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Mensagens

A mostrar mensagens de 2010

Não é verdade!

Não é verdade, lembra-te. Não é verdade a verdade que os homens te vendem formatada de sorrisos matéria. Apenas o fazem na sua ignorância provisória de um despertar retardado por economias de escala e modelos de rentabilização impiedosos. Por esta altura perceberás que o teu caminho é o que percorres ladeado por aquilo que escolhes em direcções intuídas por passos gratos de aprendizagem imensa. Sim, irmão. É verdade, é verdade que somos aprendizes. Aprendizes de um imenso infinito que do conhecimento tido recebemos a força. Para aprender e viver. Sim, irmão. Viver é aprender e crescer, numa postura de observador criador tranquilo de ti mesmo. A tua vida é o que constróis e a matéria prima dos pilares são os teus sonhos. Não fiques parado à espera que ela cresça sozinha sem ti. Desperta. Levanta-te. Levanta o queixo e os braços. Olha para o céu beijado pelo horizonte. Vê como é inevitável o seu encontro. Tanto como o teu com o teu propósito.

Técnica do Perdão

Encontre um amigo ou alguém que lhe seja próximo. Liguem-se ambos ao Reiki da maneira habitual ou respirem expirando primeiro pela boca e inspirando profundamente pelo nariz. Repita umas dez vezes. Leia cada uma das frases abaixo e pondo a mão no chacra do coração do parceiro e ele no seu, olhando-se nos olhos, quando se sentirem prontos, à vez, digam ao outro: Lamento, - nome – que isso tenha acontecido na tua vida. 1- Já fui traído por alguém e também já traí alguém… 2- Fui julgado injustamente e discriminado por alguém e fiz o mesmo com outros… 3 - Já alguém me enganou subtraindo-me dinheiro e pelo menos um objecto valioso e fiz o mesmo com outros… 4- Já me viraram as costas quando precisei e fui abandonado por alguém e fiz o mesmo a outros… 5- Já tive de abdicar de um sonho por outra pessoa e já levei alguém a abdicar de um sonho… 6- Já me infligiram violência mental ou emocional e já infligi violência mental ou emocional a alguém… 7- Já me infligiram abusos e violência fí

Medos

Os medos não são informações sensoriais do nosso ser para evitarmos ou recearmos algo. Os medos são pedidos de informação, de resposta, que o nosso ser nos lança para lhe fornecermos. Os medos são cimento e tijolo para os degraus da nossa confiança.

Abra o caminho, construa a ponte...

Se sente os seus caminhos bloqueados, vá a uma igreja - com ou sem missa. Observe bem o crucifixo no altar. Alguns pormenores. Feche os olhos e imagine-se a retirar Cristo da cruz. Arranque os pregos. Primeiro das mãos, depois os pés. Segure-o num abraço e retire-o totalmente da cruz. É possível que seja ele a abraçar o seu ser. Tudo bem, sinta a gratidão pelo momento. Agora prepare-se para aproveitar a madeira que prendia esse ser de Luz. Você vai usá-la para construir uma ponte. Aproveitará até os pregos. Ao seu lado estará alguém disponível para ajudar. É mesmo provável que sinta a mão desse ser no seu ombro. Inicie essa construção. Abra os seus olhos e saia da igreja, parando durante alguns segundos na porta – face à rua - inspirando produndamente e expirando com um sorriso. Continue o seu caminho e a construção da sua ponte. (imagem do altar da Igreja de Queijas, Oeiras - com a devida vénia a Victor Lages, o autor)

Tudo bem...

Estique o dedo indicador direito ou esquerdo(se for canhoto/a) e aponte para o seu coração (algures entre os seus dois mamilos, para quem ainda os tem - um pouco mais encostado à esquerda). Aponte para o seu coração, tocando na pele ou fazendo uma leve pressão nessa parte, e com um sorriso nos lábios, de olhos fechad...os, diga a si próprio/a mentalmente: "Vai tudo correr bem..." (leia mais uma vez, antes de fazer)

Acreditas mesmo na televisão?

