2008/02/18

Querer mudar ou mudar para desfrutar


Se algo quer mudar em si ou na sua vida provavelmente, entre muitas outras razões, será porque acredita que se pode sentir melhor, que consegue ser mais eficaz, mais feliz, consegue aprender mais e melhor...

Mais e melhor...estas são algumas das palavras-chave da mudança. Estas duas lindas, simples e fantásticas palavras exaustivamente usadas pela sociedade e comunicação de consumo.
São poderosas palavras que despertam uma vontade genética de mudança, de crescimento.
Poderosas no sentido de nos empurrar para algo de positivamente diferente e que nos são desde jovens murmuradas ao ouvido.

À medida que crescemos e despertamos a nossa mente para outras perspectivas, vamos percebendo que a razão de ser de muitos daqueles "mais" e "melhores" que nos iam pondo à frente, não faziam qualquer sentido. Vamos percebendo que as razões daqueles fúteis "mais" e "melhores" só nos empurram para tantos outros fúteis, vazios "mais" e "melhores".

Nesse momento percebemos que podemos nós próprios criar os nossos "mais" e "melhores", provavelmente muito diferentes dos standardizados "mais" e "melhores", mas bem mais cheios e poderosos.

Percebemos que podemos pensar em olhar mais e melhor para as pessoas que nos rodeiam e ver o que há de melhor nelas, em sermos mais activos e desligarmos mais vezes a televisão, passearmos mais, respirarmos melhor, comermos melhor, fazer mais daquelas coisas que gostamos de fazer, viver melhor e sentirmo-nos melhor connosco próprios, gostarmos mais de nós, gostar mais dos outros...
Enfim...fazermos mais e melhor aquilo que nos faz sentir melhor e que nos faz crescer mais.

E se mesmo assim ainda quisermos continuar a mudar por "mais" e "melhores" menos interessantes, talvez valha a pena pensar se algo em nós, dentro de nós, pode mudar mais para melhor.

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"O progresso é impossível sem mudança. Aqueles que não conseguem mudar as suas mentes não conseguem mudar nada."
George Bernard Shaw

13 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Estes "mais" e "melhores" que nos fazem sentir melhor são cada vez mais interiores e cada vez menos externos. A proliferação de apelos externos pouco substanciados de escolhas por um "mais" e "melhor" material só se harmonizará com um mais consolidado crescimento interior.
A existir apenas a reacção do indivíduo ao apelo externo a sua estrutura desgasta-se numa espiral interminável de cedências e sofrimentos.
Proactivamente o seu ser só se compensará com uma atitude de segurança e crescimento interior.
Por isso faz-me sentido este teu texto e agradeço a tua chamada de atenção para este homem de que também gosto muito, o Jorge Bernardo.

segunda-feira, fevereiro 18, 2008 2:16:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

"Mais e Melhor"
mais atenta, mais confiante, mais eficiente, mais amiga, mais carinhosa, mais natural, mais simples, mais serena, mais equilibrada, mais grata, mais .........

melhor ser humano, melhor comigo mesma, melhor para os outros, melhor profissional, melhor companheira, melhor apreciadora dos bons momentos que a vida nos proporciona, melhor...............

:)

segunda-feira, fevereiro 18, 2008 8:02:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Sentir-se bem...é mais uma atitude,
uma forma de estar por dentro, do que uma imagem exterior. Por vezes até escondemos esses "tesouros" e
guardamos esses estados de bem estar só para nós, com receio de que nos achem ridículos.

Fica bem.
Beijinhos
betania

segunda-feira, fevereiro 18, 2008 10:54:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A mudança de algo exterior é muitas vezes o adiamento de uma mudança interior. Desejo-te boas e nobres mudanças

terça-feira, fevereiro 19, 2008 11:16:00 da manhã  
Blogger rosa said...

Já o meu pai dizia… “Quem está mal que se mude”!! Muitas vezes o “medo” do desconhecido leva a que sejamos comodistas, mas à medida que um incomodo se torna num desconforto inaceitável abraçamos a mudança. O segredo está em ser pró-activo, aceitar que não somos perfeitos e que há sempre algo a melhorar, assim avançamos com o poder da escolha :)

terça-feira, fevereiro 19, 2008 4:08:00 da tarde  
Blogger Mário Rui Santos said...

E como me dizia alguém muito recentemente: o equilíbrio é dinâmico, não é estático.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008 9:16:00 da manhã  
Blogger Pedro Santos Paulo said...

Já não é a primeira vez que vejo a referência a este senhor Bernard Shaw. Já leste o Pigmaliao?

sexta-feira, fevereiro 22, 2008 5:18:00 da tarde  
Blogger Mário Rui Santos said...

Já sim senhor. E tu já leste a "Metamorfose" do Kafka ?

segunda-feira, fevereiro 25, 2008 11:06:00 da tarde  
Blogger Xicha said...

No último dia que aqui vim era este o post que estava e foi nesse mesmo dia um pouco antes de espreitar o que por aqui se passava que tomei uma grande decisão na minha vida,... logo o salto para a mudança ..., fiquei gelada quando li este post e nem consegui comentar nada , volto hoje para vos dizer que a decisão se mantêm e acreditem que não foi nada fácil, mas é um ponto de partida importante para mim para buscar novos caminhos...

Grande Abraço p ti Mário
XI

quarta-feira, fevereiro 27, 2008 3:33:00 da tarde  
Blogger Mário Rui Santos said...

:) Abraço XI

quinta-feira, fevereiro 28, 2008 10:46:00 da manhã  
Blogger Pedro Santos Paulo said...

A do Kafka não, estou entretido a "escrever" a minha. Em todo o caso continuo curioso no Bernard. Achas que...eu sei que assim já passam a dois, mas ainda não encontrei o livro na livraria onde costumo ir.Obg

segunda-feira, março 17, 2008 5:43:00 da tarde  
Blogger Mário Rui Santos said...

OK - vou ver o que tenho do senhor para te emprestar,

quarta-feira, março 19, 2008 8:34:00 da tarde  
Blogger M. L. said...

Lembrei-me de uma história sem mudança,mas com sentido de humor!!!O Ti Jerónimo, trabalhador agrícola ao final do dia estava bêbado(diariamente).Um dia um polícia seu conhecido diz-lhe:não tem vergonha,sempre bêbado,sempre bêbado !
Resposta:e você? sempre polícia,sempre polícia !

Um abraço! :)

terça-feira, abril 08, 2008 1:09:00 da manhã  

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