Existem lágrimas de tristeza, lágrimas de alegria, lágrimas de cebola, lágrimas de crocodilo, lágrimas de gargalhada, lágrimas de alívio, lágrimas de desespero... Enfim, lágrimas há muitas. E existem pessoas que não se permitem deitar lágrimas. Sejam elas quais forem. Se calhar porque lhes disseram que não deviam chorar, que "chorar é feio!" e outras aberrações do género. Outras ainda, proibiram-se de chorar porque percebiam que isso as expunha a mais agressões. Compreensível! Mas não deve nem pode ser uma estratégia definitiva ou universal. Chorar é como uma necessidade fisiológica. Ajuda-nos a exprimir, libertar, acalmar ou a sublimar emoções. As pessoas ensinaram-me isso. E o corpo delas também. Porque sempre que alguém procura a minha ajuda, que para além do mal-estar emocional traz um mal-estar físico, vejo que é também - muitas vezes - o corpo a pedir para chorar. E se a emoção não sai pelos olhos, o corpo vai sentir. Umas vezes sente na pele, outra...
Caminhos, Respostas, Soluções em Si com Mário Rui Santos