Não acredito na televisão como meio isento e credível de informação de qualidade. O consumo que faço dela é especialmente atento e crítico. Observo os seus desvios e simuladas manipulações, com o objectivo cego de ganhar audiências e mortificar mentes. Se numa perspectiva informativa, as opções editoriais são duvidosas e pouco enriquecedoras dos debates sociais, a nível de conteúdos de entretenimento o seu papel é ainda mais tóxico. As dinâmicas sociais propagadas pelas chamadas telenovelas são atrofiantes da mente e do espírito. Na minha prática de trabalho motivacional aquelas pessoas que mais se vitimizam e ressentem o seu passado, têm como denominador comum frequente o consumo excessivo deste tipo de programas. A isto chamo de telenovelite. Já em relação aos concursos televisivos vemos as aspirações materiais e consumistas justificarem a exposição e por vezes humilhação do ser. Pelo bem, pelo prémio, tudo se justifica. É assim que o ser humano é mostrado ao ser humano. Numa ter

O leão, o velho e a loura

O dono de um circo colocou um anúncio procurando um domador de leões. Responderam 2 pessoas: um senhor de boa aparência, aposentado, com cerca de 70 anos e uma loura espetacular de 25 anos. O dono do circo fala com os 2 candidatos e diz : - Eu vou directo ao assunto. O meu leão é extremamente feroz e matou os meus dois últimos domadores. Ou vocês são realmente bons, ou não vão durar nem 1 minuto! Aqui está o equipamento - banquinho, chicote e pistola. Quem quer entrar primeiro? Diz a loura: - Vou eu! Ela ignora o banquinho, o chicote e a pistola e entra rapidamente na jaula. O leão ruge e começa a correr na direcção da loura. Quando falta um metro para ser alcançada, a loura abre o vestido e fica toda nua, mostrando todo o esplendor do seu corpo. O leão pára como se tivesse sido fulminado por um raio. Deita-se na frente da loura e começa a lamber-lhe os pés, pouco a pouco, vai subindo e lambe o corpo inteiro da loura durante longos minutos! O dono do circo, com o queixo caído até ao ch

O louco iluminado

Na zona onde eu moro, perto da Praça das Flores em Lisboa, vive-se um ambiente de quase aldeia. E como em todas as aldeias também esta tem o seu "louco oficial" (talvez o "iluminado disfarçado"). Um louco, neste caso, polivalente. Porque este funciona também como uma espécie de bobo com quem os pseudo-machos-alfa se divertem a gozar. E uma dessas típicas dinâmicas de gozo é a brincadeira da moeda, em que ao João (o "louco" de serviço) é pedido, por um dos machos-alfa, que faça uma escolha. Uma escolha entre duas moedas, em que ele ficará com a que escolhe. E assim lhe apresentam uma moeda de 1 euro e uma moeda de 50 cêntimos, ao que o João responde com um sorriso "Escolho a maior", apontando para a de 50 cêntimos. Fazendo com que todo o grupo de machos-alfa, ou aspirantes a isso, se escangalhe a rir. Um dia destes, depois de mais uma dessas dinâmicas de grupo a que assisti de forma interessada, aproximei-me do João e perguntei-lhe:"Então, pá

Confesso

Confesso que gosto cada vez menos dizer “confesso que…”. Confesso que quando digo isto, ou ouço alguém dizê-lo, sinto a culpa-recriminação que tanto se esforçaram por nos ensinar a sentir. Este “confesso que…” é uma das expressões mais usadas quando alguém admite que errou ou partilha algo mais intimo. No entanto esta expressão não premeia, nem reforça positivamente, essa tomada de consciência, sinceridade ou abertura. Antes pelo contrário, culpabiliza-a. Coloca-nos mais um peso em cima, lembrando-nos que nascemos em pecado, que somos pecadores, que vivemos em pecado sob o peso de um castigo-justiça divina supostamente representado por alguém nesta terra. Libertemo-nos activamente de mais esta grilheta a que esta sociedade neo-feudal nos quer manter acorrentados! Mudemos a forma de falar, nossa e dos outros. Libertemo-nos da culpa para abraçar a responsabilidade que nos liberta e faz crescer. O primeiro passo é o da reprogramação linguística que nos podemos propor a fazer. Sempre que s

Um dia as vedações irão ser assim...

