Dois cidadãos séniores conversavam neste café perto da minha casa. O primeiro, com um ar desgostoso, queixava-se enfaticamente do facto de a EDP lhe ter cobrado dois meses de electricidade e ainda ter feito uns acertos de contas, obrigando-o a dispender uma quantia razoável. E chamava nomes, bandidos, vigaristas, etc...
Foi aí que o outro cidadão, também sénior, lhe disse: - Olha lá ó Hipólito, mas então porque é tu não ligas lá para aquele numero que eles têm nas facturas, no final de cada mês, e mandas-lhes a leitura do teu contador?
Nessa altura vi o Hipólito acabrunhar-se e ficar em silêncio. Enquanto o observava imaginava-lhe os pensamentos: "Então mas um gajo já não se pode queixar?? E se eu não me queixar desta e doutras coisas de que é que me vou queixar?? Deixa-me mas é queixar à vontade e fica calado enquanto eu me queixo!!!"
Foi aí que o outro cidadão, também sénior, lhe disse: - Olha lá ó Hipólito, mas então porque é tu não ligas lá para aquele numero que eles têm nas facturas, no final de cada mês, e mandas-lhes a leitura do teu contador?
Nessa altura vi o Hipólito acabrunhar-se e ficar em silêncio. Enquanto o observava imaginava-lhe os pensamentos: "Então mas um gajo já não se pode queixar?? E se eu não me queixar desta e doutras coisas de que é que me vou queixar?? Deixa-me mas é queixar à vontade e fica calado enquanto eu me queixo!!!"
Comentários
Abraço Mário
QJ
Também temos direito a queixar-nos, até um certo limite.
Se o ultrapassarmos deixa de ser um direito e passa a ser um estado de espírito.