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Mensagens

A mostrar mensagens de 2008

Rejeição

Você desce um rio. A determinada altura surge um curso de água, que parece acompanhar o seu rio. Belo. Com umas margens fantásticas. Você muda a sua direcção e começa a descer esse outro rio. A corrente tranquila vai afastando-o, levando-o. Você aproveita e num gesto de amor olha para alguns pontos ou partes desse outro rio menos luminosas, menos coloridas ou menos vivas e preocupa-se, cuida-as. E limpa-se, banha-se, diverte-se enquanto o faz. Sente-se feliz. Tão feliz. De vez em quando encosta o seu barco a uma ou outra margem, deita-se e observa. Desfruta sorri. A agua está morna. Mergulha, banha-se. Sente-se feliz. Pontualmente, sobe aqui e ali um, um pouco contra a corrente. Mas continua descendo. Desfrutando. Aventura-se um pouco mais e coloca-se no meio. Entre margens. Enquanto elas se afastam cada vez mais. Enquanto o leito se alarga e torna ainda mais bela a experiência. É fantástica a experiência que temos, a beleza de que desfrutamos. Nadamos, sorrimos, flutuamos, navegamos.

Quem é Marin?

Há uns anos atrás, ainda estava em formação nesta área da hipnose clínica fiz uma primeira regressão com um professor meu. A experiência que tive foi a de apresentação de uma personagem druidíca numa reunião com outras idênticas e afins personagens. Uma espécie de reunião de trabalho tida em plena floresta. Sendo esta a minha primeira regressão, processei a informação na altura como tranquilamente podia e sabia. Atribuindo-lhe várias possíveis explicações mas numa postura contemplativa e tranquila. Desde então, e de alguns meses para cá, espontaneamente tem-me surgido esta personagem em momentos diferentes da sua vida e da minha vida. Num destes contactos um nome surgiu-me - Marin - e desde então alguns descritivos da realidade que vou experienciando nesta minha vida me surgem assinados por esta entidade em mim. Tenho desde então vindo a aprender a relacionar-me com ela como uma referência, talvez como um guia. Estou-lhe grato. Estou-te grato, Marin. Mário
"Não julgues aqueles que falham quando tentam, mas sim aqueles que falham por não tentar." (aforismo de autor desconhecido)

Urgentemente

É urgente o Amor, É urgente um barco no mar. É urgente destruir certas palavras ódio, solidão e crueldade, alguns lamentos, muitas espadas. É urgente inventar alegria, multiplicar os beijos, as searas, é urgente descobrir rosas e rios e manhãs claras. Cai o silêncio nos ombros, e a luz impura até doer. É urgente o amor, É urgente permanecer. Eugénio de Andrade
"Nunca ficamos no tempo presente. Lembramos o passado; antecipamos o futuro como lento demais para chegar, como para apressar o seu curso, ou nos lembramos do passado para fazê-lo parar como demasiado rápido, tão imprudentes que erramos por tempos que não são nossos e não pensamos no único que nos pertence, e tão levianos que pensamos naqueles que nada são e escapamos, sem reflectir, do único que subsiste. É que, em geral, o presente nos fere. Escondemo-lo de nossas vistas porque nos aflige e, se ele nos é agradável, lamentamos que nos escape. Buscamos mantê-lo mediante o futuro e pensamos em dispor as coisas que não estão em nosso poder por um tempo ao qual não temos a menor certeza de chegarmos. Examine cada um os seus pensamentos. Vai encontrá-los a todos ocupados com o passado ou com o futuro. Quase não pensamos no presente, e se nele pensamos é somente para nele buscar a luz para dispormos do futuro. O presente nunca é o nosso fim. O passado e o presente são os nossos meios,

O dia

Este foi o dia em que a semente brotou, a planta cresceu e o homem gritou. A revolta no coração estalou a estagnação dos braços baixados. O queixo levantou-se e os olhos tocaram o céu. A luz entrou no vazio e a cor espalhou-se, entornada em sons de alegria. Este foi o dia em que cansado da não-luz o homem gritou. Palavras de força e de desejo. De crescer. Este foi o dia em que a voz se soltou. Poderosa e justa. O dia em que o homem se levantou e viveu. E percebeu. O seu fantástico e livre eu. Esse foi o dia em que a semente cansada da não-luz, gritou e nasceu. (in "A hipnose dos nossos dias" de Mário Rui Santos)

Controlo, aceitação e liberdade

A liberdade deste ser que somos nós depende em grande parte de uma capacidade que vamos adquirindo à medida que crescemos: a capacidade de aceitar. Aceitar mudar aquilo que podemos mudar e ultrapassar esse desafio, e aceitar que há coisas que não podemos mudar, e também ultrapassar esse desafio. É verdade que entre uma e outra teremos sempre a tensão da decisão, e também essa poderemos aceitar ou mudar. Mas nesta dinâmica de equilíbrio que vamos gerindo haverá sempre um ponto em que teremos de largar e aceitar o que acontece a seguir - a isso chamar-se-á, talvez, confiar. No exercer dessa confiança responsável, vamo-nos focando cada vez mais naquilo que de forma determinada escolhemos mudar. Vamos aceitando o crescer da semente, tranquilos de que não precisamos de a controlar para ela crescer. Aceitamos e libertamo-nos na contemplação das nossas determinadas e escolhidas acções. Confiamos. (in "A hipnose dos nossos dias" de Mário Rui Santos)

