O sonho convida à partilha, à companhia e ao crescimento mútuo.
E quando partilhamos os nossos sonhos e sorrimos só com a sua partilha é como convidarmos alguém a entrar numa pequena viagem e a dividir connosco as etapas e o destino.
É entrarmos numa carruagem fantástica conduzida por um cocheiro louco que faz estalar o chicote nos flancos dos cavalos mais preguiçosos. Um som de que não gostamos.
E dentro da carruagem por vezes navegamos sózinhos, mas é um espaço para o qual gostamos de convidar. De envolver e partilhar. Gostamos de sentir o nosso companheiro daquela viagem a sorrir connosco, de sentir aquelas chicotadas do cocheiro louco cada vez menos frequentes. Até que se ouçam só os cascos dos cavalos.
Sabemos também que nessa partilha por vezes o nosso companheiro de viagem nos sugere outros caminhos, e que essa informação a poderemos dar ao cocheiro. Mas mesmo assim não sentimos o som do chicote no flanco dos cavalos. Sentimos uma fluidez aumentada e o som dos cascos mais enérgico, forte, decidido. Sentimos.
Noutras vezes esse companheiro que convidámos, pelos seus medos ou por outras razões, obriga a que o nosso cocheiro louco se torne mais violento e faça sangrar os pobres e já cansados cavalos que sentem a presença e o peso desse nosso convidado.
E como o sofrimento alheio nos perturba, pediremos naturalmente ao nosso cocheiro louco para parar a carruagem, convidamos o nosso companheiro de viagem a deixar de o ser, afagamos os cavalos e seguimos viagem.
Comentários
Caballos
En la noche
Por dentro
de mi pecho
gostava muito de saber se és a pessoa que estou a pensar que és...
Sissi, Coimbra,Figueira da Foz, Store..., diz-te alguma coisa?
Pena é quando quem nos acompanha, não consegue fazê-lo com o mesmo sentido que nós, porque não se encontra no mesmo patamar de vida e por consequência nos faz abrandar, refrear do nosso caminho.
Chegamos atrasados pelo desvio que fizemos, mas chegamos (!) porque somos "gente" de convicções magnânimes.