Existem lágrimas de tristeza, lágrimas de alegria, lágrimas de cebola, lágrimas de crocodilo, lágrimas de gargalhada, lágrimas de alívio, lágrimas de desespero...
Enfim, lágrimas há muitas.
E existem pessoas que não se permitem deitar lágrimas. Sejam elas quais forem.
Se calhar porque lhes disseram que não deviam chorar, que "chorar é feio!" e outras aberrações do género.
Outras ainda, proibiram-se de chorar porque percebiam que isso as expunha a mais agressões. Compreensível!
Mas não deve nem pode ser uma estratégia definitiva ou universal.
Chorar é como uma necessidade fisiológica. Ajuda-nos a exprimir, libertar, acalmar ou a sublimar emoções.
As pessoas ensinaram-me isso. E o corpo delas também.
Porque sempre que alguém procura a minha ajuda, que para além do mal-estar emocional traz um mal-estar físico, vejo que é também - muitas vezes - o corpo a pedir para chorar.
E se a emoção não sai pelos olhos, o corpo vai sentir.
Umas vezes sente na pele, outras vezes no peito, outras vezes na cabeça, no abdomen...
O choro e as lágrimas são um recurso estratégico de estabilização emocional, seja para a tristeza em excesso, para a alegria em excesso, para a tranquilidade em excesso (se a há!) ou para o stress em excesso.
E para além disso, tenho também vindo a perceber que as mesmas lágrimas são por vezes um mágico sinal da nossa humanidade.
Quando?
Quando observamos algo tão belo, tão pleno de bondade, tão fraterno... e as lágrimas surgem.
São estas sinal de tristeza ou de alegria em excesso? Sim, talvez de alegria.
Mas talvez as possamos observar como lágrimas de algo mais.
Talvez lágrimas da nossa humanidade, da nossa essência que grita cá dentro: "Há esperança. Esperança para esta humanidade!"
E grita tão alto que as lágrimas chegam aos nossos olhos.
E talvez nesse momento as possamos sentir com um sorriso tranquilo e grato em vez de nos sentirmos incomodados.
Do sorriso passaremos à acção, com a acção vai surgindo a mudança e com a mudança vamos iluminando a esperança.
Fiquem bem... ou melhor ainda!
Chorando, sorrindo, construindo, mudando...
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PS: Obrigado, Leonardo. Desculpa, Leonardo.
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