As desculpas não se pedem, evitam-se ????

Nos últimos tempos tenho ouvido muito esta expressão dita por algumas pessoas num contexto em que alguém pede desculpa. Num tom enérgico, forte, alguém dispara “as desculpas não se pedem, evitam-se”. Não só me parece dura esta resposta, como despropositada, perante alguém que reconhece o seu erro e apresenta as suas desculpas. À demonstração da humildade do ser a firmeza agressiva não me parece ser a resposta mais interessante. Se um dos meus filhos durante uma refeição entorna involuntariamente um copo, derramando o sumo que estava nele, e se vira para mim com um olhar culpado e me pede desculpa, acham construtivo eu virar-me para ele e dizer-lhe “as desculpas não se pedem, evitam-se”? Se acreditam que esta seria a resposta mais adequada, estão a precisar de fazer algum trabalho interior. Face a tal pedido de uma criança ou de um qualquer ser mais adulto, recomendo que respondam “agradeço as tuas desculpas, aproveito para te pedir que tenhas mais atenção da próxima vez…” É claro que p

"Hipnose e Ansiedade"

A Editora Ariana e o autor têm o prazer de o convidar para o lançamento do livro "HIPNOSE E ANSIEDADE - Reencontre o seu estado natural de Tranquilidade" de Mário Rui Santos. O evento tem lugar dia 24 de Julho (sábado) de 2010 pelas 18h na Galeria Abraço, situada na Rua do Poço do Borratém nº 39 à Praça da Figueira em Lisboa. O autor apresenta a obra. ( mais info )

Formação em Hipnose - Lisboa e Algarve

Voluntários precisam-se para a experimentação de técnicas hipnoterapêuticas Se é alguém, ou conhece alguém, que tem curiosidade em experimentar estas técnicas num ambiente de formação, seguro e controlado, contacte-me. Os candidatos ideais deverão ser pessoas que não tenham tido qualquer experiência anterior com a hipnose, meditação ou reiki - no entanto, será possível considerar a participação de pessoas com este tipo de experiências. Indivíduos que tenham problemas relacionados com ansiedade ou comportamentos compulsivos, serão candidatos preferenciais. Não é solicitada qualquer contrapartida financeira, apenas a disponibilidade para fazer parte da demonstração aos grupos de formação dos cursos de hipnoterapia da HypnosPortugal. Próximas datas: Lisboa 10 e 11 de Julho 24 e 25 de Julho 4 e 5 de Setembro 18 e 19 de Setembro 2 e 3 de Outubro Algarve (Monte Mariposa) 3 e 4 de Julho 17 e 18 de Julho 11 e 12 de Setembro 25 e 26 de Setembro Contactos: Mário Rui Santos - e: mrs@marioruisanto

Cinzas e Neve

Foto-meditação com a exposição "Ashes and Snow" de Gregoy Colbert. A ver e sentir...

Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é tolo ou não tem arte ?

"Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é tolo ou não tem arte." Ora aqui está como a dita "velha" sabedoria popular propunha que se olhasse para a partilha. Uma excelente forma de perpetuar o egoísmo e a ganância e para algumas pessoas, infelizmente, um lema de vida. Pois este é mais um daqueles momentos-oportunidade em que agradeço à minha mente - ligada a este nosso inconsciente colectivo sábio, bom e poderoso - e proponho um novo ditado: "Quem parte e reparte já tem a melhor parte." Quem parte, tem, possui para dividir. Tem a graça, a oportunidade, a matéria, a benção... Se a reparte, partilha, é bom, sábio, está em união com o próximo. Quem parte e reparte tem mesmo a melhor parte e essa parte é a parte da dádiva e da partilha. Quem parte e reparte já tem a melhor parte. E mais vale um pássaro a voar que dois na mão. (E esta Rua Alegre existe mesmo. É ali para os lados de Algés de Cima, concelho de Oeiras. Uma rua interessante por onde

Treino para a tranquilidade (exercício 1)

Este exercício poderia chamar-se "Treino de controlo da ansiedade" mas não se chama, chama-se "Treino para a tranquilidade". 1-Pegue numa caixa de fósforos de cozinha. 2-Retire um e acenda-o de modo firme, idealmente num só movimento de fricção. 3-Depois de aceso procure mantê-lo o mais possível na vertical, mantendo igualmente bem acesa a chama que o consome, o que pode implicar a colocação deste por vezes mais na horizontal. 4-Quando a chama chegar a meio do fósforo, humedeça bem com a sua própria saliva a cabeça do polegar e do dedo indicador da mão que está livre. 5-Foque de novo a sua atenção no fósforo e pegue com os dois dedos humedecidos a cabeça do fósforo (já queimada) invertendo a verticalidade do fósforo 6-Observe o fósforo a consumir-se na sua totalidade e, de forma segura confirmando que está bem apagado, deite-o fora com um sorriso no seu rosto. Faça este exercício durante 7 dias, uma vez por dia. Os seus níveis gerais de tranquilidade aumentarão entr

Florescer

Eu floresço Tu floresces Ele floresce Nós florescemos Vós floresceis Eles florescem ...todos florescem sob uma luz fluorescente, enquanto o Sol não vem.

Vive

Daqui a 100 anos iremos estar todos mortos Os nossos familiares Os nossos amigos Os nossos filhos Tu e Eu 7 mil milhões de seres humanos desaparecerão para sempre Todos caminhamos em direcção á luz Até lá... VIVE em Contraluz!

Para além do medo

E o aluno perguntou: - Mestre, e se quando eu me confrontar com o medo ficar bloqueado? Que faço nesse momento? -Lembra-te de respirar...- respondeu-lhe o mestre. -Respirar? Só isso. E deixo-me atacar? Não compreendo, mestre... -Respira e deixa que toda a tua aprendizagem flua, o teu saber te mostre os gestos e os movimentos, que a tua mente te mostre para além do medo. Ver-te-ás a transformá-lo em força. Em coragem.

Birras, amuos e silêncios

Quando éramos pequeninos e nos contrariavam ou nos causavam algum desconforto, podíamos zangar-nos, ficarmos tristes e – muitas vezes amuávamos ou fazíamos birras. Um processo que, em função de como os outros seres à nossa volta o recebiam, foi ora sendo transformado em posturas mais assertivas ou em birras e amuos mais ou menos dinâmicos e actualizados para esta nossa idade adulta. Até aqui nada de novo. No entanto, se observarmos de forma inteligente e mais saudável estes nossos eventuais comportamento, penso que poderemos chegar à conclusão de que poderão existir formas mais saudáveis de processar estes nossos desconfortos. Se por um lado é verdade que não somos máquinas e que temos direito ás nossas emoções, também é verdade que enquanto seres especiais que somos temos uma responsabilidade de exercer esse direito de forma saudável – para nós e para os outros. Assim, sugiro que antes de fazer uma birra, amuar ou silenciar-se (para fora ou para dentro), observe 3 pontos, como vértice