A semente do desejo

Desejar algo que contribui para o nosso bem-estar e/ou de quem nos rodeia, acreditar que o tempo de realização desse desejo não somos nós quem decide, confiar na sua concretização de forma calma e tranquila, agir com empenho e determinação no caminho desse objectivo, gerir o imenso resto da nossa vida e aguardar que a semente se manifeste. Os acontecimentos começarão a ocorrer, a planta cresce e floresce. A nós caberá o papel de a ir cuidando e fortificando. Mais que esperançados, mais que confiantes, apenas tranquilamente determinados. (in "A hipnose dos nossos dias" de Mário Rui Santos) --- "Aquele que quer fazer algo, encontra uma forma de o fazer. Aquele que não quer fazer, encontra uma desculpa." provérbio africano
“O perdão é a fragrância que a violeta derrama sobre o calcanhar que a esmaga.” Mark Twain

Novas seguranças

É em ousadas mudanças que se vão construindo ainda mais consolidadas seguranças. O nosso conforto provisório é sempre a base de possibilidades de construção de um ainda mais vasto e profundo conforto. Também por essa razão não deveremos nunca temer os desafios e as oportunidades de mudança e crescimento. Mesmo que esses específicos desafios não sejam nesse momento ultrapassados, a aprendizagem retirada dessa experiência torna-nos mais sábios e fortes. O nosso conforto é, por isso, permanentemente provisório se não exercitarmos o seu alargamento. Caso optemos por desfrutar de forma acomodada desse conforto, expomo-nos ao risco de estagnação e o medo da mudança vai-se instalando. E se o medo de mudar se instala, o medo de viver vem a seguir. (in a "Hipnose dos nossos dias" de Mário Rui Santos) --- "Paradoxalmente, só no crescimento, na reforma e na mudança se encontra a segurança." Anne Morrow Lindbergh

Filtro solar

"Senhoras e senhores da turma de 99, Usem filtro solar... Se eu pudesse dar um conselho em relação ao futuro, diria: usem filtro solar. Os benefícios, a longo prazo, do uso do filtro solar foram cientificamente provados. Os demais conselhos que dou baseiam-se unicamente em minha própria experiência. Eis aqui um conselho : Desfrute do poder da beleza de sua juventude. Ou esqueça. Você só vai compreender o poder e a beleza de sua juventude quando elas já tiverem desaparecido. Mas acredite em mim, dentro de vinte anos, você, olhará suas fotos e compreenderá, de um jeito que não pode compreender agora, quantas oportunidades se abriram para você e como você era realmente fabuloso/a. Você não é tão gordo quanto você imagina. Não se preocupe com o futuro, ou se reocupe, se quiser, sabendo que a preocupação é tão eficaz quanto tentar resolver uma equação matemática mastigando pastilha. É quase certo que os problemas que realmente têm importância em sua vida são aqueles que nunca passaram

Chuva em Agosto

Até no mais quente dos dias e no mais solarengo dos meses a chuva pode cair e não será por isso que o Verão deixa de ser Verão. Apenas passa a ser um Verão temporariamente molhado. E nessas alturas valorizamos outras coisas boas de sentir. O morno da chuva, o cheiro a terra molhada, os sorrisos das plantas ou a poeira que assenta... Acorda ! --- "Alguns pressentem a chuva; outros contentam-se em molhar-se." Henry Miller

Do ressentimento ao perdão

O caminho do ressentimento ao perdão passa também pela aceitação da falibilidade, das inseguranças e medos do ser humano. Aquele que falha, agride e erra não o faz por vontade e desígnio nobre, esclarecido ou iluminado. Fá-lo porque no seu conhecimento limitado de si próprio prefere projectar esses medos atacando, assumindo ignorantemente que o ataque aos outros é a melhor defesa...de si próprio. Com este princípio presente e perfeitamente adaptável a tantas circunstâncias, abrimo-nos ao caminho da compreensão desse comportamento, da aceitação e finalmente ao encontro do perdão. Nesse momento, em entendimento com as nossas partes injustiçadas, iniciamos a nossa própria libertação e continuamos a crescer como seres humanos. (in "A hipnose dos nossos dias" de Mário Rui Santos)

