Você desce um rio. A determinada altura surge um curso de água, que parece acompanhar o seu rio. Belo. Com umas margens fantásticas. Você muda a sua direcção e começa a descer esse outro rio. A corrente tranquila vai afastando-o, levando-o. Você aproveita e num gesto de amor olha para alguns pontos ou partes desse outro rio menos luminosas, menos coloridas ou menos vivas e preocupa-se, cuida-as. E limpa-se, banha-se, diverte-se enquanto o faz. Sente-se feliz. Tão feliz. De vez em quando encosta o seu barco a uma ou outra margem, deita-se e observa. Desfruta sorri. A agua está morna. Mergulha, banha-se. Sente-se feliz. Pontualmente, sobe aqui e ali um, um pouco contra a corrente. Mas continua descendo. Desfrutando. Aventura-se um pouco mais e coloca-se no meio. Entre margens. Enquanto elas se afastam cada vez mais. Enquanto o leito se alarga e torna ainda mais bela a experiência. É fantástica a experiência que temos, a beleza de que desfrutamos. Nadamos, sorrimos, flutuamos, navegamos.
Caminhos, Respostas, Soluções em Si com Mário Rui Santos