2010/03/05

Manual de instruções

Tantas vezes penso que a vida deveria vir com um manual de instruções. Existem tantos conceitos de base que nos deveriam ser apresentados de forma directa na nossa infância e adolescência e que nos poderiam ajudar tanto no resto das nossas vidas.

Mas não. Vão-nos apontando umas luzes, dão uns exemplos e agora desenrasca-te. Vai lá dando as tuas cabeçadas e os teus sorrisos, porque a vida é mesmo assim. Sorrisos e cabeçadas, abraços e costas voltadas, palavras e silêncios, enfim...uma interessante e intensa dinâmica nos vai aguardando enquanto crescemos.

Até que um dia chegamos ao momento em que pensamos que poderiamos ter tido acesso mais cedo ao manual de instruções. Podiamos sim, podiamos ter tido, mas não tivemos. Fomos escrevendo o nosso.

11 Comments:

Anonymous teresa said...

Cabe-nos a tarefa de ir desbravando o mato que está à nossa frente, lendo o livro página a página, o livro que vamos escrevendo.Daí o desafio e a recompensa, quando conseguimos.
No entanto há a certeza de estarmos todos no mesmo barco.
Um grande abraço.

sexta-feira, março 05, 2010 11:02:00 da manhã  
Blogger Mário Rui Santos said...

Abraço, Teresa. Vamo-nos encontrando aqui pelo barco...

sexta-feira, março 05, 2010 11:27:00 da manhã  
Blogger teresa said...

ok

sexta-feira, março 05, 2010 1:55:00 da tarde  
Blogger Unknown said...

Mas existe um Manual de Instruções! Nasce connosco, está dentro de cada um de nós... Pena que nunca nos tenham dito isto quando precisavamos. Agora, aprendizes e gratos os que o vamos descobrindo :)

domingo, março 07, 2010 5:30:00 da tarde  
Blogger M. L. said...

Já tarde, mas a tempo, descobri uma sensação dentro de mim de enorme bem estar e de desagrado consoante as questões que me vou colocando.Talvez ter este tempo de análise me faça sentir, eu própria de certa forma... Manual de Instruções !
Abraço.

sábado, março 20, 2010 6:21:00 da tarde  
Blogger Unknown said...

Olá,
Agrada-me sobremodo que o manual de instruções seja parco em informação. Deste modo, viver torna-se indubitavelmente um desafio contínuo. Esta carência permite-nos uma rápida adaptação ao meio e, como diz o meu pai: “ganhar traquejo”, que de outra forma se transformaria num comodismo sem interesse.
Porém, nos dias “cinza”, Ó Deuses! Como eu gostaria de ter o meu manual actualizadíssimo… :)

segunda-feira, março 22, 2010 7:36:00 da tarde  
Blogger Mário Rui Santos said...

Não me parece que haja uma só forma de viver esta vida. Se assim fosse isto era provavelmente uma chatice tremenda, ou talvez não (as formigass não se queixam)
Não havendo essa forma única haverão tantos caminhos para a mesma Luz.
E nesse contexto o nosso manual de instruções será mais uma espécie de diário de bordo desse caminhante que somos nós.

quinta-feira, março 25, 2010 11:36:00 da manhã  
Blogger Unknown said...

Coitadinhas das formigas, nem são detentoras do livre arbítrio... :)

terça-feira, março 30, 2010 6:25:00 da tarde  
Blogger Mário Rui Santos said...

Bem, elas devem ter qualquer coisa parecida com o livre arbítrio. Mas até o livre arbítrio parece condicionado quando não se conhecem ou vislumbram muitas opções.

terça-feira, março 30, 2010 8:46:00 da tarde  
Blogger Unknown said...

Quanto às formigas, tenho algumas reservas...
Todavia, no restante concordo consigo e, gostaria de crescentar que todo o Ser Humano durante o seu processo de aprendizagem, passa por um proc. de condicionamento. Este, poderá ser considerado um constrangimento cultural decorrente do seu contexto educativo, seja o mesmo formal ou informal. Atrevo-me ainda a afirmar que este constrantimento cultural é um factor incontornável no acto de educar, independentemente das correntes da Psicologia adoptadas.

quarta-feira, março 31, 2010 1:48:00 da manhã  
Blogger Mário Rui Santos said...

Todos os constrangimentos culturais se podem converter em factores contornáveis quando os analisamos, questionamos ou debatemos.
Aquilo que é politicamente correcto hoje pode ser obsoleto ou caduco amanhã.
Assim se descondiciona o indivíduo que cresceu num paradigma que deixa de lhe fazer sentido: primeiro questiona-o (consciente ou inconscientemente), depois ou se "adapta" ou muda. Esta é a base de muitas das crises existenciais dos nossos dias.
É isso também que a filosofia budista(ou compatibilista com uns laivos estóicos, se quiser) propõe, questionando o condicionamento humano vigente e o princípio da dualidade inerente, esse mesmo constrangimento cultural transforma-se num degrau passado do desenvolvimento humano.
Obrigado Ana

quarta-feira, março 31, 2010 10:58:00 da manhã  

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