O ciclo das experiências - a dor e o prazer

As experiências de vida podem causar-nos, entre outras sensações ou sentimentos, uma sensação de dor ou uma sensação de prazer. As sensações de dor têm o seguinte ciclo: Experiência->Dor->Ressentimento->Reenquadramento->Aceitação->Gratidão->Crescimento. Muitas pessoas, face às experiências de dor (perdas, rupturas, rejeições, decepções, desilusões, frustrações, agressões, etc...) prolongam para além do que lhes é saudável a sua permanência num nível de ressentimento, prorrogando as suas condições de vítima ou culpado face à experiência. A verdade é que grande parte fica bloqueada nesse primeiro nível de processamento. O processo de reequilíbrio retoma-se quando a pessoa consegue finalmente reenquadrar a experiência e a dor, valorizando o que há de posítivo a valorizar e a classificar como aprendizagem tudo o que de menos positivo há em relação a essa experiência. Ou seja, mesmo que aparentemente não exista nada de positivo a valorizar há algo bastante enriquecedor no

Vítima ou Culpado

Uma das dualidades inconscientes em que vivemos perante as experiências de vida menos simpáticas é esta : entre sentirmo-nos vítimas ou culpados. É uma tendência estranha e sofridamente simplista que nos vão condicionando a ter. Assim, quando terminamos uma relação a arrumação primitiva que nos surge é esta de nos sentirmos vítimas ou culpados em relação ao ex-companheiro/a ou à forma como investimos emocionalmente na relação, etc. Quando mudamos de emprego, quando mudamos de casa, quando tomamos uma decisão importante na nossa vida, quando nos acontece algo menos positivo, etc... a tendência básica é de nos "arrumarmos" como vítimas ou culpados. E mais, se não o fizermos desta forma, podemos ser acusados de insensíveis. Se em alternativa, perante algo que nos acontece, reagimos com uma postura de observador tranquilo, que aprende, que muda ou aceita e que cresce, instalamos uma dinâmica de libertação na nossa vida. Uma dinâmica que nos liberta mas que - ao mesmo tempo - nos

Remorsos, ressentimentos, recalcamentos e outras reciclagens necessárias

Limpe os remorsos e substitua por aprendizagens, apague os ressentimentos e pinte bons presságios, liberte os recalcamentos e preencha esses espaços com luz, vida e cor. Recicle, converta, transforme, reequilibre...o seu ser físico e mental agradecer-lhe-á com um sorriso de orelha a orelha. (in "Hipnose Prática" de Mário Rui Santos)

Viagem

Aparelhei o barco da ilusão E reforcei a fé de marinheiro. Era longe o meu sonho, e traiçoeiro O mar... (Só nos é concedida Esta vida Que temos; E é nela que é preciso Procurar O velho paraíso Que perdemos.) Prestes, larguei a vela E disse adeus ao cais, à paz tolhida. Desmedida, A revolta imensidão Transforma dia a dia a embarcação Numa errante e alada sepultura... Mas corto as ondas sem desanimar. Em qualquer aventura, O que importa é partir, não é chegar. Miguel Torga

O porquê dos porquês

É um tema recorrente este dos porquês nos textos que vou escrevendo e partilhando com os meus amigos que têm paciência para me ler e às vezes ainda mais alguma paciência para me comentar. Mas não é por acaso que este tema aqui surge frequentemente. Aliás, aqui estou eu a apresentar-vos um "porquê"... Enquanto seres inteligentes que nos consideramos ser, percebemos que quando entendemos o porquê de algo, mais facilmente lidaremos com essa realidade. Ou seja, se um nosso chefe nos pede para fazermos algo estranho sem nos explicar o porquê, sentir-nos-emos menos motivados para essa acção. Da mesma forma, numa relação, se alguém nos diz que já não gosta de nós e que quer acabar a relação connosco, a primeira coisa que perguntamos é "porquê ?". Ou quando temos medo de algo, ou ansiamos em determinadas circunstâncias, temos necessidade de entender o porquê... Foi-nos igualmente sendo apresentado que para mudarmos alguma coisa em nós, ou na nossa vida, precisamos de saber
"Se você não se pode livrar do esqueleto que está no seu armário, é melhor que o ensine a dançar." George Bernard Shaw

Fernão Capelo Gaivota

Ao Fernão Capelo Gaivota que existe em cada um de nós. --- Perdido Num céu pintado Onde as nuvens se penduram Para os olhos do poeta Podes encontrá-lo Se o podes encontrar Lá Na margem distante Pelas asas dos sonhos Por uma porta aberta Podes reconhecê-lo Sê Como uma página que anseia pela palavra Que fala do tema intemporal E o Deus uno fará o teu dia Canta Como uma canção na busca de uma voz que está silenciosa E o Deus Sol fará o teu caminho E dançamos Para um murmúrio Escutado pela alma Abraçado pelo coração E podes reconhecê-lo Se o podes reconhecer Enquanto a areia forma a pedra Que procria a faísca Transformada em vida (letra de Neil Diamond- trad.adapt. Mário Rui Santos)

