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O Direito à Tristeza


O direito à tristeza é inalienável mas vem com uma responsabilidade extrema: todos temos o direito a estar tristes desde que lhe reconheçamos uma utilidade e lhe demos um prazo razoável. É uma grande, imensa responsabilidade não SÓ para connosco. Mas para connosco. (Isto porque as responsabilidades para connosco não são SÓ para connosco. São sim imensas e absolutas responsabilidades, aquelas que temos para connosco.)
Como escrevi há uns tempos, para mim, para esta minha existência e aprendizagem, a tristeza é uma amiga que está sempre de braços abertos para nos receber, mas que nos faz sentir bem melhor quando nos despedimos dela.
Talvez isto vos faça sentido ou nem por isso...e ainda bem. Até porque eu também acredito cada vez menos em generalizações, no que toca às pessoas. E não fico triste por causa disso, antes pelo contrário. Aprendo.

Comentários

Unknown disse…
Às vezes temos, simplesmente, necessidade de recolher ao nosso canto, cabeça bem dentro do esconderijo, e seguros, lamber umas quantas feridas que algumas lutas não perdoam. Sabemos ser apenas uma questão de tempo. Voltaremos sorridentes e saltitantes ao caminho, mais fortes do que nunca, prontos para mais uma etapa.
pois é GV, aí temos uma importante utilidade para a tristeza
Anónimo disse…
A tristeza permite …
Um fecho,
Uma homenagem,
Um tempo para reflectir…
..tudo necessário para “partir para outra” ;)
Anónimo disse…
...acho que o meu prazo razoável se está a prolongar demais :)

É que esta tristeza parece vir bem lá do fundo, tão profunda, tão intensa, tão dolorosa...
dizes bem Alice, "parece vir bem lá do fundo..." mas não vem. porque do fundo vem uma luz e uma força que por vezes é tapada. provisoriamente escondida por essas transitórias e cada vez menores tristezas...

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