Avançar para o conteúdo principal

Os inertes

Gostamos de acreditar nas pessoas, apostar ou investir nelas - seja tempo, conversa, energia ou afectos, etc.. o que for.

E fazemos isso quando achamos que vale a pena - mesmo que alguém nos chame a atenção ou questione a nossa decisão, mantemo-nos determinados porque acreditamos nas nossas escolhas.

E tanto acertamos como não acertamos. É natural. Faz parte da vida. Quando não acertamos, por vezes estagnamos ou gastamos o nosso saldo de investimento até à última em determinada pessoa ou pessoas.
Essas pessoas são os "inertes". São elementos de aparente boa vontade mas que genuina e verdadeiramente não agem, não sintonizam, não crescem connosco.
Mantêm-se "inertes"....

Temos de perceber isso o mais atempadamente possível.
Devemos confiar, é certo.
Mas se os sinais que se recebe por vezes não são nesse sentido, então talvez valha a pena ponderar em vez de teimar...e depois logo se verá.

Paragem, ponderação, reflexão, adaptação, mudança...são normalmente respostas inteligentes a estas situações.

Comentários

JASG disse…
"Ao querermos, enganamo-nos muitas vezes. Mas quando nunca queremos, enganamo-nos sempre."

Romain Rolland
Anónimo disse…
Ora aqui está algo que muitas pessoas precisavam de lêr. Espero que essas pessoas em quem estou a pensar... decidam visitar este cantinho para poderem mergulhar nestas tuas palavras. Espero mesmo.Só as ia ajudar a perceber o caminho...
Obrigada pela partilha.

Para ti um ABRAÇO não inerte mas sim FLUÍDO...
Xicha disse…
Eu estou a tentar, estou a tentar , se eu for inerte ajudem-me por favor . Tenho os meus momentos menos bons isso é verdade mas quem os não tem, seria bom era controla-los um pouco mais (vou conseguir um dia), sendo eu do signo de carneiro acho difícil mas.....

Uma vez uma amiga disse-me: tu andas á velocidade da Luz não é fácil acompanhar-te. E não é que eu fiquei a pensar naquilo.....
Xi
OK X se te sentirmos "inerte" avisamos ;)
Anónimo disse…
Não gosto da inércia, gosto da mudança, de coisas novas, de a cada dia sentir que a vida muda e que conheço alguém ou algo de novo...e quando faço más escolhas, desiludo-me mas cresço...mudo!
Anónimo disse…
O problema é que às vezes os sentimentos que perduram e não são exteriorizados formam um novelo no peito dificil de desenrolar e o nosso crescimento fica limitado.
"difícil de desenrolar" é diferente de "impossível de desenrolar" ;)
Anónimo disse…
É, o dificil acontece...o impossivel demora um pouco mais.

Mensagens populares deste blogue

Um caminho para a Luz, apenas um caminho...

Falamos e ouvimos falar tanto da Luz. De uma Luz. Uma Luz que nos ilumina, que nos acompanha, que está dentro de nós. Para alguns essa Luz é Deus, para outros o Universo, a força do Universo, a Energia Universal, o Ki, o Amor, a Paz. A Luz é tanto em nós e quanto mais nos sentimos no seu caminho mais a enriquecemos conceptualmente, tornando-a mais rica e poderosa. Para outros que se sentem distantes deste conceito, admitir a possibilidade de uma Luz, que ilumina e acompanha o seu ser é uma proposta de alienação do seu próprio conhecimento ou auto-construção. É algo que não faz sentido porque os distrai de si mesmos. A estes direi que a Luz de aqui falo-escrevo é também exactamente isso: o seu próprio conhecimento e força de construção. Assim, seja você uma pessoa mais racional ou uma pessoa mais espiritual, a proposta de caminho que aqui lhe deixo é uma proposta pragmática e universal. Que será tanto ou mais espiritual, tanto ou mais racional, conforme o seu próprio sistema de crenças ...
Quando uma relação de amizade, familiar ou amorosa é cortada ou terminada e vemos que a pessoa ou pessoas do outro lado parecem ficar pouco ou nada afectadas com esse distanciamento que fica poderemos sentir-nos bastante magoados. E isso acontece porque o que se observa toca em necessidades humanas profundas de pertencimento, valorização e reciprocidade emocional. Quando vemos que a outra pessoa parece não se afectar com o afastamento, podemos sentir como se a nossa importância fosse diminuída ou até inexistente para ela. O que mais costuma magoar nesse contexto inclui: Sentimento de desvalorização – A ideia de que a relação poderia ter significado pouco para o outro gera dor, pois esperamos que laços que foram importantes para nós também sejam reconhecidos e sentidos por quem os compartilhou. Ferida no ego e na autoestima – Inconscientemente, podemos interpretar a falta de reacção como se houvesse algo "errado" connosco, como se não tivéssemos sido suficientemente bons ou di...
A utilidade da raiva (artigo publicado na revista Saúde Actual - Julho/Agosto 2025) "Aprendi através da experiência amarga a suprema lição: controlar a minha ira e torná-la como o calor que é convertido em energia. A nossa ira controlada pode ser convertida numa força capaz de mover o mundo." -         Mahatma Gandhi   A raiva é uma emoção humana primária bastante intensa, geralmente despertada quando sentimos que algo está errado, injusto, é ameaçador ou frustrante. Tem componentes físicos (tensão, aceleração cardíaca) e psicológicos (pensamentos de crítica, desejo de agir) e é uma reação natural que faz parte do nosso sistema de defesa — uma forma do corpo e da mente dizerem: "Algo precisa mudar." E pode ser expressa, reprimida ou canalizada. Normalmente, no meu trabalho como terapeuta agrego à raiva a revolta, a ira, a zanga… como uma espécie de amálgama emocional à qual deveremos dar uma especial atenção para a sua compreensão e ...