Os profetas da desgraça

Se há coisa fácil de ser nesta vida é ser profeta. Principalmente da desgraça. Quando se profetizam desgraças o povo ouve, as gentes escutam. E por muito desgraçada ou horrível que seja a profecia, os povos e as gentes sentem-se menos perdidos. Pelo menos sabem o que devem recear. E isso aparentemente é bom. É melhor do que esperar uma coisa boa desconhecida. É preferível aguardar um mal antecipado do que esperar por um bem desconhecido. Estranha forma de ser esta ! Pois... E quando a tal coisa má acontece, mesmo que seja décadas depois da data prevista, as gentes finalmente descansam e respiram de alívio. Aprendi, não só nestes últimos dias mas especialmente nestes, como é difícil lutar contra estas profecias. Já anteriormente me tinha acontecido. Mas a aprendizagem é dura e a esperança é a última a morrer. Aliás, tenho um sonho. Tenho um sonho de que a esperança não morre e que um dia todos os profetas da desgraça serão iluminados e convertidos. Assim Deus, a Luz, a Força ou o Univer

Novas dualidades

Oscilarmos entre o mal e o bem, entre a noite e o dia, entre o preto e o branco, entre o sim e o não, entre o seco e o molhado, entre o silêncio e o grito, entre o activo e o passivo, entre o homem e a mulher, entre o feliz e o infeliz, entre vítima e culpado, entre positivo e negativo... Oscilarmos entre o oscilar e o imóvel. Ou só oscilar ? Num equilíbrio dinâmico ? E se de repente as dualidades em que vivemos fossem alteradas ? E se em vez de oscilarmos entre o bem e o mal, oscilassemos entre o bem e o ainda melhor ? Entre a madrugada e o pôr-do-sol ? Entre o cinzento e o branco ? Entre o sim e o "pois, muito bem" ? Entre o húmido e o ressequido ? Entre a canção e o suspiro ? Entre o activo e o proactivo ? Entre o ser humano e o ser humano ? Entre o feliz e o alegre ? Entre o grato e o bendito ? Entre o positivo e o vazio ? Como seria este mundo ? Bom ou melhor ainda ? --- "Há dois tipos de pessoas: aquelas que dividem as pessoas em dois tipos e aquelas que não divide

Dá-me a mão

Arnis e Caltan subiam a encosta. Por alguma razão Arnis seguia na dianteira, construindo caminho. Numa das partes mais íngremes onde ele próprio havia sentido alguma dificuldade em ultrapassar os pequenos rochedos que povoavam aquela encosta, Arnis virou-se para trás e enquanto olhava para Caltan que se preparava para ultrapassar, também ela, aquele rochedo, estendeu-lhe a mão: - Dá-me a mão, Caltan - disse ele. Caltan, determinada, nem olhou para ele. Era forte, confiante e adorava desafios. Não precisava, decerto, daquela ajuda. Mas Arnis reforçou o pedido e disse: - Anda Caltan, dá-me a mão ! Acho que estou a ir depressa demais. Preciso da tua ajuda. Caltan levantou o rosto, sorriu e estendeu-lhe a mão. (in "O livro das virtudes construídas" de Mário Rui Santos)

Como imaginar o impossível (Lição 443)

Primeiro: Mais uma vez escolha aquilo que você gostaria de conseguir. Um objectivo que para si seja apenas um sonho. Um sonho que você pensa nem sequer valer a pena sonhar. E será tão difícil atingir que a única coisa que lhe surge na mente quando pensa nele é a imagem de um quadro branco. Ora, muito bem. Pegue exactamente nesse quadro branco, onde o seu sonho nem sequer aparece, e coloque-o na palma da sua mão direita. Fechando-a de seguida. Agora, com os seus olhos abertos ou fechados, imagine o seguinte: - Um elefante cor de rosa com penas verde alface; - Um homem com chapéu de coco e uma cauda de crocodilo; - Um comboio a navegar em pleno mar alto; - Um arco iris só com as cores encarnado, laranja e amarelo; - Uma árvore plantada numa nuvem; - Uma chuva de sorrisos e abraços; - O seu vizinho mais antipático a abrir-lhe a porta da rua e a levar a sua mala até ao carro; - Você a entrar em casa e a ficar num pleno paraíso tropical, com o tronco de uma palmeira a dificultar-lhe a entra
"Não é por as coisas serem difíceis que nós não ousamos. É por não ousarmos que as coisas são difíceis." Séneca

Proibido acreditar ?

Não acredites. Não acredites nos disparates que inventam sobre tu poderes pensar, imaginar e criar. Lembra-te que quando isso acontece com muita regularidade é porque provavelmente estarás doente. Não é verdade que podes curar as tuas emoções dolorosas ou aliviar o teu sofrimento, se pensares de forma diferente. Se pensares de forma diferente só te irás distrair da tua dor e do teu sofrimento. Eles acabarão por voltar. Acredita ! Pode ser diferente ! Não acredites naqueles que te dizem que podes viver a tua vida de forma diferente. Esta vida é uma vida de luta e de esforço, se sofreres com isso é natural. É para isso que servem os medicamentos e os médicos. Não vale a pena pensares na vida ou na forma como vives a tua vida. Não acredites que podes questionar os formatos de felicidade, a felicidade é algo muito bem definido e tu só tens de te encaixar. Nada mais. Se alguém te disser que tu próprio podes criar o teu formato de felicidade, desconfia. Provavelmente ele próprio não estará b

