2010/09/08

Acreditas mesmo na televisão?


Não acredito na televisão como meio isento e credível de informação de qualidade. O consumo que faço dela é especialmente atento e crítico. Observo os seus desvios e simuladas manipulações, com o objectivo cego de ganhar audiências e mortificar mentes.
Se numa perspectiva informativa, as opções editoriais são duvidosas e pouco enriquecedoras dos debates sociais, a nível de conteúdos de entretenimento o seu papel é ainda mais tóxico.
As dinâmicas sociais propagadas pelas chamadas telenovelas são atrofiantes da mente e do espírito. Na minha prática de trabalho motivacional aquelas pessoas que mais se vitimizam e ressentem o seu passado, têm como denominador comum frequente o consumo excessivo deste tipo de programas. A isto chamo de telenovelite.
Já em relação aos concursos televisivos vemos as aspirações materiais e consumistas justificarem a exposição e por vezes humilhação do ser. Pelo bem, pelo prémio, tudo se justifica. É assim que o ser humano é mostrado ao ser humano.
Numa terceira vertente, observamos um outro fenómeno interessante: o dos programas da manhã e tarde. Onde perante uma plateia em estúdio se vão abordando temas, criticados, comentados e julgados pelo/a apresentador/a de serviço. Encarneirando pensamentos e juízos de valor.
Se acredito na televisão?
Acredito que é um mensageiro muito comprometido.
Pelo que tudo que ela me traz eu sinto com muita atenção, até cuidado.

5 Comments:

Blogger Paula noguerra said...

Há, como em tudo, que aprender a filtrar o que nos é transmitido... a televisão desfoca muito as coisas e foca apenas aquilo que lhe é de interesse focar... o resto é para nós "vermos".

Já tinha saudades de te ler!

Beijinhos aromáticos xxx

PS: já fiz o pedido de amizade no FB!

quarta-feira, setembro 08, 2010 7:36:00 da tarde  
Blogger Mário Rui Santos said...

Olá Paula
Grato pela visita e pelo comentário :)
Já estamos linkados no FB.

Abraço

quarta-feira, setembro 08, 2010 9:43:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A propóito do que escreveste, da televisão, dos concursos... Lembro-me muitas vezes de um professor de filosofia (como tal usava barba)que tive no 10º ano, que um dia apareceu na nossa aula a "espumar pela boca" por causa do que viu no concurso 123. E dizia o professor "...então não é que por 20 contos cortou o bigode!!!..".
Apesar de já terem passado mais de 20 anos, lembro-me muitas vezes dele.

Abraço MR,

QJ

quinta-feira, setembro 09, 2010 3:51:00 da tarde  
Blogger Mário Rui Santos said...

QJ, compreendo perfeitamente esse teu professor. A mensagem que esse momento televisivo transmitia é a de que "as pessoas fazem qualquer coisa por dinheiro", até cortam o bigode...
Enfim. Mensagens da plutocracia.
Muita luz é o que eu nos desejo

quinta-feira, setembro 09, 2010 4:38:00 da tarde  
Anonymous barbosa said...

O crescimento da importância da internet levou, felizmente, a que a toxicidade da televisão seja menos importante. Felizmente...

terça-feira, setembro 14, 2010 7:08:00 da tarde  

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