Estamos em permanente comunicação connosco próprios. Somos um debate, uma conversa, um diálogo, uma discussão viva e permanente. Dizemos a nós próprios o que queremos e o que não queremos, o que gostamos e o que nem tanto, o que fazemos e não fazemos. Somos comunicadores e ouvintes de nós próprios. Argumentamos, concordamos ou nem por isso. Somos eloquentes, pragmáticos ou primitivos com nós mesmos. Mas comunicamos, ouvimos, respeitamos e decidimos. Umas vezes em função de argumentos mais lógicos, outras vezes mais emocionais. Mas comunicamos, projectamos, realizamos. E como em qualquer conversa, debate, diálogo ou negociação, convém recordar que aquilo que viermos a decidir ou a fazer será sempre o resultado de uma boa moderação e argumentação (racional ou emocional) entre as partes, que somos nós num só.