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Mensagens

A mostrar mensagens de junho, 2007

Vaiar ou apoiar ?

Natalie Gilbert, de 13 anos, ganhou um prémio e foi cantar o "Star Spangled Banner", hino dos EUA, num jogo da NBA. Vinte mil pessoas no estádio, voz afinada. Aí os braços começam a tremer, ela engasga-se, esquece-se da letra... DÁ-LHE UMA BRANCA! Treze anos. Sózinha ali no meio... O PÚBLICO ESTUPEFACTO ameaça uma VAIA... De repente, Mo Cheeks, técnico dos Portland Trail Blazers, aparece ao seu lado e começa a cantar, incentivando-a e trazendo o público com ele. Só o técnico tomou a iniciativa de ir até lá para a ajudar, enquanto os demais à volta dela só observavam estupefactos... Uma atitude de liderança e de solidariedade NA HORA CERTA, pode fazer uma grande diferença para ajudar um ser humano e mudar a história do JOGO... ..e nós, estamos na vaia, ou no apoio? (obrigado à Leonor)

O desrotinar e o sucesso

A criação de novas palavras é uma necessidade óbvia e pouco satisfeita. E por ser tão pouco satisfeita existem os poetas que com as poucas palavras disponíveis criam descrições e encadeamentos de novos sentimentos e emoções. Necessidade óbvia porque a riqueza de sensações e emoções das nossas vidas é crescente e criadora. Temos vidas com níveis de experiências completamente diferentes daquelas que tinhamos há 30, 20 e até mesmo de há 10 anos atrás. Penso que é por isso que gostamos tanto de ouvir pessoas com pseudo-certezas e definições na ponta da língua: o amor é isto..., a felicidade é aquilo..., sucesso é assado..., falhar é cozido... etc. etc. Porque estas pseudo-certezas - ou definições provisórias de realidades mutantes - vão enriquecendo as nossas próprias definições de tais conceitos, e ajudam-nos a criar essas mesmas definições e formatos provisórios de conforto. Por isso escrevo este texto para vos e me lembrar que a melhor forma de definir os vossos conceitos e formatos é.....

O Medo

- Tenho medo que me aconteça alguma coisa para aqui, desmaie...fique aqui estendido. Sem ninguém para me ajudar. Tenho medo de ter de pedir ajuda e ninguém me ouvir. Tenho medo de morrer. De ficar fechado, esquecido. Mas mais que isso tenho medo de ficar sózinho. Envelhecer e ficar para aqui sozinho. Sem ninguém. Mas também não me aproximo de ninguém porque tenho medo de ser rejeitado e de falhar. Não ia suportar ser rejeitado. Não suporto essa ideia. É uma sensação horrível a rejeição. E nem sequer tento. Não quero tentar, porque posso falhar. Aliás mal tento...percebo logo que vou falhar. E mesmo que não perceba eu sei que isso vai acontecer. Eu vou falhar. E eu não posso falhar. E assim jogo pelo seguro. Não tento. Frustração ? Eu ? Não a sinto. E mesmo que a sentisse, prefiro-a mil vezes à sensação de falhar. Quem sou eu ? Sou uma partícula de pó. Um pedaço de cinza. Mas engraçado ! Continuo a sentir medo. Será que tenho medo de o deixar de sentir ? E se o deixar de sentir ? Provav...

Instinto e Intuição

Dois conceitos bastante diferentes na sua origem e aplicabilidade, mas muitas vezes confundidos, baralhados e por vezes até mal interpretados. Mas isso também não interessa. O que interessa é que eles existem em nós em dimensões e níveis diferentes, respeitados e enriquecedores. O instinto faz-nos lançar os braços para o chão se cairmos. A intuição faz-nos desviar de algo que não sabemos bem o quê, nem porquê, mas que por certo nos faria cair. O instinto é educável, a intuição educa-nos. O instinto faz-nos agir, a intuição predispõe-nos. O instinto actua antes de processarmos, a intuição processa sem o percebermos. São dois níveis fantásticos, quase autónomos, desta nossa fantástica inteligência humana. Recursos moldáveis e utilizáveis em função do nosso equilíbrio emocional. --- "A inteligência é o único meio que possuímos para dominar os nossos instintos." Freud "A Intuição é mais Forte que a Razão" Schopenhauer

A cor viscosa ou a quadratura do racional

Costumo trabalhar com uma linguagem metafórica, poética e por vezes até desprovida de formatos convencionais, porque sei que as palavras que existem no dicionário e as imagens deste mundo físico são uma ínfima parte daquilo que podemos e conseguimos criar na nossa mente. Sei que neste nosso magnífico cortex podemos criar cores sorridentes, cavalos alados, corvos protectores, árvores que nos abraçam, pedras falantes, luzes sábias e energias de clarividência. Sei que podemos criar novas palavras e qualidades, novos adjectivos e sinónimos, e sei ainda que quando os criamos eles passam a existir e este nosso ser age em conformidade. Lembro-me sempre, a propósito disto, da frase de um aluno que depois de um trabalho de visualização mental, com a sugestão de se imaginar a expirar uma cor escura e viscosa que lhe levaria qualquer tensão nervosa e desnecessária, abriu os olhos e me disse: "...mas Mário Rui, as cores não podem ser viscosas !!". E foi aí que de mim para mim me sugeri, ...