O olho de Deus

Foto da Nasa tirada à Nebula Helix, pelo telescópio Hubble. ( NASA website )

Ó maravilhosa criatura

Ó maravilhosa criatura mas tu achas que vieste a este mundo para sofrer ? Porque teimas em acreditar nisso ? És criatura criadora e maravilhosa. És uma obra-prima da evolução. Consegues fazer coisas fantásticas, fazes parte de uma espécie única. És uma criatura criadora de pensamentos, de crenças e por isso de emoções que consolidam ou fragilizam tantos outros pensamentos e tantas outras crenças. És criadora de crenças, de paradigmas, de degraus da tua própria evolução. Ó maravilhosa criatura não duvides do que és capaz. Se o fizeres será o mesmo que duvidar que o Sol nasce, que a água molha ou que a Natureza é bela. Ó maravilhosa criatura criadora, crê que te crias. E se ainda não o crês, cria em ti um novo ser que o creia. Reencontrando-te. --- "O homem não é a criatura das circunstâncias. As circunstâncias é que são criaturas do homem." Benjamin Disraeli --- gianna nannini - "meravigliosa creatura"

Para além do medo

Olha o horizonte para além do rochedo, para além das nuvens, para além da bruma, do nevoeiro ou da escuridão. Por trás deles sentes a luz, o calor, o que te faz sorrir e avançar. Olha-os nos olhos e avança. De forma cuidada e atenta, mas avança. Para além do que te faz parar verás o que sentes. Avança, atravessa-os. Encontrarás um teu outro eu. Mais forte, mais sábio. Vai ao encontro dele. Poder-te-ás sentir cansado, mas parar não é opção. Parar será deixar de viver. Não precisas de te proteger, não precisas de pensar no medo ou de te guardar dele. O medo que possas sentir é um pedido de ajuda do teu corpo ao aumento da tua determinação, da tua vontade. Respeita-o e responde-lhe avançando. De forma cuidada e atenta, mas avança. --- "Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz". Platão --- "Ask the mountains" - Vangelis
"Sê paciente para com tudo o que está por resolver no teu coração e nos teus sonhos, tenta amar as questões em si mesmas." Rainer Maria Rilke

Paradigmas

Somos eternos construtores de mutantes paradigmas. Crescemos, aprendemos, mudamos, melhoramos. Em todos os momentos da nossa vida constatamos esta dinâmica. Evitá-la é acomodarmo-nos num cansaço que nos engole e nos suga a energia. A vida é viva, cansa-nos, entristece-nos, bloqueia-nos por vezes, mas a reacção natural é descansar, prosseguir, levantarmo-nos, subir, ultrapassar, ir mais alto, sempre. Nem que seja um milímetro. Esta é a dinâmica que faz sentido a uma vida que parece ter de ter sentido para ser vivida. Não seguir esta corrente, ficar na margem a observá-la, traz normalmente ainda mais sofrimento. As paragens são necessárias, as pausas, as tristezas, os descansos são naturais - continuar, tentar, melhorar, experimentar, observar e aprender é ainda mais natural - se algo o pode ser. Nesta dinâmica de aprendizagem e crescimento vamos construindo os nossos degraus, as nossas convicções e os nossos paradigmas. Mas estes, tal como nós, não são imutáveis. Adaptamo-los a este nos
Pergunta: Porque é que os monges tibetanos andam tão violentos ? Resposta: Porque os "monges" tibetanos são soldados chineses vestidos de monges. Nem sempre o hábito faz o monge. ( ler mais ) Através duma foto colhida por agentes secretos ingleses, é revelado como soldados do exército chinês, devidamente fardados, transportam consigo as vestes características dos monges budistas tibetanos. Terão sido estes os tais monges tibetanos que se envolveram em conflitos violentos "contra" os próprios camaradas fardados do exército ocupante ? (obrigado Manuela)

«Cancro não é igual a morte e pode ter cura em mais de 50 por cento dos casos»

Desmistificar a imagem do cancro. É esta a mensagem principal da primeira série de três curtas-metragens preparadas pela Roche em parceria com a RTP. A assinalar o Dia Mundial da Luta Contra o Cancro, o primeiro episódio vai para o ar hoje às 22 horas, no canal 1 da RTP. Intitulada "Projecto 180º - Porque o cancro pode ter cura", esta série tem por objectivo mostrar, através de testemunhos reais, que é possível ultrapassar o cancro, disse ao Ciência Hoje João Pereira, director de comunicação da farmacêutica. (in CiênciaHoje - ler mais )

