Como ex-publicitário que sou vejo de forma mais atenta esta comunicação publicitária que nos rodeia. Na televisão, na rádio, imprensa, internet, etc... E nessa postura de observador deste fenómeno vejo com uma frequência desagradável a profusão de mensagens que condicionam e limitam as gentes - que somos nós todos. É tão frequente a nossa inveja ser convidada a manifestar-se por causa de um estúpido carro novo ("Os seus vizinhos vão ficar verdes de inveja"), a inovação ou a diferença de carácter ser associada à compra de um determinado produto, a felicidade ser conseguida com um crédito pessoal, o sucesso ser usar uma marca de roupa, etc., etc. Assim, os nossos formatos de sucesso e de felicidade são selvaticamente atrofiados e empurrados para uma corrente arrebanhante tão característica desta caduca sociedade de consumo. Inspirando ansiedades, depressões e outras perturbações que são maquiavelicamente satisfeitas ou supostamente resolvidas com fantásticos comprimidos, frutos...