2007/11/27

Para análise (I)

“A felicidade não depende do que nos faz falta, mas do bom uso que fazemos do que temos.”
Thomas Hardy (escritor e poeta britânico, 1840-1928)

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análise - do Gr. análysis, dissolução - s. f., - decomposição de um todo em partes; exame de cada parte de um todo; processo filosófico por meio do qual se sobe dos efeitos às causas, do particular ao geral, do simples ao composto; crítica de uma obra.
(in Dicionário Universal - Texto Editores)

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Sugestão Rádio da Semana: Cantos Gregorianos
(clique para ouvir)

13 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Parece-me uma chamada de atenção um pouco radical para olharmos para o que temos em vez de olharmos para o que desejamos. A verdade é que muito depende dos momentos de vida de cada um a forma como vemos estas "verdades" que se vão citando.

terça-feira, novembro 27, 2007 11:57:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Penso que fazer bom uso do que temos, permite-nos obter satisfação no momento presente e não nos impede, nem desmotiva, bem pelo contrário, de ter outros desejos ou sonhos.
Podemos ter muito, muito, muito ... e garanto não é isso que nos traz a felicidade. O bom uso do que temos, é não desperdiçar a mais infima oportunidade de criar momentos felizes. E a Felicidade é isso mesmo, a capacidade de gerar continuamente momentos felizes!

Na minha busca da Felicidade, li há alguns anos um livro "O Alquimista" do Paulo Coelho, o personagem procurou ao longo de toda a história o seu tesouro e no final descobriu que tinha estado sempre no mesmo lugar, dentro do seu coração.
O Tesouro, claro, é a Felicidade!

Diana

quarta-feira, novembro 28, 2007 1:42:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Gosto de olhar (ler) estas frases com alguma distância e tranquilidade. Por um lado faz-me sentido que desfrutemos do que temos, porque na maior parte dos casos não o fazemos, por outro parece um pouco imobilizante da vontade de crescer e de sonhar. Mas sei também que às vezes para grandes males grandes remédios, e estas sugestões "radicais" (como escreve o jorge) fazem as pessoas parar um pouco para pensar naquilo com que concordam e naquilo com que não concordam, e só esse exercício é bom, muito bom.

quarta-feira, novembro 28, 2007 9:11:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Não concordando totalmente com esta frase, Desfrutar e Sonhar são as palavras que me surgem depois de a ler. Capacidade de Desfrutar, Capacidade de Sonhar. Duas entre muitas outras capacidades que nos trazem calma, tranquilidade e felicidade a este viver.

quarta-feira, novembro 28, 2007 2:04:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

também gosto mais deste "análise", mais do que da "discussão" :)

quarta-feira, novembro 28, 2007 2:34:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Bom, então, reiterando o conteúdo do meu comentário anterior, numa perspectiva de senso comum imediata, considero que a frase em análise faz sentido. Para criar, instalar, sentir... a felicidade devemos fazer bom uso do que "temos", porque se aguardarmos por "ter" o que sonhamos, no entretanto, não a vivenciamos. E depois mais facilmente poderemos alcançar o que desejamos! Penso que é isso que o autor pretende exprimir.

quarta-feira, novembro 28, 2007 5:47:00 da tarde  
Blogger Xicha said...

BOM DIA ,MUITO BOM DIA
Então nesse caso eu sou Felizzzzzz
:)
XI

quinta-feira, novembro 29, 2007 12:02:00 da tarde  
Blogger Mário Rui Santos said...

A minha primeira leitura desta frase aponta um pouco no sentido de despreocupar com o que falta, o que pressupõe alguma dessensiblização em relação ao que se quer e com o que se sonha.
Por outro lado também compreendo a extrema e radical utilidade dela num tempo em que nos querem mais ensinar a ambicionar e menos a desfrutar. Compreendo-a e gosto dela, quase como terapia de choque.

quinta-feira, novembro 29, 2007 1:00:00 da tarde  
Blogger Mário Rui Santos said...

Oh Diana a tua referência ao senso comum fez-me pensar que cada vez há menos sensos comuns e cada vez há mais sensos compatíveis ;)

quinta-feira, novembro 29, 2007 3:29:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Olá Mário,

A tua referência a sensos compativeis é brilhante! No entanto quando utilizei a expressão "senso comum", não a associei à "carga negativa" que por vezes pode ter, mas sim numa perspectiva de pensamento rápido, imediato, simples, sem grandes complexidades filosóficas.
Sabes, tenho tendência a tornar tudo muito complexo e a dissecá-lo e por vezes a perder-me em raciocinios que no fundo levam a conclusões extremamente simples. Foi o que aconteceu, a análise foi bem mais singela e a validade é idêntica.

Boa, Xixa! Mantem-te no rumo da felicidade. :)

sexta-feira, novembro 30, 2007 10:20:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Interessante a introdução do "(I can't get no) satisfaction".

Afinal, podemos sempre optar por não ser "feliz" na perspectiva das análises já expostas. A busca eterna, a dúvida, a procura incessante do que desejamos, pode ser uma forma de felicidade.
A satisfação absoluta não existe. A filosofia do Tao, explica este facto pelo principio Yin /Yang. Quando se atinge um dos extremos quer do Yin, quer do Yang, transitamos para o estado oposto.
Quando o dia atinge o seu auge, começa a decrescer até que a noite surge e vice-versa.
Por isso a felicidade é relativa no tempo.

sexta-feira, novembro 30, 2007 11:45:00 da manhã  
Blogger Mário Rui Santos said...

A felicidade parece-me mesmo muito, mas mesmo muito, relativa.
É por isso que aquilo que é cada vez mais normal é ser diferente, mas isso não quer dizer que para se ser feliz tenha que se ser diferente, alguém pode ser feliz sendo normal (seja isso o que for para ela ou ele).
O que é importante é que os estados de felicidade sejam ecológicos, tudo o resto será talvez um pormenor...ou talvez não, depende da perspectiva. Lá está: é relativo.

sexta-feira, novembro 30, 2007 3:13:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Concordo.
:)

sexta-feira, novembro 30, 2007 4:22:00 da tarde  

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