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As quatro coisas


1-Perdoa-me

2-Perdoo-te

3-Obrigado

4-Amo-te

Estive há já alguns meses a assistir a um seminário sobre cuidados paliativos, e das muitas informações que foram referidas retive especialmente este facto: quando alguém está próximo da morte existem quatro coisas que normalmente gostaria de dizer a algumas das pessoas que o ou a acompanharam durante a vida - perdoa-me, perdoo-te, obrigado e amo-te.

Facto este suportado também pela experiência do médico Ira Byock, que já há longos anos acompanha doentes terminais.

Pela forma simples como me apresentaram este facto, e pela posterior investigação que fiz, deduzi que estas quatro afirmações são pretendidas dizer por quem está a morrer não por esta exacta e rígida ordem, mas adequada às circunstâncias e ao papel que cada personagem teve na vida desse alguém.

A algumas pessoas sentiremos um dia que gostariamos de ter dito "perdoa-me", "perdoo-te", "obrigado" ou "amo-te"...antes de finalmente lhes dizermos "adeus".

Comentários

Anónimo disse…
Para já aquilo que tenho a dizer-te é "obrigado" e "perdoo-te" ;) abraço
MIGUEL BASTOS disse…
Eu gostava de poder dizer:

Nao precisas de dizer "Perdoa-me", eu é que te digo

- "Obrigado!!!!"
Anónimo disse…
Acredito que é importante dizer essas 4 coisas todos os dias, a quem sentimos vontade de dizer. É que amanhã poderemos já não estar por cá, e por via das dúvidas...
e não há nada como dormir com uma alma limpa ;)
Anónimo disse…
é quase "imperdoável" não dizer estas 4 coisas com mais frequência, obrigado por me lembrares
Paula noguerra disse…
É real de ver que o ser humano tem a tendência de deixar tudo para o final da vida... é como disse: mais vale deitar do que continuar uma guerra e depois acordar arrependido do que se disse na noite anterior, mas devemos depois pedir desculpas pelo mal feito, pois esse sim, corroi a alma...
Não devemos esperar tanto...
Estas "4 coisas" são coisas que me fazem lembrar 2 outras coisas: posso viver e lembrar-me que as posso dizer a qualquer momento ou posso viver demonstrando-as.
Ou fundir estas 2 coisas numa só ou ir fazendo-as ao mesmo tempo.
M. L. disse…
Fui companhia,a pedido do próprio, da sua "partida".Seguia a intuição e ia pedindo discernimento.Foram muito leves e bonitas as viagens que fizemos.No ponto em que o corpo ia sossegando do sofrimento,sugeri a mão da sua mãe em contiinuidade com a sua.Esboçou um sorrir.Piscou o último olhar e em silêncio agradeci.Indiquei que todos ficavam bem e ele também.Estava a viver em pensamento e apenas isso. E ficou em pensamento.(eu fiquei mais próxima da vida e grata)

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