Desde crianças que fomos ensinados a olhar para os nossos erros ressentindo-os e perpetuando-os numa dinâmica de dor e sofrimento.
Nascemos em pecado, devemos pedir perdão a um senhor que nos protege pelos infelizes erros que fomos ou vamos cometendo, ensinam-nos os pecados capitais, e os nossos pais e educadores foram-nos lembrando pontualmente dos erros que fomos cometendo.
E se mais tarde nos casamos ou relacionamo-nos com um ser que pensa de forma diferente de nós, somos igualmente culpabilizados permanentemente por esse ser e por uma sociedade que não permite grandes variações de formatos de felicidade.
Esta dinâmica de culpabilização foi sendo instituída como um processo que - supostamente - nos ajudaria a manter-nos bem comportados e felizes.
O problema é que esta dinâmica de culpabilização, recriminação, ressentimento é proposta a um ser em crescimento: uma criança com matriz limpa e susceptível de condicionamentos instalados por longo prazo.
Mais tarde, enquanto adultos, carregados de culpas, remorsos, ressentimentos e outras recriminações, receamos a mudança ou a inovação. Deixando que a sociedade de consumo nos engula numa postura medrosa reactiva de serviços mínimos obrigatórios. Levantamo-nos cedo, para um trabalho mal pago ou pouco interessante - que é melhor que nada - e no meio das ansiedades em nós cultivadas lá vamos vivendo num atrofiado conforto. Porque o mundo lá fora - como dizem os telejornais - é mau e cheio de perigos.
E lá vamos ficando felizes em ver as telenovelas onde os ricos são mais infelizes que os pobres, e ao fim de semana o futebol nos vai fornecendo um árbitro onde podemos descarregar as nossas frustrações.
É este formato caduco e obsoleto que queremos?
E os nossos filhos querê-lo-ão?
Nascemos em pecado, devemos pedir perdão a um senhor que nos protege pelos infelizes erros que fomos ou vamos cometendo, ensinam-nos os pecados capitais, e os nossos pais e educadores foram-nos lembrando pontualmente dos erros que fomos cometendo.
E se mais tarde nos casamos ou relacionamo-nos com um ser que pensa de forma diferente de nós, somos igualmente culpabilizados permanentemente por esse ser e por uma sociedade que não permite grandes variações de formatos de felicidade.
Esta dinâmica de culpabilização foi sendo instituída como um processo que - supostamente - nos ajudaria a manter-nos bem comportados e felizes.
O problema é que esta dinâmica de culpabilização, recriminação, ressentimento é proposta a um ser em crescimento: uma criança com matriz limpa e susceptível de condicionamentos instalados por longo prazo.
Mais tarde, enquanto adultos, carregados de culpas, remorsos, ressentimentos e outras recriminações, receamos a mudança ou a inovação. Deixando que a sociedade de consumo nos engula numa postura medrosa reactiva de serviços mínimos obrigatórios. Levantamo-nos cedo, para um trabalho mal pago ou pouco interessante - que é melhor que nada - e no meio das ansiedades em nós cultivadas lá vamos vivendo num atrofiado conforto. Porque o mundo lá fora - como dizem os telejornais - é mau e cheio de perigos.
E lá vamos ficando felizes em ver as telenovelas onde os ricos são mais infelizes que os pobres, e ao fim de semana o futebol nos vai fornecendo um árbitro onde podemos descarregar as nossas frustrações.
É este formato caduco e obsoleto que queremos?
E os nossos filhos querê-lo-ão?
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