Nós, os cegos

Será que só conseguimos "ver" o que já esperamos "ver" ? E se assim é, em grande parte das vezes, quantas coisas perderemos !? Aquela poderia ser mais uma manhã como outra qualquer. Um sujeito entra na estação do metro, vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, na hora de ponta matinal. Durante os 45 minutos em que tocou, foi praticamente ignorado pelos transeuntes. Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas, num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares. Alguns dias antes Bell tinha tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam a módica quantia de 1000 dólares. A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro,copo de café na mão, telemovel no ouvido, crachá balançando no pescoço,indifere

O caminho mais que certo

Estava eu de saída de umas grutas ali para a zona de Ourém, prestes a entrar numa estrada, quando de repente se fez luz e percebi que estava no caminho certo. Foi nesse momento e nesse sítio que vi este sinal :)

Quando for grande quero ser poeta

Ser Poeta Ser poeta é ser mais alto, é ser maior Do que os homens! Morder como quem beija! É ser mendigo e dar como quem seja Rei do Reino de Aquém e de Além Dor! É ter de mil desejos o esplendor E não saber sequer que se deseja! É ter cá dentro um astro que flameja, É ter garras e asas de condor! É ter fome, é ter sede de Infinito! Por elmo, as manhãs de oiro e cetim… É condensar o mundo num só grito! E é amar-te, assim, perdidamente… É seres alma e sangue e vida em mim E dizê-lo cantando a toda a gente! Florbela Espanca --
"A vida não é encontrar-se a si mesmo. A vida é criar-se a si mesmo." George Bernard Shaw (*original: “Life isn't about finding yourself. Life is about creating yourself.”)

A Passagem

Tive uma Páscoa (ou pessach / passagem ) um pouco estranha. Estes dias foram daqueles em que as coisas menos simpáticas ou menos positivas se/me foram sucedendo. Lembrei-me várias vezes de um filme cómico-idiota norte-americano ("Amazon Women on the Moon") em que o início é marcado por uma sucessão de acontecimentos a uma determinada personagem, qual deles o pior. (excerto de "Amazon Women on the Moon") Ou ainda de um outro, também norte-americano mas menos idiota, que talvez tenham visto ("Nova Iorque fora de horas" - no original "After Hours" de Martin Scorsese)em que num período de 24 horas acontecem as coisas mais estranhas à personagem principal. (excerto de "Nova Iorque fora de horas") --- A determinada altura deste fim de semana prolongado, após a sucessão de tais acontecimentos encolhi os ombros e lá fui esperando o que aconteceria a seguir. Sentindo tranquilamente a "Passagem" com um sorriso nos lábios. Bendita Primav

Os sofrimentos de estimação e o bendito chefe

Recentemente perguntei a alguém que se sentia profundamente incomodado por um colega de trabalho, neste caso um chefe, se ele me conseguia fazer uma listagem das coisas que mais o incomodavam na vida - para além desse chefe. E mais. À medida que ele fosse fazendo essa lista iria atribuindo uma classificação, um valor, a cada situação. Com a condição de que a soma desses valores não poderia ser superior a 100. E assim, fomos fazendo a lista. Tendo sido a primeira situação dessa lista exactamente aquele chefe. Várias situações foram sendo acrescentadas e revalorizadas, sabendo sempre que o limite da soma não poderia ser superior a 100. Inicialmente ao chefe atribuímos um valor de 30, mas à medida que fomos avançando na lista o "pobre" do chefe foi reduzido a uns míseros 5. Percebemos então que a lista apesar de não ser muito extensa era diversificada, contendo outras situações que perturbavam a vida daquele homem. Foi nesse momento que constatámos a utilidade daquele sofrimento

Nós, os outros, a paz, a luz e o amor

Escolher é algo fantástico. Mesmo que às vezes pensemos que as nossas emoções são mais fortes e que qualquer possibilidade de escolha não existe, mesmo que às vezes pensemos que apenas podemos reagir rápida e impulsivamente para nos defendermos ou sentirmo-nos mais aliviados. Mesmo que pensemos assim, é bom parar agora durante alguns segundos e lembrar que a nossa resposta ou atitude para com alguém pode ser sempre mais elevada e pedagógica. Sem nunca abdicarmos das nossas emoções apenas focamos a nossa energia numa resposta, atitude ou pensamento acutilantemente positivo. Mas como nem sempre é fácil numa fracção de segundo termos a resposta elevada e pedagógica, que simultaneamente ilumina o outro e a nós nos engrandece, enquanto não a temos há algo de fantástico que lhes podemos desejar: Paz, Luz e Amor (pela ordem que eles quiserem). Não precisam de acreditar em mim. Experimentem apenas desejar àquele personagem estranho que de vez em quando se cruza convosco na vossa vida : Paz, Lu

