, dar um passo ou ter um comportamento ou atitude diferente. Racionalmente falando, sabemos que é assim. Que pode ser assim ou que essa é a melhor escolha - do ponto de vista racional. No entanto, algo nos impede de o fazer. Uma emoção, um sentir subtil, uma sensação, um impulso parece que nos impede. E aí, dizemos uma coisa destas. "Eu racionalmente entendo isto tudo, mas emocionalmente há aqui qualquer coisa..." E isto é dito como se fossemos vítimas de uma fábrica de emoções que não compreendemos e muito menos controlamos. Permitam-me sugerir (ou relembrar) que não é bem assim. As nossas emoções não existem apenas para nos fazer sofrer, bloquear ou dar prazer. Elas são informações sensoriais importantes que nos mostram que estamos alinhados (prazer) ou não ali...