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Vítima ou Culpado


Uma das dualidades inconscientes em que vivemos perante as experiências de vida menos simpáticas é esta : entre sentirmo-nos vítimas ou culpados.
É uma tendência estranha e sofridamente simplista que nos vão condicionando a ter.
Assim, quando terminamos uma relação a arrumação primitiva que nos surge é esta de nos sentirmos vítimas ou culpados em relação ao ex-companheiro/a ou à forma como investimos emocionalmente na relação, etc.
Quando mudamos de emprego, quando mudamos de casa, quando tomamos uma decisão importante na nossa vida, quando nos acontece algo menos positivo, etc... a tendência básica é de nos "arrumarmos" como vítimas ou culpados.
E mais, se não o fizermos desta forma, podemos ser acusados de insensíveis.
Se em alternativa, perante algo que nos acontece, reagimos com uma postura de observador tranquilo, que aprende, que muda ou aceita e que cresce, instalamos uma dinâmica de libertação na nossa vida.
Uma dinâmica que nos liberta mas que - ao mesmo tempo - nos traz alguma responsabilidade: a responsabilidade de nos tornarmos mais sábios.

Relembro a propósito disto a sábia oração/meditação de
Reinhold Niebuhr :
"DEUS concede-me a serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar
A coragem para mudar as coisas que posso
E a sabedoria para perceber a diferença."

Comentários

Anónimo disse…
cada vez acredito menos em dualidades
Anónimo disse…
ser ou não ser, ainda é a questão
Unknown disse…
E quando a Serenidade, a Coragem e a Sabedoria se revelam ocas? Será que existem mesmo? A Liberdade é que não existe seguramente. Feliz, livre e sábio aquele que serena e tranquilamente observa, bebe e aprende...porque cresce - de dentro para fora ;)
Bem-hajas
Acredito que os ocos e vazios que se nos apresentam, em forma de circunstâncias ou de pessoas, são fantásticas oportunidades de ginasticarmos os nossos abraços de luz, que nos ajudam também a preencher os nossos vazios e espaços ocos.
Resta escolhermos fazê-lo ou não, ou talvez ponderar uma terceira ou quarta via...
Anónimo disse…
O fluxo e refluxo da natureza que também está em nós, dentro de nós.
O inverno e o verão e as suas nuances.Maré vazia, maré cheia.Onda que vai,onda que vem.
Os vazios e os cheios, o bem estar e o menos bem estar.
A liberdade,quanto a mim,é deixarmo-nos ir com o fluxo e aproveitar as experiências que a vida teceu só para nós.
um grande abraço
Liberdade, sim...também é isso. Mas continuo a acreditar que para além do fluxo e refluxo entre a noite e o dia, podemos ainda escolher muitos e tantos outros, entre a manhã e a tarde, entre a madrugada e o crepúsculo, entre o nascer e o pôr do sol. Liberdade parece-me ser também isto : escolher o ponto de partida e o ponto de chegada, criar derivações, ter fluxos, refluxos, afluxos, transfluxos, profluxos, anfluxos e fluxos outra vez ;)
Abraço
Anónimo disse…
Expandir a nossa energia e dá-la ao universo para que a utilize conforme precise é o que tenho aprendido ou relembrado desde que te conheci. Corresponde talvez ao teu abraço de luz. Assim o vazio desaparece e fica uma sensação que não sei nomear.
Talvez seja isso que temos de aprender.
Há tantas pessoas que sentem esse vazio, começando por mim.
Abraços
Talvez nos tenhamos relembrado um ao outro que esse vazio é sempre uma fantástica oportunidade de preenchimento :) abraço

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