O lago

O velho mestre pediu ao seu triste aluno que colocasse uma mão cheia de sal num copo de água e bebesse. "Qual é o gosto?", perguntou o mestre. - "Horrível", disse o aprendiz. O mestre sorriu e pediu ao jovem que tirasse do saco outra mão cheia de sal e levasse a um lago. Os dois caminharam em silêncio e o jovem deitou o sal no lago. Então o velho disse: - "Agora beba um pouco dessa água". Enquanto a água escorria do queixo do jovem, o mestre perguntou: -"Qual é o gosto?" -"É bom!", disse o rapaz. -"E sente o gosto do sal?", perguntou o mestre. -"Não, nada.", disse o jovem. O mestre então, sentou-se ao lado do jovem, pegou-lhe nas mãos e disse: "A dor na vida de uma pessoa não muda, mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando sentires a dor, a única coisa que deves fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta. É dar mais valor ao que tens e ganhaste. Mais do que àquilo que perdeste. Por ou

"A última aula" - Randy Pausch

O professor da Universidade Carnegie Mellon, Randy Pausch, que está a morrer devido a um cancro no pâncreas deu a sua última aula nesta universidade a 18 de Setembro de 2007. Na altura em que deu esta aula, os médicos deram-lhe 2 a 6 meses de vida - por isso não sei se ainda está vivo. Tenho pena de não existir uma versão desta aula com legendas em português, se alguém descobrir por favor informe-me. Este video que aqui vos coloco é a versão original - cerca de 76 minutos - mas se quiserem assistir a uma versão resumida poderão assistir a esta apresentação que Randy fez no programa da Oprah ( versão resumida - 10 minutos ). For more, visit www.cmu.edu/randyslecture

Querer mudar ou mudar para desfrutar

Se algo quer mudar em si ou na sua vida provavelmente, entre muitas outras razões, será porque acredita que se pode sentir melhor, que consegue ser mais eficaz, mais feliz, consegue aprender mais e melhor... Mais e melhor...estas são algumas das palavras-chave da mudança. Estas duas lindas, simples e fantásticas palavras exaustivamente usadas pela sociedade e comunicação de consumo. São poderosas palavras que despertam uma vontade genética de mudança, de crescimento. Poderosas no sentido de nos empurrar para algo de positivamente diferente e que nos são desde jovens murmuradas ao ouvido. À medida que crescemos e despertamos a nossa mente para outras perspectivas, vamos percebendo que a razão de ser de muitos daqueles "mais" e "melhores" que nos iam pondo à frente, não faziam qualquer sentido. Vamos percebendo que as razões daqueles fúteis "mais" e "melhores" só nos empurram para tantos outros fúteis, vazios "mais" e "melhores"

Encontro comigo mesmo

Dou por mim a questionar-me: quem é aquele indivíduo ali no espelho ? Estranha forma de ser e de viver. Não o encaixo em nenhum formato daqueles que me andam a vender. Sinto-me peça de puzzle em puzzle enganado. Sinto-me girassol, no meio de malmequeres. Sinto-me gota de água em garrafão de azeite. Que estranho ! Aterrei no sítio errado. Ou terei aterrado antes de tempo, fora de tempo ?! E agora que faço ? Não posso mudar de puzzle, dizem-me que este é o único que existe. Não posso mudar de canteiro, vejo malmequeres até onde as minhas pétalas brilham. À minha volta é só azeite, nem gota de mel ou vinho. Que estranho ! E agora que faço ? Sinto-me só e com medo. Dou por mim a questionar-me: quem é aquele indivíduo ali no espelho ? Estranha forma de ser e de viver. Encaixo-o em todo o lado, não tem arestas nem formas diferentes. Amorfo como todos as outras peças daquele estranho puzzle que mais parece um painel de monótonos mosaicos. Sinto-me malmequer no meio de malmequeres, quase prefe

A idade dos porquês

Mas porque é que eu sou assim ? Porque é que faço e continuo a fazer a mesma coisa ? Porque é que eu reajo sempre desta forma ? Porque é que continuo a adiar ? Porque é que falo assim com as pessoas ? Porque é que eu não sou capaz de dizer não ? Porque é que eu não sou capaz de deixar de fumar ? Porque é que aceito que me tratem assim ? Porque é que eu não reajo ? Porque é que fico parado ? Porque é que eu não tenho energia ou motivação para fazer o que quero e mesmo aquilo que me dá prazer ? Porque é que evito falar com aquela pessoa ? Porque é que aquela memória ainda me faz sofrer ? Porque é que eu não consigo esquecer ? Porque não me consigo levantar cedo de manhã ? Porque não tenho vontade nenhuma de trabalhar ? Porque não consigo estar com outras pessoas ? Porque tenho medo de cães ? Porque é que as pessoas fogem de mim ? Porque parece que estou bloqueado ? Porque não consigo pensar nas soluções e só penso nos problemas ? Porque é que fico tão ansioso ? Porque é que fico parado n