A sociedade do ressentimento

Desde crianças que fomos ensinados a olhar para os nossos erros ressentindo-os e perpetuando-os numa dinâmica de dor e sofrimento. Nascemos em pecado, devemos pedir perdão a um senhor que nos protege pelos infelizes erros que fomos ou vamos cometendo, ensinam-nos os pecados capitais, e os nossos pais e educadores foram-nos lembrando pontualmente dos erros que fomos cometendo. E se mais tarde nos casamos ou relacionamo-nos com um ser que pensa de forma diferente de nós, somos igualmente culpabilizados permanentemente por esse ser e por uma sociedade que não permite grandes variações de formatos de felicidade. Esta dinâmica de culpabilização foi sendo instituída como um processo que - supostamente - nos ajudaria a manter-nos bem comportados e felizes. O problema é que esta dinâmica de culpabilização, recriminação, ressentimento é proposta a um ser em crescimento: uma criança com matriz limpa e susceptível de condicionamentos instalados por longo prazo. Mais tarde, enquanto adultos, carre
Formação em Hipnoterapia - Inscrições abertas para os cursos de Lisboa e Algarve Para mais informações consulte www.HypnosPortugal.com.sapo.pt

Carta aberta à Sumol

Como ex-publicitário que sou vejo de forma mais atenta esta comunicação publicitária que nos rodeia. Na televisão, na rádio, imprensa, internet, etc... E nessa postura de observador deste fenómeno vejo com uma frequência desagradável a profusão de mensagens que condicionam e limitam as gentes - que somos nós todos. É tão frequente a nossa inveja ser convidada a manifestar-se por causa de um estúpido carro novo ("Os seus vizinhos vão ficar verdes de inveja"), a inovação ou a diferença de carácter ser associada à compra de um determinado produto, a felicidade ser conseguida com um crédito pessoal, o sucesso ser usar uma marca de roupa, etc., etc. Assim, os nossos formatos de sucesso e de felicidade são selvaticamente atrofiados e empurrados para uma corrente arrebanhante tão característica desta caduca sociedade de consumo. Inspirando ansiedades, depressões e outras perturbações que são maquiavelicamente satisfeitas ou supostamente resolvidas com fantásticos comprimidos, frutos

A revolução dos cravos azuis

Em Abril, revoluções mil... A mente unida jamais será vencida! Viva a liberdade de espírito! Fim à guerra pelo consumo material! Abaixo à inacção! Comodismo nunca mais! Diversidade emocional! Força, força, amiga mudança, nós seremos a tua pujança! (Aceitam-se sugestões de novas palavras de ordem para o movimento. As dez melhores serão premiadas com sessões presenciais de relaxamento e visualização, comigo ou com a minha equipa, em Lisboa ou Porto. Participe até 24 de Abril, aqui ou no Facebook, se for essa a sua vontade... A vitória, de qualquer forma, já é sua!)

Oportunidades

Aceite cada oportunidade/momento desta sua vida não como uma experiência de prazer ou de sofrimento, mas sim como uma experiência de aprendizagem, de desenvolvimento do seu ser. Não quero com isto sugerir que você se deve colocar em situações de sofrimento de forma propositada, mas que se ele vier ou surgir você encará-lo-á de forma tranquila e de algum modo contemplativa. Observe esta sua vida e cresça com ela, você vai precisar destes ensinamentos para esta e para outras vidas... Experimente agora e observe este momento, observe se aprendeu ou se se lembrou de algo importante. Mesmo que pense que nada aprendeu ou que de nada se lembrou, você reforçará a sua aprendizagem de observador tranquilo de si mesmo.

Carta de Ghandi a Hitler

"Caro amigo, Alguns amigos me incentivaram a escrever-lhe em nome da humanidade. Mas tenho resistido aos seus pedidos, porque me parecia que uma carta minha para si seria uma impertinência. No entanto, algo me diz que não tenho que calcular mas que tenho que fazer o meu apelo, valha ele o que valer. É muito claro que você é hoje a única pessoa no mundo que pode impedir uma guerra que poderia reduzir a humanidade ao estado selvagem. Terá você de pagar esse preço por um objectivo tão valioso quanto este lhe parece ser? Quererá escutar este apelo de alguém que tem evitado deliberadamente o método da guerra, com considerável sucesso? De qualquer forma conto com o seu perdão se cometi um erro em lhe ter escrito. O seu amigo sincero M.K.Ghandi 23 de Julho de 1939" Foto e trad.: Mário Rui Santos

Porque sim...

