2011/04/04

Estranha normalidade, normal estranheza

As nossas normalidades podem ser estranhezas para os outros.

Lembrem-se do Leonardo que, de forma tão normal para ele, defendia que a terra era redonda enquanto tantos outros o achavam estranho.

Lembrem-se do Júlio que, de forma tão normal para ele, acreditava que o homem ia chegar à Lua enquanto tantos outros o achavam tão estranho.

Lembrem-se do Martin que, de forma tão normal para ele, sonhava em ter um presidente negro. Enquanto tantos outros ridicularizavam e combatiam esta sua estranheza.

Lembrem-se do Nelson, que de forma tão normal para ele, defendia que os homens têm direitos iguais. Enquanto os outros aprisionavam esta sua estranheza.

Lembrem-se de Mohandas, o Mahatma, que de forma tão normal acreditava que o seu povo podia ser livre. Enquanto a sua estranheza era reprimida.

Lembrem-se dos vossos sonhos, que normal e legitimamente têm. Enquanto outros se mantêm na sua estranha imutável forma de ser.

E lembrem-se que, nos dias de hoje, é normal e saudável ser “estranho” para muitos tantos outros.