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Trabalhar para a felicidade


E se de repente alguém não lhe trouxesse flores mas dissesse que a felicidade é um caminho e não um destino ? E se de repente alguém lhe dissesse que para se manter nesse caminho tem de trabalhar, apresentar resultados e dar contas a alguém ? Começa a parecer trabalhoso, exigente. Não ?

E se esse alguém a quem tem de prestar contas fosse alguém que ao mesmo tempo é exigente mas pouco disciplinador, ambicioso mas pouco objectivo naquilo que quer, companheiro nas boas horas mas que facilmente o marginaliza se você não apresentar resultados ? Parece um líder estranho.

E se esse líder não fosse alguém fora de si. Se fosse dentro de si. Se esse líder de si fosse você mesmo ? Continuaria a prestar-lhe contas, a apresentar resultados, respeitava-o como respeitaria um bom líder ? Ou talvez não ?

Sobre o caminho da felicidade é isso que se passa. Dentro de si conhece o caminho. Sabe qual a direcção, o sentido, a paisagem. Mas por vezes atira o mapa ao chão ou esquece-se que o tem.

Esse mapa são as suas directivas interiores, a matriz da sua harmonia dinâmica e adaptativa. Aquilo que o faz saber que continua feliz. Dê-se ao trabalho de pegar nele, reescrevê-lo, usá-lo e continuar no bom caminho. No caminho da felicidade.

Comentários

Anónimo disse…
bom, é por isso que às vezes é mais fácil fazer esse caminho em equipa. há sempre alguém que se lembra de apanhar o mapa.
Paula NoGuerra disse…
Li algo parecido nos livros do Roberto Shinyashiki ... e foi por esse livro aue tento aceitar a felicidade como algo que EU mesmo escolho...
Bjs****
É sempre bom ter alguém que nos lembra de apanharmos o mapa - às vezes somos nós que os lembramos - e é uma simbiótica relação. Porque crescemos todos juntos nos caminhos que cruzamos e nas escolhas que vamos fazendo.
Unknown disse…
Podemos, lúcidos, sozinhos ou com ajuda, descobrir o mapa. Mesmo assim não chega. Às vezes o vento não pára. Tem de se correr. E se não pudermos correr.

Às vezes é preciso abastecer, que as coisas e coisinhas não escolhem hora e podem vir todas ao mesmo tempo. Nessas alturas é difícil...
Anónimo disse…
... acho que estou a desistir de escrever e reescrever o meu mapa...estou cansada! O meu trilho está cheio de pedras... o meu caminho cheio de armadilhas que já não estou a conseguir ultrapassar. Acho que por agora vou deixar que o vento me leve... vou-me limitar a seguir os raios de sol pois para pouco mais já tenho força... mas sempre na esperança que um desses raios me ilumine e me dê a energia que tanto preciso!
é verdade GV "às vezes é preciso abastecer", ninguém espera de nós que nos mantenhamos numa continuidade maquinal. penso que nem nós próprios. no nosso caminho só a soma das partes, dos bons e dos menos bons momentos, será uma evolução, uma força positiva em construção. parar, recuperar, reflectir e continuar com força redobrada é o que podemos esperar de nós próprios.
e quanto a ti Alice, parar sem querer continuar não é uma opção e já sabes, faz como disse o poeta: guarda essas pedras porque vais precisar delas para construir o teu castelo.
Anónimo disse…
...Pois é... a responsabilidade máxima...aquela que tenho para comigo própria....
...sem poder culpar os outros, sem sito para refugiar....
...há que ter coragem para fazer o que sabemos que deveremos fazer, mesmo que saia da norma e que se tenha que enfrentar as correntes externas.....
...temos que tentar ser fiel connosco antes de o poder ser com os outros...
...as recompensas valem o esforço!
Tanto trabalho para gerir as empresas dos outros, quando na maior parte das vezes não tomamos conta da maior empresa que possuimos e que tantas capacidades tem para obter tão bons resultados!!! Está na hora de assumir o poder...
Está na hora de assumir o poder...o esforço será recompensado

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