Porque sim e mais nada. Sim, há coisas que não carecem de justificação ou explicação, a não ser que se queira investir no esclarecimento da pessoa que nos pergunta porquê. Se uma criança ou um jovem, ou até mesmo um jovem adulto, me pergunta porque é que eu faço ou digo algo, sinto-me no papel de lhe mostrar/propor um caminho. Com um adulto a minha resposta será diferente. A explicação desse meu pensamento ou comportamento pode ser algo como: queres mesmo saber? olha que podes não gostar do que vais ouvir... - Mas porque é que eu não gostaria de ouvir a tua explicação? - Porque já há muitos anos que pensas dessa forma, e ninguém gosta de se sentir enganado. Irás preferir contrariar-me, talvez até agredir-me, em vez de reflectires numa proposta que te sugere engano ou decepção. - Deves pensar que tens razão em tudo... - Não, não penso. Só penso que tenho uma razão diferente da tua.

Para o meu pai terreno...

Pai nosso, que estais nos Céus, Mares e Terras, Amado seja o Vosso nome. Viva em nós o Vosso reino. Nos ilumine a Vossa vontade, Assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos ensinai hoje, a fazer e partilhar. Aceitai as nossas ofensas, assim como nós aceitamos a ignorância de quem nos tem ofendido. Acompanhai-nos na Criação, Mas entregai-nos ao Bem. Ámen.

As queixas do Hipólito

Dois cidadãos séniores conversavam neste café perto da minha casa. O primeiro, com um ar desgostoso, queixava-se enfaticamente do facto de a EDP lhe ter cobrado dois meses de electricidade e ainda ter feito uns acertos de contas, obrigando-o a dispender uma quantia razoável. E chamava nomes, bandidos, vigaristas, etc... Foi aí que o outro cidadão, também sénior, lhe disse: - Olha lá ó Hipólito, mas então porque é tu não ligas lá para aquele numero que eles têm nas facturas, no final de cada mês, e mandas-lhes a leitura do teu contador? Nessa altura vi o Hipólito acabrunhar-se e ficar em silêncio. Enquanto o observava imaginava-lhe os pensamentos: "Então mas um gajo já não se pode queixar?? E se eu não me queixar desta e doutras coisas de que é que me vou queixar?? Deixa-me mas é queixar à vontade e fica calado enquanto eu me queixo!!!"

Pergunta: Se uma pessoa não quiser, por qualquer razão, visualizar a esfera de luz dourada ?

"Pergunta: Se uma pessoa não quiser, por qualquer razão, visualizar a esfera de luz dourada, será correcto visualizar Buda, Jesus, ou qualquer outro grande mestre em que se tenha fé? Rimpoché: Sim, certamente. Quando se fala de Buda, estamos a falar de alguém que tem todas as qualidades de um Buda, que está totalmente desperto e purificado e possui uma dedicação e uma compaixão sem limites. Portanto seja qual for a forma que essa pessoa considera que personifica todas estas qualidades, está perfeitamente bem. A forma mais eficaz é qualquer forma com a qual a pessoa se possa relacionar melhor com o fim de desenvolvera sabedoria e a compaixão." Akong Tulku Rimpoché in "Domar o tigre - Ensinamentos tibetanos para melhorar a sua vida

De náda...

De náda. Aqui só tratamos mesmo de açuntos cérios e de reflecções prefundas.

