As emoções preenchem-nos, impedem-nos de sermos ocos, lembram-nos que não o somos, impedem-nos de vegetarmos nesta vida. Elas estão dentro de nós, são nossas e criamos sempre novas. Como uma ementa, um índice ou um catálogo em crescimento permanente.
E algumas pessoas especiais na nossa vida - talvez anjos que nos surgem - fazem iniciar essa nossa fábrica de emoções. Misturamos emoções antigas com outras ainda não criadas, concebemos de raíz algumas e por vezes revisitamos apenas o índice das nossas emoções, encontrando uma que já há algum tempo não sentíamos. E as melhores são sempre aquelas que nos fazem sorrir.
As outras - aquelas que não nos fazem sorrir - são igualmente importantes. São um pouco como ingredientes que separados são sensaborões ou desagradáveis, mas quando misturados com outros ingredientes - com outras emoções - nos dão um sabor especial aos resultados dessas misturas.
Normalmente agradeço por ter essas emoções - pelas que me fazem sorrir e pelas outras - é graças a elas que me torno um cocktail de um ser uno. Um alguém que procura ser cada vez melhor, sentir-se cada vez melhor e fazer com que os outros se sintam cada vez melhor consigo. Não por causa de uma preferência ou concorrência, mas sim porque enquanto vivemos esta vida de estado sólido temos sempre duas opções, e eu gosto de escolher a mais agradável que nem sempre é a mais fácil.
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