Zeitgeist

Um documentário bastante interessante expondo uma versão da realidade sobre o que comanda e influencia os biliões de vidas neste planeta. Sobre o que alegadamente é a base das estruturas sociais, empresariais, governamentais, financeiras, educacionais e religiosas. Não espere ver este documentário na televisão, nem espere ouvir falar muito dele, as razões irá ver que são óbvias. Devo também alertar que alguns princípios ligados ao cristianismo, e outras religiões, são colocados em questão, por vezes de forma um pouco violenta. No entanto, como cristão que sou, desta informação retirei aquilo que mais sentido me faz, espero que aqueles de vós cristãos ou de outras religiões que tiverem paciência para o ver (são quase duas horas de video), façam o mesmo. Quem o desejar visionar com outra dimensão de ecran pode fazê-lo clicando em http://video.google.com/videoplay?docid=-1437724226641382024 Este documentário divide-se em 3 partes 1)Como se infantilizam massas e povos?* 2) Como explodir c

"Os 5 euros"

Um dia, quando um homem chegou já tarde a casa, como era habitual, cansado e irritado após mais um dia de trabalho, encontrou, esperando por si à porta, o seu filho de 5 anos. - Papá, posso fazer-te uma pergunta? - Claro que sim. O que é? - Quanto ganhas numa hora? - Isso não é da tua conta. Porque me perguntas isso?! - respondeu o homem, zangado. - Só para saber. Por favor... diz lá... quanto ganhas numa hora? – perguntou novamente o miúdo. - Bom... já que queres tanto saber, ganho 15 euros à hora. - Oh! - suspirou o rapazinho, baixando a cabeça. Passado um pouco, olhando para cima, perguntou: - Papá, emprestas-me 5 euros? O pai, furioso, respondeu: - Se a razão de tu me teres perguntado isso, foi para me pedires dinheiro para brinquedos caros ou outro disparate qualquer, a resposta é não! - E, de castigo, vais já para a cama. Vai pensando no menino egoísta que estás a ser. A minha vida de trabalho é dura demais para eu perder tempo com os teus caprichos! O rapazinho, cabisbaixo, diri

"O ladrão de bolachas"

Uma mulher estava à espera num aeroporto certa noite, com várias horas pela frente antes do seu vôo. Procurou um livro numa loja do aeroporto e comprou um pacote de bolachas, sentando-se finalmente. A mulher estava mergulhada no seu livro, mas aconteceu ver que o homem sentado ao seu lado, de físico imponente, pegou numa ou duas das bolachas do pacote no meio de ambos. Situação que ela tentou ignorar para evitar uma cena. Assim, ela tirou uma bolacha e olhou para o relógio à medida que o corajoso ladrão de bolachas diminuía o seu stock. Ela foi ficando mais irritada a cada minuto que passava pensava, "Se não fosse tão boa pessoa, punha-lhe um olho negro". Por cada bolacha que ela tirava, ele tirava outra quando finalmente só restava uma, ela perguntou-se o que faria ele. Com um sorriso na cara e um riso nervoso, ele tirou a última bolacha, partiu-a ao meio e ofereceu-lhe metade ao mesmo tempo que comia a outra. Ela arrancou-a da sua mão, e pensou... ooh caramba! Este tipo tem

O homem da gravata ridícula

Naquele fim de tarde, em plena Brasileira do Chiado, tive uma visão/experiência inesquecível. Enquanto sentado na esplanada observava o tráfego humano pela Rua Garrett, de repente percebi que duas belas nórdicas numa mesa à minha frente se desmanchavam a rir. Estranhei tal reacção ainda mais vinda na minha direcção, mas percebi que afinal elas não olhavam para mim mas para além de mim. Ou melhor, para trás de mim. Não resisti, de forma discreta, suave mas imparável virei-me para trás e observei um velho senhor bem vestido, de fato, mas com a gravata mais ridícula que alguma vez vi na minha vida. O homem acabava de se sentar umas cadeiras atrás de mim, com aquela gravata que parecia ter sido tirada de um pedaço de cortina. Mas não de uma cortina qualquer, de uma cortina de um palácio real. Imaginei eu que talvez do palácio da louca rainha de copas, que tanto atazanou Alice. Era uma gravata potente, que despertava os sentidos. Mas aquele homem usava-a com tamanho orgulho que numa fracção

Coincidências (artigo)

Em Agosto de 2001, Moshê (nome fictício), um bem sucedido empresário judeu, viajou para Israel em negócios. Na quinta-feira, dia 9, entre uma reunião e outra, o empresário aproveitou para ir fazer um lanche rápido numa pizzaria na esquina das ruas Yafo e Mêlech George no centro de Jerusalém. O estabelecimento estava sobrelotado. Assim que entrou na pizzaria, Moshê percebeu que teria que esperar muito tempo numa enorme fila, se realmente desejasse comer alguma coisa - mas ele não dispunha de tanto tempo. Indeciso e impaciente, pôs-se a ziguezaguear por perto do balcão de pedidos, esperando que alguma solução caísse do céu. Percebendo a angústia do estrangeiro, um israelita perguntou-lhe se ele aceitaria entrar na fila na sua frente. Mais do que agradecido, Moshê aceitou. Fez o seu pedido, comeu rapidamente e saiu em direção à sua próxima reunião. Menos de dois minutos após ter saído, ele ouviu um estrondo aterrorizador. Assustado, perguntou a um rapaz que vinha pelo mesmo caminho que el