Manual de instruções

Tantas vezes penso que a vida deveria vir com um manual de instruções. Existem tantos conceitos de base que nos deveriam ser apresentados de forma directa na nossa infância e adolescência e que nos poderiam ajudar tanto no resto das nossas vidas. Mas não. Vão-nos apontando umas luzes, dão uns exemplos e agora desenrasca-te. Vai lá dando as tuas cabeçadas e os teus sorrisos, porque a vida é mesmo assim. Sorrisos e cabeçadas, abraços e costas voltadas, palavras e silêncios, enfim...uma interessante e intensa dinâmica nos vai aguardando enquanto crescemos. Até que um dia chegamos ao momento em que pensamos que poderiamos ter tido acesso mais cedo ao manual de instruções. Podiamos sim, podiamos ter tido, mas não tivemos. Fomos escrevendo o nosso.

Mudar é uma escolha

Tudo o que hoje desejamos já aprendemos a desejar. Tudo o que hoje nos repugna já o aprendemos a repugnar. De forma consciente ou inconsciente aprendemos. Mudar é uma escolha que se faz e a mudança uma aprendizagem que se aceita. O ser humano é dotado de uma adaptabilidade poderosa que ao longo destes últimos anos tem sido negligenciada em função de uma matriz rígida imposta por uma sociedade de consumo com referenciais de felicidade muito limitados. Associado a estes referenciais limitados continua a ser defendido um conjunto de princípios e valores morais caducos ou desajustados à complexa realidade do ser humano dos dias de hoje. Por isso a sensação de inadaptação ou desadequação que algumas pessoas sentem hoje em dia, ao contrário do que lhes é normalmente dito, não é patológica. É sim a manifestação de uma vontade de mudar e construir um caminho que faça mais sentido. E isso é saudável.

O turista e o sábio

Obrigado aos meus amigo Joseph e Olympus por me reencaminharem esta pequena história Conta-se que no século passado, um turista americano foi à cidade do Cairo no Egipto, com o objectivo de visitar um famoso sábio. O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num pequeno quarto, muito simples e cheio de livros. As únicas peças de mobília eram uma cama, uma mesa e um banco. - Onde estão seus móveis? Perguntou o americano. E o sábio, bem depressa olhou ao seu redor e perguntou também: - E onde estão os seus...? - Os meus?! Surpreendeu-se o turista. - Mas estou aqui só de passagem! - Eu também... - concluiu o sábio. "A vida na Terra é somente uma passagem... No entanto, alguns vivem como se fossem ficar aqui eternamente, esquecem-se de ser Felizes."

Pormenores linguísticos de confortos desconhecidos

Somos daqueles povos ocidentais em que para relatar uma experiência pessoal de mudança usamos a expressão: "SOFRI uma mudança.../a minha vida SOFREU uma mudança...". Ou seja, em vez de experienciarmos mudanças, antecipamos ou ligamos as mudanças a sofrimentos. Assim, uma mudança é rotulada como experiência de sofrimento, quando poderia bem ser uma experiência de crescimento ou desenvolvimento pessoal. Aliada a este pormenor a convicção generalizada de que só se deve mudar para melhor e só quando se tem a certeza de que é para melhor, contribui também ela para uma moldura de evitamento da mudança. E assim vamos vendo tantos de nós a preferirem viver desconfortos conhecidos, enquanto receiam novos confortos desconhecidos. --- "Uma mudança deixa sempre patamares para uma nova mudança." Maquiavel, Niccolo

O som do silêncio

"Se tens o hábito de rezar, acrescenta aos teus momentos de oração uns minutos de silêncio no fim. Quando estás a rezar estás a falar com Deus. Quando permaneces em silêncio estarás a escutar a sua resposta. Se só rezas e depois te vais embora, a única coisa que terás feito é um perfeito monólogo. De nada serve que rezes com todo o teu fervor pedindo a solução a um problema se não escutas a Sua resposta. No Universo tudo é perfeito e necessário. Tudo o que te acontece faz sentido e guarda uma lição para ti. Até que a aprendas continuarás a lidar com o mesmo; por isso o silêncio é importante. Quando permaneces em silêncio, a Voz de Deus fala-te com claridade e explica-te porque te acontece tudo o que te acontece." in Manual de Instrução para Esta Vida - de Marco D.P. ( faça o download do livro aqui )